Ele hoje não há censura (exame prévio do que que seria publicado nos órgãos de comunicação social), mas tal é assumido pelos "donos", com medo da ausência de publicidade que paga os ordenados todos os meses.
Hoje não é preciso assinar uma declaração a "renegar ser comunista", para ter acesso a um emprego na administração publica, como até 1974, mas é preciso passar escova aos dirigente laranjas e seu algozes executores diários por essas câmaras municipais e departamentos públicos.
Hoje não se vai para a prisão apenas por ter opinião diferente do poder instituído, mas o acesso à justiça está reservado, cada vez mais, a quem tem dinheiro.
Hoje não se trabalha de "sol a sol", por míseros escudos, mas trabalha-se sem horário, nem proteção social por salários abaixo do limiar da pobreza e todos os meses se deve mais (ao banco, aos familiares, aos amigos, na farmácia, na loja da esquina).
Hoje não se emigra para o estrangeiro fugindo à guarda-fiscal na fronteira, mas paga-se na mesma ao "passador", dorme-e e vive-se em contentores nos subúrbios das cidades industrializadas da Alemanha, de França ou de Inglaterra.
Hoje, como ontem, começa-se a adiar a ida ao médico. Vai-se ao hospital publico e foge-se da receção à saída para nao pagar a taxa de 20-28€ da urgencia, como dantes se "morria" naturalmente aos 50 e 60 anos...
E continuamos a tolerar isto como sendo "normal"?
Pois digo-vos: eu não acho normal!