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26.2.13

Itália decide: os palhaços ao poder...


Sendo estes os resultados oficiais das eleições da terceira maior economia do euro, membro do G8, sendo o 7º País mais industrializado do mundo, um País com mais de 57 milhões de habitantes e o segundo mais populoso da União Europeia, que dizer?
 
Convém ainda sabermos que qualquer Lei, por mais banál que seja, precisa da aprovação simultânea da "Câmara dos Deputados" e do "Senado", onde se percebe bem que ninguém tem maioria. Nem a esquerda, nem a direita, nem os palhaços.
 
Ora é precisamente aí que está o busílis: a politica italiana, desde que Berlusconi, há quase vinte anos a invadiu, nunca mais deixou de ser uma palhaçada. Mas agora é oficial: o anti-sistema de "Grillo", mais um pouco (qualquer coisa como mais 4,5%) e ganhava as eleições. Os palhaços ao poder, pois claro está!
 
Que fazer de uma Europa que conduz milhões ao desespero? Estará a extrema direita populista por aí a rebentar num ápice, como nos anos 20-30 do seculo passado, que em menos de uma década desembocou uma guerra mundial? E vamos assistir, sem nada fazer? Temo pelos meus filhos o que se está a passar...

23.2.13

Liberdade, Igualdade e Fraternidade é o lema universal da Maçonaria

Iniciamos hoje, aqui no blogue uma série de abordagens sobre o mundo algo desconhecido da Maçonaria, pela importância que tal tem, na sua ligação com Tomar e pela importância que tal pode vir a ter com o futuro desta. De tempos a tempos, iremos colocar post's, que melhorem o conhecimento sobre esta matéria. E como o saber não ocupa lugar...
Este primeiro post, além de fazer a sua definição, comunmente aceite, é também um convite para ver e ouvir o link para o video aqui ao lado, com uma abordagem histórica da Maçonaria em Portugal.
 
Fonte: Wikipédia
 
Maçonaria, forma reduzida e usual de francomaçonaria,[1] é uma sociedade discreta e por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam.[2][3][4] De carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade[5][6] e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.

A maçonaria é, portanto, uma sociedade fraternal,[7] que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião,[7] ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição,[7] aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."

Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 (58%) nos Estados Unidos, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0 (20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4 700 Lojas. *
 
*Em Portugal estima-se que existirão pouco mais de 3000 maçons, distribuídos pelas 3 obediências.

19.2.13

Demissão, demissão... e ainda nem é Primavera!


A carta de Teresa Beleza a sua mãe



CARTA DE TERESA BELEZA À SUA MÃE
Esta carta foi publicada no jornal Público de 5ª feira, 10 de janeiro de 2013. A Profª Teresa Beleza é irmã de Leonor Beleza e Miguel Beleza.
 
CARTA A MINHA MÃE SOBRE O SNS E OUTRAS COISAS EM PORTUGAL
"Mãe, sabes que agora em Portugal mandam uns senhores que estão a dar cabo do Serviço Nacional de Saúde? E que dizem que é por causa de uma tal de troika, que agora manda neles? Lembras-te da "Lei Arnaut", que, segundo ele mesmo diz, tu redigiste, depois de muito pensares e estudares sobre o assunto, com a seriedade e o empenho que punhas em tudo o que fazias?
Lembras-te das nossas conversas sobre a necessidade de toda a gente em Portugal ter acesso a cuidados de saúde básicos de boa qualidade e de como essa possibilidade fizera em poucos anos baixar drasticamente a mortalidade materna e infantil, flagelos nacionais antigos, como uma das coisas boas que se tornaram realidade depois de 1974 e com a restauração da democracia?
Lembras-te de quando eu te dizia que eras tão mais socialista do que "eles", os do Partido Socialista, e tu te zangavas porque não era essa a tua imagem e a tua crença?
E quando eu te dizia que o ministro António Arnaut era maçon e tu não acreditavas, porque ele era (e é) um homem bom - e para ti a Maçonaria era a encarnação do Diabo...
Mãe, tu, que te dizias e julgavas convictamente monárquica, católica, miguelista, jurista cartesiana (isso era o que eu te dizia e que penso que eras, também), que conhecias a Bíblia e Teilhard de Chardin como ninguém e me ensinaste que Deus criara o homem e a mulher à Sua imagem, quando pronunciou o fiat, porque assim se diz no Génesis...
Tu que dizias que o problema dos economistas era que não tinham aprendido latim... e me tiravas as dúvidas de português e outras coisas, quando me não mandavas ir ao dicionário, como agora eu mando o meu Filho...
Tu que foste o meu "Google", às vezes renitente, quando este ainda não existia... Sabes que agora manda em Portugal gente ignorante e pacóvia, que nem se lembra já de como se vivia na pobreza e na doença, que julga que o Estado se deve retirar de tudo, incluindo da Saúde, e confunde a absoluta e premente necessidade de controlar e conter o imenso desperdício com a ideia de fechar portas, urgências claramente úteis social e geograficamente...
Sabes que fecharam o Serviço de Urgência e o excelente Serviço de Cardiologia do Hospital Curry Cabral sem sequer prevenirem ou consultarem o seu chefe? Onde irão agora todas aquelas pessoas tão claramente pobres, vulneráveis e humildes que tantas vezes lá encontrei e que não pareciam capazes de aprenderem outro caminho, outro destino, de encontrarem outros dedicados e pacientes "ouvidores"?
Sabes que um ministro qualquer disse que o edifício da Maternidade Alfredo da Costa não tinha qualquer interesse urbanístico ou arquitectónico, para além de condenar ao abate essa unidade de saúde, com limitações já evidentes, mas que tão importante foi para tanta gente humilde ter os seus filhos em segurança? Será mesmo que não a poderiam "refundar", como agora se diz? Ou quererão construir um condomínio fechado, luxuoso e kitsch, no meio de uma das minhas, das nossas cidades?
Lembras-te de me ires buscar à MAC quando nasceu o meu Filho e de como te contei da imensa dedicação do pessoal médico e de enfermagem e da clara sobre-representação de parturientes de origem social modesta, imigrantes, ciganas, ou simplesmente pobres?
Sabes que há muita gente que pensa que a iniciativa privada, incontrolada e à solta, é que vai salvar Portugal da bancarrota, e que ignora o sentido das palavras solidariedade, justiça, igualdade, compaixão?
Sabes, Mãe, eu lembro-me de ver pessoas que partiram de Portugal para o mundo em busca de trabalho e rendimento a viver em "casas" feitas de bocados de camioneta, de restos de madeira, de cartão e outros improváveis e etéreos materiais, emigrantes portugueses que foram parar ao bidonville em St Denis, nos arredores de Paris, num Inverno em que a temperatura desceu a 20 graus Celsius abaixo de zero (1970). Nas "paredes", havia toda a sorte de inscrições contra a guerra colonial e contra o regime que então reinava em Portugal.
O padre Zé, o nosso amigo da Mission Catholique Portugaise que me acompanhava e me quis mostrar o bairro, proibiu-me de falar português e de sair do carro enquanto ali passávamos... e aqui em Portugal eu vi tanta miséria envergonhada, homens de chapéu na mão a pedir emprego, mulheres e crianças a pedir esmola, apesar de todas as leis e medidas que o Estado Novo produziu para as esconder, como já fizera a Primeira República.
A pobreza e a vadiagem não se eliminam com Mitras e medidas de segurança, mas com produção e distribuição de riqueza e de justiça social. Com a promoção da igualdade e da solidariedade, como manda a Constituição.
E a Saúde, Mãe, que vão fazer dela? Da saúde dos pobres, dos velhos, das crianças, dos que não têm nem podem ter seguros de saúde de luxo, porque não têm dinheiro, porque já não têm idade, ou porque não têm saúde?
E as crianças, Mãe? Vão de novo morrer antes do tempo porque o parto foi solitário ou mal assistido, porque a saúde materno-infantil passou a ser de novo um bem reservado a alguns privilegiados, ou porque a "selecção natural" voltará a equilibrar a demografia em Portugal, recolhidas as mulheres a suas casas, desempregadas e de novo domesticadas, e perdida de novo a possibilidade de controlo sobre a sua própria fertilidade?
O planeamento familiar, que tu tão bem explicaste que deveria segundo a lei seguir a autonomia que o Código Civil reconhece na capacidade natural dos adolescentes - tu, católica, jurista, supostamente conservadora (assim te pensavas, às vezes?)...
Sabes que aqui há tempos ouvi uma jurista ignorante dizer em público que só aos 18 anos os jovens poderiam ir sozinhos a uma consulta de planeamento familiar, quando atingissem a maioridade, sem autorização de pai ou mãe? Ai, minha Mãe, como a ignorância é perigosa... Será que nos espera um qualquer Ceausescu ou equivalente, dado o progressivo estrangulamento político e social a que a necessidade económica e a cegueira política nos estão levando?

Os traços fascizantes que são visíveis na repressão da liberdade de expressão e de manifestação, em tudo tão contrários à Constituição da República, serão só impressão de uns "maníacos de esquerda", como dizem umas pessoas que há tão pouco tempo garantiam que essa coisa de esquerda e direita era coisa do passado?


Mas as crianças são o futuro, Mãe, que será deste país sem elas, sem a sua saúde e sem a sua educação, sem o seu bem-estar, sem a sua alegria? Eu lembro-me tão bem dos miúdos descalços e ranhosos nas ruas da minha infância... e da luta legal, tão recente ainda, quem sabe se perdida, contra o trabalho clandestino, ilegal e infame das crianças a coserem sapatos em casa, a faltarem à escola, a ajudarem as famílias, ainda há tão pouco tempo, ou dos miuditos com carregos e encargos maiores que eles, à semelhança das mulheres da carqueja a subirem aquela rampa infame que Helder Pacheco, o poeta-guia do nosso Porto, tão bem descreve...

"Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... Porque padecem assim?!..."

Mãe, se agora cá voltasses, ao mundo dos vivos, acho que terias uma desilusão terrível. Melhor que não vejas o que estão fazendo do nosso pobre país.

Da tua Filha, com muita saudade,

Maria Teresa"
Ericeira, Portugal, Europa, dia 31 de Dezembro de 2012

17.2.13

Que volte o pelourinho...

O direito de livre expressão, de livre arbítrio, de dizer o que vai na alma, nestes tempos de velhaquice torpe e onde espíritos malformados procuram amordaçar as vozes incómodas, concluem sempre o que lhes convém. O texto seguinte publicado pela cidadã livre Alice Brito, ativista política, podia ter sido escrito por muitos de nós, os que estamos fartos do politicamente correto, da subserviência aos donos das "terras", que nos querem a todos meros servos da gleba. Pois que se cuidem que a paciência esgotou-se e cada um de nós é, antes de mais, senhor da sua consciência e responsável pelo que diz, escreve e faz, nada mais. O resto, bem o resto, são invejas e tentativas de calar, como em todas as simplérrimas ditaduras, as vozes incómodas...



SEM TIRAR NEM PÔR

"Sei que a raiva não é boa conselheira. Paciência. Aí vai.
Havia dantes no coração das cidades e das vilas umas colunas de pedra que tinham o... nome de picotas ou pelourinhos. Aí eram expostos os sentenciados que a seguir eram punidos com vergastadas proporcionais à gravidade do seu crime. Essa exposição tinha também por fim o escárnio popular. Era aí que eu te punha, meu glutão.

Atadinho com umas cordas para que não fugisses. Não te dava vergastadas. Vá lá, uns caldos de vez em quando. Mas exibia-te para que fosses visto pelas pessoas que ficaram sem casa e a entregaram ao teu banco. Terias de suportar o seu olhar, sendo que o chicote dos olhos é bem mais possante que a vergasta.
Terias, pois, de suportar o olhar daqueles a quem prometeste o paraíso a prestações e a quem depois serviste o inferno a pronto pagamento. Daqueles que hoje vivem na rua.
Daqueles que, para não viverem na rua, vivem hoje aboletados em casa dos pais, dos avós, dos irmãos, assim a eito, atravancados nos móveis que deixaram vazias as casas que o teu banco, com a sofreguidão e a gulodice de todos os bancos, lhes papou sem um pingo de remorso.

Dizes com a maior lata que vivemos acima das nossas possibilidades. Mas não falas dos juros que cobraste. Não dizes, nessas ladainhas que andas sempre a vomitar, que quando não se pagava uma prestação, os juros do incumprimento inchavam de gordos, e era nesse inchaço que começava a desenhar-se a via-sacra do incumprimento definitivo.
Olha, meu estupor, sabes o que acontece às casas que as pessoas te entregam? Sabes, pois… São vendidas por tuta e meia, o que quer dizer que na maior parte dos casos, o pessoal apesar de te ter dado a casa fica também com a dívida. Não vale a pena falar-te do sofrimento, da vergonha, do vexame que integra a penhora de uma casa, porque tu não tens alma, banqueiro que és.

Tal como não vale a pena referir-te que os teus lucros vêm de crimes sucessivos. Furtos. Roubos. Gamanços. Comissões de manutenção. Juros moratórios. Juros compensatórios, arredondamentos, spreads, e mais juros de todas as cores. Cartões de crédito, de débito, telefonemas de financeiras a oferecerem empréstimos clausulados em letrinhas microscópicas, cobranças directas feitas por lumpen, vale tudo, meu tratante. Mesmo assim tiveste de ser resgatado para não ires ao fundo, tal foi a desbunda. E, é claro, quem pagou o resgate foram aqueles contra quem falas todo o santo dia.

Este país viveu décadas sucessivas a trabalhar para os bancos. Os portugueses levantavam-se de manhã e ainda de olhos fechados iam bulir, para pagar ao banco a prestação da casa. Vidas inteiras nisto. A grande aliança entre a banca e a construção civil tornavam inevitável, aí sim, verdadeiramente inevitável, a compra de uma casa para morar. Depois os juros aumentavam ou diminuíam conforme era decidido por criaturas que a gente não conhece. A seguir veio a farra. Os bancos eram só facilidades. Concediam empréstimos a toda a gente. Um carnaval completo, obsessivo, até davam prendas, pagavam viagens, ofereciam móveis. Sabiam bem o que faziam.
Na possante dramaturgia desta crise entram todos, a banca completa e enlouquecida, sendo que todos são um só. Depois veio a crise. A banca guinchou e ganiu de desamparo. Lançou-se mais uma vez nos braços do estado que a abraçou, mimou e a protegeu da queda.

Vens de uma família que se manteve gloriosamente ricalhaça à custa de alianças com outros da mesma laia. Viveram sempre patrocinados pelo estado, fosse ele ditadura ou democracia. Na ditadura tinham a pide a amparar-vos. Uma pide deferente auxiliava-vos no caminho. Depois veio a democracia. Passado o susto inicial, meu deus, que aflição, o povo na rua, a banca nacionalizada, viraram democratas convictos. E com razão. O estado, aquela coisa que tu dizes que não deve intervir na economia, têm-vos dado a mão todos os dias. Todos os dias, façam vocês o que fizerem.

Por isso falas que nem um bronco, com voz grossa, na ingente necessidade de cortes nos salários e pensões. Quanto é que tu ganhas, pá?
Peroras infindavelmente sobre a desejável liberalização dos despedimentos.
Discursas sem pejo sobre a crise de que a cambada a que pertences é a principal responsável.
Como tu, há muitos que falam. Aliás, já ninguém os ouve. Mas tu tinhas que sobressair. Depois do “ai aguenta, aguenta”, vens agora com aquela dos sem-abrigo. Se os sem-abrigo sobrevivem, o resto do povo sobreviverá igualmente.

Também houve sobreviventes em Auschwitz, meu nazi de merda!
É isso que tu queres? Transformar este país num gigantesco campo de concentração?
Depois, pões a hipótese de também tu poderes vir a ser um sem-abrigo. Dizes isto no dia em que anuncias 249 milhões de lucros para o teu banco. É o que se chama um verdadeiro achincalhamento.

Por tudo isto te punha no pelourinho. Só para seres visto pelos milhares que ficaram sem casa. Sem vergastadas. Só um caldo de vez em quando. Podes dizer-me que é uma crueldade. Pois é. Por uma vez terás razão. Nada porém que se compare à infinita crueldade da rapina, da usura que tu defendes e exercitas.

És hoje um dos czares da finança. Vives na maior, cercado pelos sebosos Rasputines governamentais. Lembra-te porém do que aconteceu a uns e ao outro."

14.2.13

Segundo aviso à navegação

O Primeiro aviso à navegação, foi a 17 de Novembro de 2012, uma semana antes da eleição da candidata Anabela Freitas, apoiada pelo PS para Presidente da Câmara Municipal de Tomar.
 
Foi escutado!
 
Reafirmo:
Para a maioria das pessoas esta ou aquela ação ou escrito, desta ou daquela pessoa, parece muitas vezes despropositada ou sem qualquer sentido. No entanto, nada acontece por acaso.

Mais:
Poucas semanas passarão até que um pouco do que é mais que evidente possa acontecer: a assumpção de uma forte e determinada alternativa aos quase 16 anos de caminho de caranguejo, que Relvas/Paiva/Corvelo/Carrão nos ofereceram.
 
Não faltarão os dramas, os ódios viscerais a virem ao de cima e quase que aposto que serei um dos crucificados de serviço, porque fiz ou porque não fiz. Eu que, pasme-se, até muito provavelmente trouxe o Tornado de Dezembro de 2010 para Tomar só para mostrar o colete laranja e azul para as televisões, depois de ter "levado" a proteção civil de Tomar para Almeirim, quando nem sequer era vereador quando tal aconteceu. Isto a levar em linha de conta uma fábula publicada há semanas num jornal local, escrita por um primo aventaleiro de má ética analítica e ainda pior fígado, provavelmente mais um dos coxos e órfãos políticos que por aí muito se agitarão em breve.
 
Mas o que de melhor irei assistir é ver os hoje detratores em público e em privado, no dia D de Outubro deste ano, lá irem pôr a cruzinha na candidata Anabela Freitas, porque mal ou bem, compreenderão ser a melhor e a única solução para acabar com esta vergonha a que o PSD tem sujeitado Tomar.

13.2.13

Pessimismo elevado entre os Portugueses

Notícia da Marketest

Mantém-se o pessimismo entre os portugueses

Os resultados de Janeiro do Barómetro Político da Marktest confirmam a tendência para as baixas expectativas entre os portugueses, mantendo o índice de expectativa dentro do pessimismo acentuado.


De acordo com os dados apresentados pelo Barómetro Político da Marktest, em Janeiro o índice de expectativa foi de 24.6% mantendo-se dentro do pessimismo acentuado (abaixo de 25%).



Os inquiridos do sexo feminino mantiveram-se mais pessimistas comparativamente à população masculina (23.9% para os primeiros e 25.5% para os segundos).
Observando os dados por estrutura etária, verifica-se que os mais jovens (dos 18 aos 34 anos) são os menos pessimistas (30.5%). Já a população entre os 35 e os 54 anos foi a mais pessimista com um índice que não foi além de 22.3%. Os mais idosos (mais de 55 anos) registaram um índice de expectativa de 22.8%.
Por região Marktest, observa-se que a região Sul foi a mais pessimista cum um índice de 17.9*%. Seguiu-se o Grande Porto com 22.4%. As regiões do Interior Norte e Grande Lisboa registaram índices de expectativa aproximados (23.3% e 23.7%, respectivamente). O Litoral Centro e o Litoral Norte foram as regiões menos pessimistas com índices de 28.3% e 29.7%, respectivamente.
Em termos de expectativa por classes sociais, observou-se que a classe Média foi em Janeiro a mais pessimista com um índice de 21.9%. As classes Baixa e Média Baixa registaram 24.1% e as classes Alta e Média Alta foram as menos pessimistas, com 28.2%.

Relativamente ao índice de expectativa por intenção de voto, entre aqueles cuja intenção de voto é PSD, este índice manteve-se mais elevado (43.6%). Já para aqueles cuja intenção de voto é PS, o índice em Janeiro foi de 18.5%.


O Índice de Expectativa é um indicador recolhido regularmente pela Marktest desde Março de 1990, junto de indivíduos com 18 e mais anos, residentes em Portugal Continental.
Para a aferição do índice utilizamos uma base de cerca de 800 entrevistas.
Aos inquiridos são colocadas 2 questões:
- Pensa que daqui a um ano a sua situação económica e pessoal e a do seu agregado familiar será Melhor, Igual ou Pior?
- E em relação à situação económica do país, pensa que daqui a um ano ela será Melhor, Igual ou Pior ?


O Índice de Expectativa face à situação económica resulta da conjugação das respostas obtidas a estas duas questões. Para a construção do índice é atribuído um valor de 100 às respostas "MELHOR", 50 às respostas "IGUAL" e 0 às respostas "PIOR", não entrando na análise os indivíduos que não responderam às questões. O índice geral resulta de uma média dos índices parciais.
Valores acima dos 50 pontos traduzem expectativas positivas e valores abaixo dos 50 pontos traduzem expectativas negativas, aconselhando-se para a interpretação dos resultados a seguinte grelha de análise:
Valor do Índice de Expectativa
0-25 Pessimismo acentuado
25-50 Pessimismo moderado
50-75 Optimismo moderado
75-100 Optimismo acentuado

Os resultados deste Barómetro estão disponíveis aqui.

11.2.13

OCDE diz que Portugal cortou na Saúde o dobro do que negociou com a troika



Relatório destaca cortes nas despesas com o pessoal e “concentração e racionalização” da oferta em centros de saúde e hospitais como principais caminhos seguidos.
Cuidados de saúde em causa - foto ilustrativa

 
As medidas do Governo de contenção da despesa no sector da saúde fizeram com que Portugal acabasse por cortar o dobro do que era exigido no memorando de entendimento com a troika, diz um relatório da OCDE.
 
Esta é uma das principais conclusões do relatório Health Spending Growth at Zero – Which countries, which sectors are most affected?, que acaba de ser publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e que compara os cortes no sector da saúde em vários países. A OCDE ressalva que este relatório limita-se a analisar as tendências e não a discutir a eficácia das medidas ou o seu efeito no estado de saúde da população. O relatório refere que a Alemanha foi o único país da OCDE que não registou um abrandamento na taxa de despesa em Saúde em 2010, em comparação com os anos anteriores.

Num dos pontos do documento, a OCDE refere que o Governo português assumiu o compromisso de fazer “poupanças significativas” no sector da saúde em 2011 e 2012, nomeadamente através de cortes nas despesas com o pessoal, “concentração e racionalização” da oferta em centros de saúde e hospitais do Serviço Nacional de Saúde e cortes nos benefícios obtidos através dos impostos, como as deduções de despesas em sede de IRS.
 
“Em Setembro de 2011, o país anunciou uma redução de 11% no orçamento do Serviço Nacional de Saúde para 2012, o dobro do corte do memorando de entendimento com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional”, lê-se no documento. Numa das tabelas, as contas da OCDE apontam para que a despesa em 2011 tenha caído 5,2% face a 2010, quando a média de todos os países que integram a organização foi de um crescimento de 0,7%. Tudo isto fará com que o país alcance em 2013 uma despesa pública em Saúde pouco superior a 5,1% do produto interno bruto (PIB), quando a média da zona euro se estima que seja na ordem dos 7%. Em 2010 a despesa portuguesa representava mais de 10%.
 
Segundo o documento, depois da crise económica e financeira que estalou em 2008, diversos países começaram a tentar conter o contínuo crescimento da despesa no sector da saúde, alcançando taxas na ordem dos 0% em 2010 e conseguindo mesmo valores negativos em 2011.

Ao final da noite desta sexta-feira, o Ministério da Saúde desmentiu os dados da OCDE, acusando a organização de ter confundido dados dos universos EPE [Hospitais Entidades Públicas Empresariais] e SNS [Serviço Nacional de Saúde].”

Por email, a assessora do ministro assegurou que “o orçamento do SNS para 2012 (expurgando o efeito do Plano de Regularização de Dívidas) registou uma redução de 4,67% e não de 11%”. “Analisando a conta do SNS, verificou-se uma redução da despesa total em 2012 de cerca de 600 milhões de euros (-6,8%)”, especifica.

Há, segundo afirma, uma confusão “entre o processo de privatização dos HPP [Hospitais Privados de Portugal] e o inexistente processo de privatização dos EPE”. Assumiu-se que o HPP “estaria integrado na rede do SNS, o que como se sabe não é correcto”.

A mesma receita em vários países
No mesmo relatório, a OCDE acrescenta que, independentemente do país, a receita para controlar a despesa pública neste sector tem sido quase sempre a mesma e passa por três caminhos: ajustar orçamentos, aumentando as contribuições dos cidadãos; regular a procura de serviços; e controlar o custo dos cuidados prestados. Aliás, a contenção de custos têm sido feita tanto nos medicamentos como nos cuidados ambulatórios, hospitalares e serviços administrativos. Só a área de cuidados continuados tem continuado a exercer uma forte pressão nos orçamentos, continuando a crescer, ainda que a um ritmo mais controlado.

Em muitos países, em especial na Estónia, Irlanda e Hungria, a estratégia tem também passado por “grandes reduções nas verbas alocadas à prevenção e saúde pública entre 2008 e 2010”, alerta o documento, que destaca Portugal como um exemplo de um país em que os orçamentos para estas áreas têm subido, apesar da contenção noutros parâmetros. Sobre a política do medicamento sublinha-se que Portugal introduziu uma série de medidas destinadas a reduzir o preço dos fármacos, assim como centralizou a compra deste tipo de produtos em meio hospitalar, criando ainda linhas orientadoras de apoio à prescrição dos médicos.

Impactos a longo prazo
Em Novembro, a OCDE já tinha divulgado dados que indicavam que as despesas de Saúde tinham caído em toda a União Europeia em 2010, o que aconteceu pela primeira vez em décadas devido aos esforços dos governos para conterem os défices orçamentais e conseguirem convergir com as metas de Bruxelas. O documento advertia, contudo, que a redução ou abrandamento da despesa poderá ter um impacto a longo prazo nos cuidados de saúde.
 
“É importante assegurar um acompanhamento contínuo dos dados e dos indicadores no domínio da Saúde e dos sistemas de Saúde, a fim de obter indícios do impacto potencial da alteração das circunstâncias económicas e das políticas de Saúde ao nível do acesso aos cuidados, da sua qualidade e dos seus resultados”, referia o relatório, que dizia ainda que a redução da despesa pública foi conseguida através de medidas que incluíram a redução de salários, o aumento dos pagamentos directos por parte dos utentes e a imposição de restrições orçamentais nos hospitais.

O documento destacava que a percentagem do PIB dedicada à Saúde estabilizou ou desceu em 2010, com os Estados-membros a afectarem em média 9% do respectivo PIB. Portugal situava-se ligeiramente acima desta média, com 10,7%.

Já antes, em Junho, um outro relatório do mesmo organismo dizia que um pouco por toda a Europa os governos estavam a cortar nas despesas com a Saúde e em 2010, ao contrário do que era tendência desde 2000, o crescimento dos gastos no sector foi nulo ou muito baixo. O documento dizia que Portugal não foi excepção, tendo-se passado de um ritmo de crescimento de 2,3% para 0,6%. Mas em plena crise os portugueses continuavam a ser dos que mais pagam directamente do seu bolso despesas com saúde: 26% face aos 20,1% da média dos 34 países da OCDE.
 
O relatório destacava que Portugal, em termos de percentagem do PIB, gastava um pouco acima da média da OCDE, mas, se os números forem vistos à lupa, ou seja, quanto é alocado neste sector por habitante, a média é bastante inferior à dos países da OCDE: os gastos em Saúde per capita são de 2196 euros, enquanto na média dos países chega aos 2631 euros. Nos EUA, por exemplo, é de 6629 euros.

Notícia actualizada com reacção do Ministério da Saúde
 
*** *** ***
 
Entretanto a situação no Centro Hospitalar do Médio Tejo, mantem-se num apertado "diagnóstico", pelo menos a levar em linha de conta a última reunião que houve entre o conselho de administração e os autarcas de Tomar.
 
A teimosia do continuar o caminho trilhado, como a insistência na "poupança financeira", que está a ser claramente à custa dos cuidados de saúde da população, com uma diminuição elevada de todos os indicadores, sejam dos acessos à urgência, seja das consultas externas, seja de outros atos médicos, considerados para efeito de financiamento por parte do SNS.
 
Se a isto acrescermos a GESTÃO de ALTAS, que é feita na unidade final, independentemente de em qual entrou ou de onde quer que a pessoa seja, na área do Médio Tejo, leva a que a generalidade das altas seja dada em Abrantes, exatamente o local mais longe da maioria da população abrangida. Só para se ter noção, uma deslocação de Abrantes a Tomar, pode custar entre 50 a 75€, em ambulância...
 
E assim vai a saúde no nosso País e na nossa terra. Mas claro, que não choverão as análises a dixer que não, que é assim que está bem, que ninguém nos mandou ter três Hospitais por aqui. mas desculpem lá qualquer coisinha: mas Tomar não tinha Hospital desde sempre? E Abrantes? E Torres Novas? Pois é também conhecer a história e nós só queremos o que temos por direito ter, nada mais!
 
E por mais que custe a alguns ouvir ou ler: durante os anos de governação socialista, as urgências não sairam de Tomar, nem a medicina interna, nem um conjunto vasto de consultas externas, nem os tomarenses eram apanhados no meio da Alameda 1 de Março numa emergência do INEM e vinham a ter alta em Abrantes. Essa é que é essa! O resto é maldicência e torpe propaganda governamental.

5.2.13

Rir é sempre o melhor remédio...

Tenho a felicidade de ter nascido no dia de Carnaval, nesse já longínquo ano de 67,  na época das várias revoluções culturais, no advento da era do aquário e do princípio filosófico do "sejamos realistas, exijamos o impossível".
 
Pouco depois (73), houve o primeiro choque petrolífero e pronto, lá se descobriu (ou se foi descobrindo), que o crescimento contínuo não existia e algumas décadas mais tarde (88), com o relatório Brandantland, que os recursos também não e que deviam ser equilibrados naquilo que ficou definido como o desenvolvimento sustentável.
 
Coisas sérias da vida, têm hoje um peso grande e definitivo sobre a vida de cada um de nós. Mas nem só de coisas sérias podemos nós viver. Um livro, um filme, uma musica, uma peça de teatro ou o simples olhar para o mar ou num qualquer promontório, monte ou castelo que seja, no comtemplar da paisagem, deste nosso belo País, também são opções importantes e a dar relevo na vida de hoje.
 
E então, quem anda, mesmo que episódicamente, na vida pública ou na vida política, tem de conseguir descomprimir das secas que apanha e dos deveres que tem de cumprir, complicados quase sempre pela intrincada natureza humana. Tratar de assuntos sérios, da vida dos outros nomeadamente, não tem de ser propriamente levado com ar sisudo, ou com aquela bruma típica do Processo de Kafka, no auge da sociedade industrial de há cerca de 100 anos. Era o tempo da cor cinzenta.
 
Após os anos sessenta e setenta do seculo passado as cores tomaram a nossa vida. Toda a palete.
Todos os sorrisos passaram a estar disponíveis, de tal forma que com a proliferação dos chats, passou a contar com símbolos de expressão (smileys). Porque seria?
 
Sempre em todas as funções públicas que tenho desempenhado, ou nos meus locais de trabalho, desde os 16 anos, procuro sempre manter a melhor disposição possivel, relativizando os problemas, colocando enfoque nas soluções e usando o sorriso e a graça respeitosa, como arma para a descompressão.
 
E em caso de dúvida, lembro-me sempre de uma contagem interessante dos tempos de vida, onde se concluiu que passamos quase 1/4 da vida no trabalho e 1/3 do tempo de vida a dormir. Assim quase metade da vida em que estamos acordados é passada com os colegas de trabalho. Não é mesmo preferível, fazê-lo com o menor dos stresses e com um bom sorriso? Eu por mim acho que sim. Mas lá que andam por aí uns tantos cada vez mais sisudos e quais alpaquinhas de terno de há um século, debitando as grandes certezas da vida em cada ato pesado que exercem, sem gracinha nenhuma, ah isso andam.
 
E como a vida são dois dias e o carnaval três, olhem: aproveitem e divirtam-se!

3.2.13

Sócrates revisitado

É sabido que não sou um fã da visão ideológica de José Sócrates, tendo apoiado no célebre Congresso de 2004 o camarada Manuel Alegre. No entanto a governação entre 2005 e 2011, apontou um caminho e seguiu uma linha de resolução de atrasos de décadas da sociedade portuguesa.

Através do PS, Portugal passou a ter um desígnio, da recuperação do atraso educacional, tecnológico, virado de novo para a exportação, na aposta da industria turística e tecnológica, por exemplo e visando tirar partido dos hubs dos portos e aeroportos de entrada na Europa. E tudo isto na promoção da igualdade de oportunidades e na redução das assimetrias entre pobres e ricos, com ênfase na subida do rendimento dos pobres e não no empobrecimento da classe média.

O caminho apontado pela gestão do PS visava transformar Portugal num país em linha com o seu tempo e não em linha com a China da exploração industrial ou do Paquistão do trabalho infantil, como parece ser o caminho preconizado pelos atuais governantes de Portugal.

 
Um comentador habitual da blogosfera tomarenses, que não conheço pessoalmente, mas que acompanho com cada vez maior interesse, faz uma análise que deve ser lida e, por isso mesmo a partilho:


DE: Cantoneiro da Borda da Estrada

José Sócrates foi um político que deu um passo para diante, no caminho da História de Portugal. Chamado pela terceira vez consecutiva a julgamento popular, manteve-se à frente até cerca de 20/15 dias antes do dia das eleições (5/junho 2011). Todas as sondagens apontavam nesse sentido. A bem dizer lutou sozinho durante anos contra todos os partidos da oposição, parte do PS autárquico, contra toda a imprensa escrita e audio-visual, contra grupos de comunicadores organizados nos meios de comunicação (de que faziam parte os sicranos referenciados no post), contra bandos organizados na blogosfera, arreatados pelos interesses atingidos, contra uma camarilha bem organizada na instituição justiça. Há jornais no nosso País que são retretes imundas, sarjetas por onde foram conduzidas todas as injúrias pessoais e todas as violências das palavras. 

José Sócrates percebeu que o primeiro ciclo do pós Abril estava esgotado e Portugal mantinha o seu tecido económico (e não só) atrofiado - precisava urgentemente de empreender a criação de um novo Ciclo Histórico, que nunca foi assumido por ninguém na nossa história. Pôs mãos à obra com coragem e determinação, apostou forte no Comércio Externo (Exportação), na Educação e na Ciência, na Inovação, Novas Energias e Novas Tecnologias, e as nossas universidades começaram a parir às centenas de spin-offs e start-ups - antes corrigira o défice deixado pelos governos de Barroso e Santana Lopes. Para levar por diante esta ambição tinha de vencer muitos lobbies e o espírito carunchoso e bolorento que dominava e ainda domina as nossas elites da merda. A sua acção governativa chamou a atenção de toda a Europa e do mundo. As suas movimentações políticas internacionais revelavam um Primeiro Ministro brilhante, descomplexado, sem teias de aranha na cornadura, denotando uma capacidade de perceção da realidade portuguesa e de políticas para a enfrentar, que surpreendeu todos. A mim também.

Em todas as suas políticas revelou ser, na prática, um homem de esquerda, pensando nos interesses das grandes massas populares, um patriota, um apaixonado na luta contra o endémico espírito contra-reformista herdado do passado. O cavaquismo e os bandos de corruptos à sua volta sentiram-se alvo desta obra extraordinária a que tinha lançado mãos. PCP e BE nem queriam acreditar: o PS tinha mesmo um líder que ameaçava a sua existência. Os interesses corporativos renderam-se à liderança do mais vil oportunismo político alguma vez visto em Portugal: para o combaterem e eliminarem venderam deliberadamente a pátria e os portugueses ao estrangeiro, estenderam-lhe a passadeira da vergonha e do vexame para que nos governassem, para que elaborassem programas de governação.

Num golpe de asa magistral, só ao alcance de um político à séria, amarrou os nossos parceiros europeus a um plano, o PEC IV, que, a ter sido aceite, nos colocaria numa situação deveras privilegiada no contexto da crise europeia e internacional, que nos subtrairia à tragédia em que já estamos mergulhados, e que se vai agravar vertiginosamente. Entregaram-nos a um bando de aventureiros canalhas e traidores. 

O que derrotou Sócrates foi o povo ter acreditado na mensagem dos partidos da oposição: "Com Sócrates nãos nos aliamos!". O povo, muito bem, optou, na parte final, por uma alternativa de estabilidade, acreditando nas promessas de Passos, Relvas e Portas. Todos estão lembrados do que prometeram fazer e não fazer...

O povo foi enganado! Isso é crime contra a pátria!

E é o debate sobre esse crime que nunca sairá de dentro do PS e da política portuguesa sem esclarecimento, enquanto os traidores não forem desmascardos e acusados publicamente. Este nó tem de ser desatado, e não há taticismo nem falso unanimismo que o impeça.

Não se trai o povo e a pátria impunemente.

Ah! É verdade, parece que entretanto houve uma crise qualquer... - acabei por me esquecer.
 

1.2.13

Na onda...

Cada vez são mais os Portugueses a entrar na onda: o Turismo é a maior industria nacional e há quem se saiba promover...
 
Na Nazaré não se brinca em serviço e é com estas 'pequenas' coisas que se otimizam os recursos endógenos. O Farol da Nazaré já lá está há centenas de anos, o mar e as ondas então, desde há milhões. A isso juntou a (falida) Câmara local o engenho de convidar um surfista de renome e promovê-la. Quem sabe faz, quem não sabe inveja. Lá como cá!