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6.12.23

Projeção de resultados das Legislativas no Distrito de Santarém

Projeção da média das sondagens de Novembro e Dezembro (7+1), de resultados para o Distrito de Santarém (9 deputados a eleger): 

PS - 27,4% (3-4) 
PSD - 25,7% (3) ou 
PSD/CDS - 27,8 (3-4) 
CH - 19,8% (2-3) 

BE - 7,3% (0-1) 
IL - 6,0% 
CDU - 3,7% 
CDS - 2,1% 

Fonte dos dados base: Dossier Legislativas, Marketest. 

Metodologia de distribuição utilizada para o Distrito: própria, baseada numa função de distribuição tendo por base a variação face à média nacional. 

Margem de erro médio das amostras-base: 3,02%


Projeção, com margens de erro associadas a cada resultado:

PSD/CDS: 27,0-28,6% (3-4 deputados)
PS:            26,6-28,2% (3 deputados)
CH:           19,2-20,4% (2-3 deputados)
BE:             7,1-7,5 (0-1 deputados)

Fonte: Dossier sondagens, Marktest (consultada em 5/12/2023)

 

4.12.23

O texto "rude" de Ascenso Simões, num mundo do politicamente correto...

Conheço o Ascenso desde 1992, altura em que tive o privilégio de integrar o segundo Secretariado Nacional de António José Seguro, onde o Ascenso - porque mais velho, já se encontrava. Aprendi, na quase sempre divergência, a respeitar a sua voz forte e determinada, de austero mas leal transmontano que sempre foi.

Uma vez, no meu trabalho de peregrinação por todas as Associações Académicas de Norte a Sul do país - em plena luta académica contra as propinas impostas pelo Governo direitolas de Cavaco Silva, passei por Santa Marta de Penaguião, onde o Ascenso era Adjunto do Presidente da Câmara local, tendo-me recebido com aquela forma única que (praticamente) só os transmontanos sabem fazer. Nunca mais me esqueci desse dia e, mesmo na quase sempre divergência de opções posteriores dentro da JS e do PS, mantive e mantenho por ele um eneorme respeito, que a sua voz dura e avisada representam, naquela que é ser socialista.

No artigo, que republico, reconheço-me em parte nos argumentos, mas desconhecendo o perfil e o percurso de José Luis Carneiro, não tenho como avaliar a justeza das palavras de Ascenso, mas tenho de confiar na sua palavra, pois para um transmontano a palavra é quase mais sagrada, que qualquer Deus em que acreditem.

Achei justo dar-lhe palco, porque aquilo que está em jogo a partir de 17 de dezembro é bem mais importante do que qualquer luta que ele, desde 1978 e eu, desde 1983, travámos pelo e com o PS, em nome da Pátria!

Obrigado Ascenso!


(Texto original, publicado no Jornal "O Expresso" - 4/12/2023 - disponível https://expresso.pt/opiniao/2023-12-04-Para-Ze-Luis-38cf3773)


Sou demasiado velho neste nosso partido para me deixar implicar pela trica do dia, pelas pequenas picardias entre socialistas. Mas tenho vida partidária desde 1978 em cargos de coordenação e liderança na JS e no PS, e isso autoriza-me a revolta perante o atrevimento.

Ouvi, esta manhã, que a Dra. Manuela Eanes te tinha telefonado a mostrar simpatia pela tua candidatura e pela forma como tens feito a campanha. Eu compreendo o teu ponto, passares a ideia de que já podes entrar em campo como candidato a Primeiro-Ministro, coisa que tu sabes, como todos sabem na tua candidatura, não é verdade.

Mas, para além de ser de mau tom a divulgação de um telefonema de cortesia, mesmo que autorizado, a tua estrutura de campanha demonstra não conhecer a História do nosso partido. A interferência de Eanes no PS foi, sempre, danosa e perduravelmente combatida por Mário Soares. Soares sempre teve razão!

Eanes foi eleito com os votos do PS. Mas fez tudo para acabar com o PS. Primeiro, influenciando por dentro, promovendo a divisão, divisão essa que, a ter vencido, não teria permitido a revisão da Constituição da República no início da década de 1980, nem o fim do Conselho da Revolução com o regresso dos militares aos quartéis, nem o caminho para a nossa integração na Europa. Depois, com a criação de um partido caudilhista, o PRD, que não teve outra função que não fosse tornar o PS insignificante. Voltou a ser Mário Soares a por travão a esse desvario eanista. Nós devemos muito a Mário Soares, e não devia ser um qualquer telefonema de circunstância e atenção que deveria fazer-nos perder o sentido da História, a razão de estarmos aqui.

Aproveito este meio para te dizer duas outras coisas que me têm parecido afoutezas de gente pouco responsável.

O primeiro tem ligação com essa coisa de ser moderado e respeitar o legado de António Costa.

Moderado sou eu, moderado é o Assis, moderado é o Álvaro, o Sérgio, moderados são todos aqueles que pensam pela sua cabeça e agem pela sua cabeça independentemente da circunstância e do apetite pelo poder.

Em 2015, tu eras Presidente da Federação do Porto, apoiaste António José Seguro e perdeste no teu distrito por muitos. Dizes agora que és um moderado e que queres a autonomia estratégica do PS rejeitando o diálogo à esquerda, sendo muleta do PPD, tu bem dizes, PPD. Mas tu foste membro do Governo da Geringonça quando outros se mantiveram longe dela e outros, por amizade longa data com Costa, se limitaram nas criticas à solução encontrada.

Tu foste governante quando Pedro Nuno era o agente que fazia correr os compromissos, que honrava a palavra, que perdia a paciência com exigências parvas. Tu viveste esse tempo de carro preto com motorista branco à porta sem um ai, sem um levantar de voz, sem qualquer discórdia, sequer um texto prospetivo, que bem sabes fazer, um pouco mais ao lado da linha oficial. E agora esqueces isso tudo. Volto a Mário Soares, ele não iria achar nenhuma piada ao teu comportamento nem ao de muitos que, tendo combatido o PS nos anos quentes de 1970 e 1980, são neófitos que se acham históricos e te apoiam.

Mas também foste Secretário-Geral Adjunto. E podias ter feito o que importava, até por dever de amizade que dizes continuar a ter. Reaproximar Costa de Seguro. Não foi por falta de incentivos, até meus, mas tu não tens autonomia de palavra nem de ação, viajas atracado a interesses momentâneos, ao pragmatismo que te impede de seres mais tu. E tu tens tantas qualidades para seres mais tu…

Qual será o legado de Costa que tu queres honrar? É diferente do de Pedro Nuno ou de Duarte Cordeiro? No PS nós honramos o legado de todos os que fizeram o caminho. Uns honram pela vivência, outros pelo conhecimento da História. Tu não conheces o partido de Mário Soares que não seja pela memória, Pedro Nuno não conhece o legado de Guterres que não seja pela memória, mas ambos honram os seus consulados.

Mas há uma coisa que Pedro Nuno tem e tu não tens – esteve na génese da candidatura de Costa, esteve com ele na campanha das legislativas de 2015 sem boicotar, ajudou a salvar o percurso de vida de Costa e o PS depois de uma derrota, impedindo a manutenção do PPD troikista no poder, uma legislatura impossível que se tornou possível.

O segundo atrevimento é o que se prende com duas mentiras – a primeira é a de que a tua campanha está a disputar a liderança do PS, a segunda mentira é a de que tu és o único que pode derrotar Montenegro.

Tu sabes bem, como sabia Seguro na luta contra Costa, como sabia Alegre na luta contra Sócrates, como sabia Sampaio na luta contra Guterres, como sabia Gama na luta contra Sampaio ou contra Constâncio, que não vais ser secretário-geral. Tu sabes bem que o Partido tem uma opção na sua cabeça e essa é a transição de geração, de estilo, de mundo. Pedro Nuno será o próximo líder do PS.

Tu também sabes que só uma sondagem, das muitas que já saíram, te dá a vencer Montenegro e todas as restantes dão Pedro Nuno a vencer Montenegro. Como sabes que o teu apoio vem muito mais dos votantes do PPD do que do PS e da esquerda. É, portanto, uma mentira o que tens vindo a transmitir. Mas o caminho que estás a fazer, não podendo seres candidato a PM porque não vais ser líder do PS, só está a fragilizar o nosso partido, a dar argumentos ao PPD para nos combaterem. Tu estás a ser o maior aliado de Montenegro nesta contenda.

Peço-te que ponderes o trilho que tens vindo a seguir. Até porque nem parece teu, porque tu nunca foste assim.

Eu sei o que sempre esteve em causa nesta tua candidatura. É tão simples que não há um só militante socialista que não o sabia. Se Pedro Nuno tivesse negociado contigo a candidatura à Câmara do Porto, não terias avançado. Outro teria sido escolhido, talvez o Eurico, que estava mais à mão. Mas as coisas não se fazem assim, porque o PS é mais do que o percurso feito a partir de 1990, é mais do que o nosso umbigo construído a partir de anos e anos no poder recheado de cinismo e de soberba. Não te percas a mando de alguém, és demasiado valioso para não seres tu.

Vais ficar zangado comigo, mas isso passa-te. Até porque sabes que o conceito de amizade de um transmontano nunca dispensa a frontalidade mesmo que rude, mas não nega o sentido de solidariedade e de proximidade.

18.6.23

Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto



Considerando os eixos estratégicos - Coesão, Competitividade e Sustentabilidade foi decidido pelo Governo incluir a construção da Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa no PNI 2030, com o desígnio de reforçar a coesão territorial, através do reforço da conectividade dos territórios e da atividade económica.

A construção desta nova linha no Eixo Porto-Lisboa permitirá segregar os tráfegos rápidos e lentos, reduzindo os tempos de viagem e aumentando a capacidade para passageiros e mercadorias. Esta nova linha para tráfego de passageiros será projetada para alta velocidade (doravante AV) e viabilizar· um tempo de percurso de 1h15 entre Porto-Campanh„ e Lisboa-Oriente.

Esta nova ligação ferroviária ser· desenvolvida em três fases, articuladas com a Linha do Norte, sendo construÌda numa primeira fase entre Porto e Soure, próximo de Pombal, numa segunda fase estendida até à Linha do Norte, no Carregado, e numa terceira fase ligando a LAV no Carregado a Lisboa, através de uma linha independente a construir a norte da Linha do Norte. Este empreendimento está a cargo da IP- Infraestruturas de Portugal.


Exemplo das opções na envolvente a Coimbra, em discussão:





13.2.23

Em que datas foram as várias localidades da região elevadas a cidade

A 13 de fevereiro de 1844, por decreto da Rainha D.Maria II, a vila de Thomar foi elevada à categoria de Cidade.

Sendo hoje um estatuto quase irrelevante, sob o ponto de vista das competêcias atribuídas e efetivamente exercidas, antes da instalação da República como havia uma ligação entre a Comarca e o Município, havia efetivas diferenças entre o estatuto de Villa ou Cidade.

Assim, esta é a lista da elevação a cidade de algumas das atuais cidades da região, envolvente a Tomar, apenas e só para a melhoria da perceção do relevo dado em cada tempo, aos territórios da região entre as áreas de Coimbra e metropolitana de Lisboa.

Fonte do mapa: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_cidades_em_Portugal

<Anterior à nacionalidade>
COIMBRA                    1080 (nesta época só as sedes de Bispado eram cidades)

<Monarquia>
LISBOA                       1147 (nesta época só as sedes de Bispado eram cidades)
ÉVORA                        1165 (nesta época só as sedes de Bispado eram cidades)
ELVAS                        21-4-1513
LEIRIA                       13-6-1545
PORTALEGRE              23-5-1550
CASTELO BRANCO      20-3-1771
TOMAR                      13-2-1844
SANTARÉM                 24-12-1868

<1ªRepública>
ABRANTES                  22-5-1916
CALDAS DA RAINHA    26-8-1927

<3ªRepública>
TORRES VEDRAS           3-2-1979
PONTE DE SÔR            14-8-1985
RIO MAIOR                  14-8-1985
TORRES NOVAS           14-8-1985
PENICHE                    1-2-1988
ALMEIRIM                    16-8-1991
ENTRONCAMENTO        16-8-1991
OURÉM                        16-8-1991
POMBAL                        16-8-1991
ALCOBAÇA                    30-8-1995
CARTAXO                      30-8-1995
FÁTIMA                        12-7-1997
SAMORA CORREIA        12-6-2009 

1.2.23

Quatro regras de ouro para avaliar factos em política...

As quatro regras de ouro, para avaliar os factos na política, segundo Miguel Monjardino, autor do recém editado livro "Por onde irá a História", do Clube do Autor (ISBN-13:978-989-724-633-3) - 1ª edição, fev/2023


A regra de Heródoto: a geografia, a cultura e a história de um país continuam a ser essenciais na análise política.

A regra de Tucídides-Políbio: a principal ameaça à sobrevivência de uma democracia liberal é sempre interna.

A regra Stendhal-Tostoi: é extremamente difícil avaliarmos corretamente o verdadeiro significado dos acontecimentos no momento em que têm lugar.

A regra Donald Trumo-Vladinir Putin: supeitar quando alguém aforma convictamente: "Isso não faz sentido nenhum".



24.1.23

Chega pode empatar em deputados com o PSD no Distrito de Santarém


 

Projeção para o Distrito de Santarém (9 deputados a eleger):

PS - 3 a 4 deputados

PSD - 2 a 3 deputados

CH - 2 deputados

IL - 0 a 1 deputados

BE - 0 a 1 deputados

CDU - 0 deputados