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31.12.16

O que mais gostava para Tomar em 2017: simple is beautiful

Os ingleses têm uma curiosa expressão, que com alguma regularidade utilizo para definir ou propor a estratégia de atuação ou a abordagem adequada para um determinado problema. Essa expressão – Simple is beautiful (simples é bonito/bom, em tradução literal), encerra o conceito de que muitas vezes a melhor solução para um problema complexo é demasiado simples, e está demasiadas vezes ao nosso alcance, diria mesmo debaixo do nosso nariz.

Ora para os problemas de Tomar se resolverem e, sendo tantos, parecem de facto complexos, basta apenas que em 2017 saibamos todos - os autarcas, os empresários, os cidadãos atentos e a grande mole de cidadãos desatentos e preocupados com a sobrevivência do dia-a-dia, fazer o que a cada um compete. É que se cada cidadão fizer o que lhe é exigido, pela função que ocupa, pelo poder que tem, pela ambição que augura para si ou para os seus, grupos, familiares ou amigos, decerto Tomar em 2017 será melhor.

No fundo, é bastante simples: dividir cada um dos grandes problemas em problemas sucessivamente mais pequenos e para cada um deles, aplicar a solução mais simples e, de preferência que tiver menos impacto, no status quo, na despesa pessoal e coletiva e que especialmente ocupe menos tempo.

Simple is beautiful! E devemos ser sempre rápidos, para ganhar tempo para usufruir do ócio. Tomar, que é de todos, pode de facto ser melhor em 2017, bastando cada um fazer o que lhe compete, de forma simples e eficaz. E façam o favor de ser felizes, como dizia no século passado, o nunca indicado para ser laureado pelo Nobel da expressão oral, Raul Solnado. Coisas da vida, simples, diria! E bela, já agora!

25.12.16

Conselho Municipal de Segurança há mais de um ano sem funcionar


Depois de alguns meses de grande discussão pública sobre a necessidade de serem abordados os assuntos referentes à segurança as duas reuniões do Conselho Municipal de Segurança realizados nos meses de outubro e novembro de 2015, questionei formalmente a presidência do Município, através de requerimento, relativamente a este assunto.

Recordo que na altura, em 2015, foram decididas criar comissões permanentes no seio do Conselho Municipal de Segurança, que pudessem abordar sectorialmente alguns dos assuntos obrigatórios de lei, de serem avaliados, bem como os emergentes colocados pelos membros do respetivo Conselho.
Aspeto da reunião do Conselho Municipal de Segurança, realizada em 27 de novembro de 2015 - foto Rádio Hertz


O fato de terem existido no decurso do presente ano de 2016 reuniões, de que foi dado reporte público, entre a PSP e a vereação, tal não exclui o âmbito dos trabalhos que deveriam estar a ser desenvolvidos pelo Conselho Municipal de Segurança, há mais de um ano, dado o âmbito mais vasto da sua atuação, que não se confina à mera observância dos casos mediáticos de segurança pública.

Aliás, a forma mais errada de abordar as questões relacionadas com a segurança, na sua mais ampla conceção, é a de a confinar apenas à atuação em resultado do alarme público, causado por esta ou aquela ocorrência. O ideal é prevenir, antecipando tendências, promovendo pequenos passos sectoriais e melhorias sistémicas e constantes, na prospetiva do tempo futuro. Antecipar é prever e gerir é decidir!

É sempre mau quando os agentes políticos com responsabilidade, neste caso ao mais alto nível do Município, têm devidamente instalado o respetivo Conselho Municipal de Segurança, após anos de moções aprovadas e, durante mais de um ano não se lhe dá o respetivo andamento, para que possa fazer o trabalho que lhe compete, nos termos em que a Lei, há muito o define.

Recordo as comissões permanentes decididas de criar, em 2015, as quais nunca reuniram, foram as relacionadas com a:

- Prevenção da toxicodependência e de outras, com elevado potencial criminogénico / atividades de inserção social;

- Prevenção de atividades sociais e apoio a tempos livres / segurança escolar;

- Violência doméstica;

- Segurança rodoviária;

- Segurança pública.

Em abono da verdade o requerimento em questão foi devidamente respondido, no início de novembro, informando da intenção de reunir a respetiva comissão. Espero como membro deste Conselho Municipal de Segurança, que o mesmo possa desenvolver os trabalhos para os quais foi formado e cuja tomada de posse se deu, tal como a lei define, perante a Assembleia Municipal, há mais de um ano e meio.

Esperemos que se possam desenvolver os trabalhos, antes que mais algum problema com impacto mediático surja e assim, perturbe a missão, de que já poderiam existir resultados para bem do Concelho de Tomar.


Luis Ferreira, membro do Conselho Municipal de Segurança de Tomar

19.12.16

Parque de Campismo de Tomar fechado porque apeteceu

O Parque de Campismo Municipal de Tomar está encerrado, desde o passado dia 1 de dezembro.

Tenho estado atento, há meses, para ver o que a coisa iria dar.

Esperei que o bom senso pudesse imperar e que, apesar de todas as pressões, com vários anos aliás, para o encerramento do Parque de Campismo de Tomar, não surtissem efeito.


Sempre esperei que os responsáveis municipais que, ao fim de três anos já não têm a desculpa da inexperiência, percebessem que deixar de ter um Parque de Campismo em Tomar, localizado no centro da cidade, seria um disparate sob todos os pontos de vista, a começar pelo económico, para a própria autarquia, pela indução de marca que isso faz no território e pelas receitas que este gera e poderia gerar muito mais.

Acho que sou insuspeito para falar sobre a gestão desta infra-estrtutra municipal, uma vez que no decurso do pouco mais de um ano que tive a responsabilidade política do gerir, entre outubro de 2009 e novembro de 2010, além de ter provido à criação do site www.campingtomar.wordpress.com, ter garantido a instalação de rede wi-fi disponível gratuitamente para os campistas, a colocação de assadores para churrascos, pia para deposição de cassetes de auto-caravanas, máquinas de venda automática de bebidas e comida, máquinas de lavar roupa e de secar, promovi também pequenas obras de adaptação e melhoria da sala de convívio junto à receção e a instalação de sistema de faturação na mesma.


Deixámos, a equipa que liderei em 2010-11, um espaço agradável, promovido através dos instrumentos tecnológicos existentes e a aquisição de bicicletas para aluguer, veio posteriormente já no atual mandato no início de 2014, a estar disponível também no Parque de Campismo.

Enfim. Procurou-se trazer o Parque para o sec.XXI, apesar de todas as resistências que sempre encontrámos. Claro que dá trabalho fazer horários e gerir os recursos humanos, sempre escassos - especialmente nos últimos anos com a impossibilidade de contratar a que a administração pública esteve sujeita.

Claro que eram necessárias mais um conjunto de pequenas obras, de melhoria do edifício das Piscinas e talvez a criação de uma zona de convívio, com restaurante, no edifício do Joaquim ervilha, que dá para o Parque. Claro que logo em 2014 se poderiam ter adquirido bungalows para nessa zona (Este) do Parque terem sido instalados, melhorando e modernizando assim a oferta, claro que a zona de descarga de cassetes das auto-caravanas poderia e deveria ser aumentada, face ao cada vez maior numero de acesso destas viaturas a Tomar.

Claro que já deveria ter sido proposto a proibição de estacionamento, no espaço urbano da cidade de Tomar o parqueamento deste tipo de viaturas. Claro que muito coisa deveria já ter sido feito, se houvesse efetiva intenção de investir o Parque de Campismo, olhando para ele como uma oportunidade para o crescimento do Turismo em Tomar e não como uma "chatice"...

O Parque de Campismo de Tomar, detido pelo Município, nessa localização há dezenas de anos, precisava de melhorias, mas isso não justificava NUNCA o seu encerramento. Ainda por cima com a esfarrapada desculpa que o Plano de Pormenor não permitia a sua existência. Nada de mais falso.

Os Planos de Pormenor não constituem impedimento à existência do que quer que seja, que esteja já construído e a funcionar. Assim o é com qualquer indústria, comércio ou residência que se localize na abrangência de uma zona abrangida por um Plano de Pormenor. Senão, cada vez que se aprovasse um Plano de Pormenor, todas as casas aí existentes e em dissonância com o aprovado teriam de ser "arrasadas" e de imediato construídas outras no seu lugar. Um Plano de Pormenor é isso mesmo: um Plano para o futuro! E que determina para o futuro. Para quando se quiser fazer algo mais. Para quando se quiser ampliar algo mais.


Assim que fique claro: o Parque de Campismo foi fechado, porque o quiseram fechar. Não porque o Plano de Pormenor o obrigasse a fechar.

E isso mesmo caros, foi um perfeito disparate.

Disparate igual ou parecido, com o encerramento do Mercado Municipal em 2011 ou com o encerramento do parque infantil a 19 de janeiro deste ano, durante mais de 10 meses. A ASAE tem de facto as costas muito largas.

Links:
Blog de 2010
Facebook do Parque de Campismo 

13.12.16

Há 100 anos tentativa de golpe de Estado - a favor da não entrada de Portugal na Guerra na Europa, saiu de Tomar

Quarta-feira, 13 de Dezembro de 1916
Revolta militar encabeçada por Machado Santos

Encabeçando forças militares que aguardavam o embarque para o teatro de operações em França, Machado Santos sai de Tomar em direção a Abrantes. Seria preso no dia seguinte e levado para bordo do "Vasco da Gama".

A insubordinação militar verificou-se também na Figueira da Foz e em Castelo Branco. A ideia era cercar Lisboa, a partir de Tomar. Publica-se um falso número do "Diário do Governo", com a demissão do Ministério e a nomeação de um outro, da presidência de Machado dos Santos. O estado de sítio é declarado.

O motim fez atrasar o embarque do Corpo Expedicionário Português [que estava em treinos, havia um ano no campo militar de Tancos - criado propositadamente para este efeito, e liderado pelo tomarense Tamgnini de Abreu],  para França e originou a substituição dos oficiais implicados no levantamento. Em consequência o CEP perdeu três comandantes de Brigada e dois Coronéis que passaram à reserva


Bibliografia:Afonso, Aniceto e Carlos de Matos Gomes, (2010), "Portugal e a Grande Guerra, 1914 - 1918", Lisboa, 1ª ed., QUIDNOVI, (ISBN:978-989-628-183-0)
Henriques, Mendo Castro e António Rosas Leitão, (2001), "La Lys - 1918 - Os Soldados Desconhecidos", 1ª ed., Prefácio. (ISBN:972-8563-49-3)


Extratos da Ata da Câmara dos Deputados, a 14 de dezembro de 1916, onde foi declarado o Estado de Sítio (por um mês):













10.12.16

Várzea Grande: A aposta em requalificar sem reduzir estacionamento


REQUALIFICAÇÃO DA VÁRZEA GRANDE

Desde há dezenas de anos que a Várzea Grande carece de uma intervenção requalificante, que lhe permitisse vários usos.
No início deste mandato foi decidido, em reuniões conjuntas dos autarcas eleitos pelo PS e, posteriormente, em reuniões de coordenação política entre o PS e a CDU, que seria neste mandato que finalmente se acabaria com o mar de pó aí existente, desde sempre.

Chegou a haver, inclusive a ideia de deslocalizar o mercado semanal do estacionamento do Mercado Municipal, para este espaço.

Uma das abordagens realizada apontava para este desenho (2015), o qual apenas interviria no piso, que permitiria um uso misto - de estacionamento, feira semanal e feira anual, com a colocação de uma grande ilha ecológica junto ao interface rodoferroviário, mas não alteraria as vias de circulação atualmente em uso, nem no enquadramento arbóreo atual. Uma intervenção light, que custaria cerca de 400.000€.




Posteriormente, já no decurso deste ano, seguiu-se outra abordagem, aumentando a área de intervenção, reativando-se a criação do parque de estacionamento para autocarros e realinhamento de toda a via norte do atual Palácio da Justiça, com profunda intervenção no recoberto arbóreo e com a alteração da via oeste (junto ao Convento de S.Francisco) e criação e uma rotunda em frente à Estação - com relocalização da Estátua ao Soldado Desconhecido, o que implicará sempre um acordo coma Liga dos Combatentes, uma vez que foi por iniciativa desta e por subscrição pública que a mesma aí foi colocada. Em média as hipóteses avançadas, implicarão um investimento superior a 1 milhão de euros.


I. ENQUADRAMENTO MORFOLÓGICO, HISTÓRICO E SOCIOLÓGICO
(breve respaldo histórico de enquadramento)
Desde a fundação de Tomar até aos nossos dias este rossio manteve a designação de Várzea Grande, apesar de retalharem sucessivamente o extenso retângulo, transformando-o num hipotético quadrado.
Deram-lhe vários nomes que nunca perduraram. Basta recordar alguns deles: Largo Conde Ferreira em 15 de Outubro de 1891, Largo do Conselho Hintze Ribeiro em 28 de Dezembro de 1901, Largo Cândido dos Reis em 10 de Outubro de 1910 e, mais recentemente, Largo 5 de Outubro. Cenário de vários acontecimentos históricos, foi sempre local de feiras e de paradas militares.
Após 17 de Julho de 1562, quando o Principal da Ordem obteve licença régia para o efeito e a Câmara cedeu o terreno para a construção do convento na Várzea Grande. O Cardeal D. Henrique, que era, ao tempo, Mestre de Ordem de Cristo, opôs-se, alegando que a Várzea era também propriedade da Ordem.
Gera-se grande polémica entre a Câmara da Vila e o Convento de Cristo, pois este último considerava-se dono de parte da Várzea Grande. Tendo sido necessário a intervenção energética de Filipe III em 15 de Maio de 1624, que resolveu a favor da Câmara mandando colocar um padrão a atestar a sentença dada, a favor do povo de Tomar.
Em 1783 nos Livros dos Acórdãos Camarários, diz-se que o «Rossio da Várzea Grande do Povo desta Vila é um dos mais nobres que há por todas as vilas e cidades do Reino, dado pelos Monarcas deste Reino, para o recreio deste Povo.»
Pinho Leal no seu «Portugal Antigo e Moderno» (1873) escreve, com algumas imprecisões: «Várzea Grande – onde desemboca a estrada real de Lisboa. Tem 2 km de circunferência. Cultivada e o resto tapetado de relva, sempre verde, é sombreada por uma fresca alameda de frondoso arvoredo. É também adornada com elegante cruzeiro, de primorosa escultura. É monolítico sobre degraus, com as armas de Portugal e no seu fastígio de uma cruz sobre esfera armilar, empresa (emblema) do rei D. Manuel que mandou construir».
II. MOTIVOS QUE JUSTIFICAM A INTERVENÇÃO
A requalificação surge da necessidade de recuperar o espaço, enquanto espaço colectivo, convertendo-o em espaço de socialização, ponto de encontro da população local, palco de acontecimentos diversos, com equipamentos que potenciem novos usos, espaço este capaz de aumentar a auto estima das populações que o utilizam. E também por neste espaço e na sua envolvente estarem concentrados vários monumentos classificados e de grande importância histórica.
III. CRITÉRIOS GERAIS E OBJECTIVOS DA INTERVENÇÃO
Afirmar este espaço como público, de acesso a todos os habitantes, eliminando as barreiras arquitectónicas que contribuem para um espaço de exclusão, dotar toda a área de um ponto de encontro por excelência, valorizando as estruturas espaciais contribuindo na garantia e procura de melhores condições de acessibilidade, de mobilidade, de ambiente urbano e de integração paisagística; destacando os monumentos históricos e outros elementos construídos, dotando este espaço de infraestruturas adequadas á sua vivência permanente, tais como percursos pedonais, troço da ciclovia urbana, mobiliário urbano, áreas verdes tratadas, assim como:

• Contribuir para requalificar o espaço colectivo, reforçando a unidade com os restantes sistemas espaciais existente na malha urbana, nomeadamente numa nova solução de pavimentos que integre uma equilibrada articulação de materiais de revestimento, adequados aos diferentes propósitos de funcionamento;

• Criar uma identidade colectiva e uma imagem forte e facilmente integrável no sistema de identidade do concelho de Tomar;
• Apresentação de soluções tipológicas e construtivas que introduzam qualidade ao espaço público;
• Definição de opções que estabeleçam um ordenamento funcional, hierarquizando o espaço e suas utilizações;
• Introdução de equipamentos capazes de incrementar novos usos dos espaços (exemplos:paragem de autocarros de turismo, largo da Igreja S.Francisco, paragem de táxis, etc);
• Possibilidade de introdução de elementos urbanos e escultóricos capazes de criar identidades de referência, contribuindo para a construção de factores emotivos que potenciam a apropriação do espaço;
• Introdução e/ou melhoramento de infra estruturas urbanísticas;
• Introdução de equipamentos de iluminação pública com soluções de excelência, adaptados aos distintos casos específicos;
• Introdução de uma nova estrutura verde que integre espaços relvados, colocação de novos elementos arbóreos e arbustivas de modo a garantir uma melhor integração e valorização paisagística e de ambiente urbano local.
IV. PROGRAMA DA INTERVENÇÃO
A obra define uma intervenção global com critérios gerais unificadores de toda a intervenção, não deixando de apresentar soluções específicas para cada tipologia de espaço, no que diz respeito a soluções formais, técnicas e funcionais. As soluções a desenvolver responderam aos objectivos pretendidos e aos critérios adoptados face ao local intervencionado e ao seu contexto histórico, morfológico, formal e social, tendo sempre em consideração a necessidade de manter o projecto dentro dos limites orçamentais propostos.

Considera-se esta, uma obra fundamental para afirmar a estratégia de reabilitação e regeneração adoptada pelo Município.
A proposta sugere as seguintes medidas de intervenção:
a) criação de zonas de estacionamento organizado;
b) remodelação integral do pavimento e do perfil dos arruamentos;
c) criação de zonas de percursos pedonais ao longo das linhas arbóreas;
d) colocação de linhas arbóreas novas e reforço da arborização existente, assim como de áreas verdes;
e) implantação de mobiliário urbano diverso, bancos, papeleiras, bebedouros e dissuasores de trânsito, etc;
f) implantação de sinalética de tráfego, orientação, institucional e toponímia;
g) criação de percurso quer a poente como a nascente em lajedo de pedra, que remete para a imagem passada e atual do terreiro;
h) criação de uma placa circular em frente do edifício da estação da CP que contempla a relocalização do monumento ao soldado desconhecido criando um foco de destaque;
i) criação de uma paragem de táxis coberta, com informação turística, bem como uma zona de tomada e largada de passageiros;
j) formalização de um adro em frente da Igreja de São Francisco que servirá de zona de recepção a este espaço, reforçando e valorizando o monumento no cartaz turístico e cultural do concelho;
l) redefinir o eixo da via perpendicular à Igreja de S. Francisco, procurando enaltecer o monumento e integra-lo na requalificação global da Várzea, prevendo o realinhamento da via frente ao Tribunal, esta via terá dois sentidos de tráfego,
m) instalação de um balcão de apoio á informação turística junto da paragem de autocarros de turismo;
n) remodelação e requalificação dos espaços verdes situados em frente ao museu.
o) instalação de uma unidade de sanitários públicos e de um Posto de Transformação para satisfazer as necessidades dos futuros eventos a realizar neste espaço;
p) remodelação da iluminação pública, com tipologia actual e adaptada ao uso;
q) colocação de 2 ilhas para recolha de lixos em locais estratégicos;
r) instalação de uma área para carregamento de viaturas eléctricas;
s) correção da rede de drenagem de águas pluviais, esgotos domésticos, infraestruturas elétricas e de águas, que colidam com a área de intervenção;
Parque de Autocarros de Turismo - onde foi em tempos a Messe Militar
Deste estudo, de 2016, destacavam-se 3 hipóteses de intervenção:
1ª Hipótese
Prevê o aproveitamento da placa central da Várzea Grande para estacionamento automóvel de viaturas ligeiras, em paralelepípedos de pedra calcária afastados entre si para que possibilite a existência de um relvado de sequeiro no intervalo e simultaneamente possibilite a colocação de elementos para futura amarração de equipamentos por ocasião da feira anual sem danificar ou levantar a base do pavimento.
Esta solução faculta a existência de uma vasta área de estacionamento, com acesso e saída controlada. Pese o facto de que necessitará da existência de manutenção e controlo sobre o trafego de viaturas ou equipamentos que posteriormente venham a pretender utilizar este espaço.
Para as viaturas de autocarros de turismo, propõe-se o seu estacionamento no espaço anteriormente ocupado pela Messe Militar, efectuando-se a sua saída pelo adro na frente da igreja de S. Francisco.
2ª Hipótese (a apresentada nas imagens aqui publicadas)
Esta hipótese remete-nos de grande forma para o previsto na primeira hipótese, com execpção da retirada de estacionamento junto ao Pelourinho e o respetivo tratamento de uma faixa ortogonal em lajedo de pedra semelhante à prevista na frente da Igreja de S. Francisco, libertando o espaço e a enaltecer o monumento.
O espaço previsto para o estacionamento de autocarros de turismo torna-se mais acolhedor e inovador pela característica da sua forma. Impedindo qualquer uso na apropriação do espaço frente á igreja nas operações de saída.
Prevê-se a manutenção das árvores, bem como o seu reforço nos canteiros a Nascente e a Poente do Tribunal. Sendo que esse espaço além do percurso proposto seja na globalidade tratado.
3ª Hipótese
É previsto o tratamento do pavimento central da Várzea Grande, com um piso final á base de saibro compactado, sem qualquer uso de estacionamento. Ficando o estacionamento regrado em toda a área periférica da Várzea e arruamentos.
Esta solução permite enaltecer a Várzea Grande, remetendo-a para a Praça maior, elemento simbólico – histórico e cultural, o qual existente em apenas algumas cidades, facto que Tomar tem esse singular privilégio.
Enaltecendo quer o conjunto edificado existente, como a praça na sua globalidade. O Pelourinho terá uma base maior igualmente em lajedo de pedra remetendo-o para uma força e domínio maior sobre a praça. Fortalecendo a presença do edifício quer do Tribunal Judicial como do conjunto monumental da Igreja de S. Francisco.
A ladear a praça teremos o conjunto das linhas de árvores definindo os alinhamentos, a simetria e geometria da praça, como promovendo os sítios e percursos de estar e de passagem.
Para a área de estacionamento dos autocarros de turismo adotar-se-á o previsto na segunda hipótese.
Nesta hipótese prevê-se igualmente que nos canteiros a Nascente e a Poente do Tribunal judicial, as árvores sejam mantidas com reforço de mais uma ou duas unidades. Sendo que esse espaço além do percurso previsto seja na globalidade tratado.


NOTA FINAL
Estas são algumas das abordagens já realizadas, quer pelos serviços do Município, especialmente a equipa TomarHabita, mas também por equipas externas.

Em todo o caso, seria essencial que não se perdesse mais tempo, uma vez que a intervenção deveria ter avançado, segundo o que havia sido combinado com os autarcas socialistas, logo a seguir à Feira de Santa Iria de 2015. Com os atrasos sucessivos e,s e tal não avançar muito em breve, fica em risco a realização da Feira de Santa Iria de 2017.

Entendo como essencial que qualquer intervenção possa e deva garantir que não haja qualquer redução da oferta de estacionamento atualmente existente, uma vez que sendo este local uma grande porta de entrada da cidade, paredes meias com o centro histórico, deve ser de garantir um nível de oferta de estacionamento na casa dos atuais 400 lugares, gratuitos, porque fora das zonas de estacionamento tarifado, aprovados neste mandato na Assembleia Municipal.


(atualização de janeiro de 2018)

Leia também a abordagem à discussão pública do projeto final.

7.12.16

Foi há seis anos que um Tornado F3 atingiu Tomar

Terça-feira, 7 de dezembro de 2000, 14H25


Apesar do estado do tempo não o atestar, dados os quase primaveris dias que temos tido, estamos na época natalícia. Este tempo invoca-nos especialmente para darmos atenção à família, para nos lembrarmos mais dos valores que, TODOS OS DIAS, deviam estar presentes na nossa prática. Desde logo o valor da liberdade, pois todos os homens nascem livres, nús literalmente do preconceito e dos dogmas, que depois a vida lhes incute e prende.

Também o valor da igualdade é de recordar, valorizando o respeito pelo outro, por todos os outros, sabendo que o outro do outro somos nós próprios.

E então, neste tempo de Festas, o valor da solidariedade, ou da fraternidade, ganha especial ênfase, uma vez que dando a nós mesmos o tempo para olharmos à nossa volta, descobrimos facilmente que podemos fazer sempre algo para melhorar a vida de quem nos rodeia.

Neste tempo por isso, os meus desejos vão para que saibamos fazer algo de bom, algo de belo. Que saibamos perceber que é TODOS OS DIAS, que devemos ser FRATERNOS, promovendo a IGUALDADE e sabendo guardar a LIBERDADE.

Seis anos depois do grande Tornado que atravessou o nosso Concelho e, onde também aí soubemos ser solidários, recordemos e trabalhemos para um 2017 melhor e mais JUSTO.
Porque Tomar é de todos.

[Nota do dia, hoje transmitida pela Rádio Hertz, depois dos noticiários das 13H e das 19H]

4.12.16

Nabão poluído por ETAR do concelho de Ourém

Poluição volta a Tomar, depois de anos ausente.
Um erro a construção da ETAR de Seiça - mas efetivamente construída no concelho de Tomar, na freguesia da Sabacheira, ao abrigo dum protocolo assinado entre os Municípios de Tomar e de Ourém.
Sem controlo, nem fiscalização, um dos rios com melhor qualidade, objeto de muito turismo natureza, no troço entre o Agroal e a cidade de Tomar, o Rio Nabão está em risco.

https://www.facebook.com/aqua.tomar/videos/1336556623061068/