O blogue teve em 2023, 35.671 visitas; 48.603 em 2022; 117.160 (2021); 50.794 (2020); 48.799 (2019); 98.329 (2018) e 106.801 (2017) +++ e mais de 838mil desde julho/2010, tendo atingido meio milhão em 5/6/2020

30.9.11

Vinte e dois meses de gestão na Protecção Civil

No âmbito do pelouro que tutelo, Bombeiros e Protecção Civil, este é o resumo dos gastos autorizados (ao abrigo da competência delegada) e das receitas arrecadadas desde 30 de Outubro de 2009 (inicio das minhas funções como vereador a tempo inteiro), até 31 de Agostoo de 2011 (22 meses).

Bombeiros e Protecção Civil
Receitas de 373.002,24€ e 287.764,95€ de despesa;

Num total de 22 meses, obtive assim uma taxa de cobertura de 129,6%, tendo o conjunto dos 34 colaboradores directos, de diferentes categorias e vínculos à administração publica, custado ao município cerca de 1,212 milhões€ em remunerações, complementos e subsídios (incluindo segurança social e CGA).

[Remunerações brutas totais de 155.719,03€ Nov-Dez2009 e 510.458,2€ de 2010, sendo o restante em 2011, aos quais acrescem as comparticipações para a segurança social e CGA, em média 16%]

O protocolo em funcionamento, com a Associação de Bombeiros, teve associada uma despesa directa ou indirecta de cerca de 287.185 €.

Fui assim responsável por uma despesa directa e indirecta, neste sector, de cerca de 1,694 Milhão€ e uma receita de cerca de 349 mil€, tendo obtido uma taxa de cobertura de 20,6%.

(Valores obtidos com base nas informações obrigatórias apresentadas às reuniões de Câmara Municipal, nos termos da legislação em vigor)

GASTOS COM GABINETE DE VEREAÇÃO
(De 30/10/2009 a 31/8/2011) - Estimativas

Remunerações - 108.000€
Comparticipações sociais e subsídios - 21.000€
Viaturas e comunicações - 26.000€
Bens e equipamentos - 3.000€


RESULTADOS OPERACIONAIS
(De 30/10/2009 a 22/6/2011) - 600 DIAS DE GESTÃO em comparação com os 600 dias anteriores


Os primeiros 600 dias de Gestão, comparados com os 600 dias "homólogos" de gestão


de 30/10/09        a 22/6/11 de 31/10/07        a 22/6/09 Variação
Total de serviços efectuados            14,864               13,147   13.1%
Duração total dos serviços efectuados (Horas)       27,709.05         20,839.47   33.0%
Média em Horas de cada serviço                 1.86                   1.59   17.6%
Total de Doentes transportados             12,945               11,584   11.7%
Transporte de doentes agendado              5,726                 4,000   43.2%
Km percorridos em transporte doentes       1,823,424            553,708   229.3%
Média de Km em cada Serviço             318.45               138.43   130.0%
Montante expectável apurado (€)   346,450.56      110,741.60   212.8%
Montante expectável gasto nas ambulâncias(€)    218,810.88         55,370.80   295.2%
Saldo directo (€)    127,639.68         55,370.80   130.5%

28.9.11

Tomar pode "perder" metade das Freguesias

Apresentado o Projecto do Governo, com as regras definidas, pode o Concelho de Tomar perder 8 das suas 16 Freguesias e, quanto muito, ficar no final do processo com apenas 10 Freguesias no total.

O Concelho de Tomar, com uma densidade populacional de 116 habitantes por Km2, fica no chamado NIVEL2, de Municipios com densidade entre os 100 e os 500 hab/Km2.

As Freguesias nos Concelhos de Nivel2, situadas na Sede do Concelho, terão de ter um mínimo de 15.000 habitantes, num raio de 3Km. Ora nem Santa Maria dos Olivais, nem S.João Baptista têm cada uma esse número de habitantes, pelo que terão de ser fundidas.

É expectável pensar que passaremos a ter, como há 78 anos atrás, a Freguesia de Tomar.

Os Concelhos do nosso Nivel, só poderão manter Freguesias predominantemente rurais, com um mínimo de 1000 habitantes. Ficam fora deste critério as actuais Freguesias de Pedreira, Alviobeira, Beselga, Além da Ribeira, Junceira e Sabacheira. Estas terão de ser objecto de fusão de forma a terem a dimensão mínima.

Outra Freguesia que poderá ter de entrar em processo de fusão, será Carregueiros, uma vez que estando a menos de 10Km da sede do Concelho e sendo predominantemente urbana, teria de ter 5.000 habitantes, o que não é o caso.

Todo este processo está em discussão publica, com parecer obrigatório das respectivas Assembleias de Freguesia e Municipal, até ao final do mês de Janeiro de 2012.

O final do processo, nos termos do timing definido no acordo da "troika", tem como limite o mês de Junho de 2012.

DIRIGENTES E POLITICOS TAMBEM REDUZEM

Outro aspecto que mudará nos próximos anos em Tomar, será o número de dirigentes que o Municipio de Tomar poderá ter. Do actual "quadro de dirigentes" que a autarquia pode ter, 3 Ditectores de Departamento e 15 Chafes de Divisão, passará para 1 Director de Departamento e 4 Chafes de Divisão. Isto terá de acontecer até ao final de 2012.

No que aos eleitos POLITICOS diz respeito, as próximas eleições só terão eleitos para a Câmara de Tomar, um Presidente e quatro vereadores. E além do Presidente, só puderao estar a tempo inteiro dois vereadores.

Outra novidade que vem a ser equacionada tem a haver com a eivai do Presidente da Câmara e dos vereadores, que passará a ser como para as Juntas de Freguesia: uma única lista candidata, com o cabeça da lista mais votada a ser eleito logo presidente, o qual escolherá entre os restantes eleitos para a Assembleia Municipal os seus vereadores.

22.9.11

Análise financeira do Município, ao mês de Julho de 2011

Análise sucinta: 
1. O mês de JULHO apresentou uma redução da dívida, em 2011, após o mês de Junho, no qual a dívida do Município aumentou, quer em termos absolutos, quer em relação à totalidade do Património.

2. Dados os valores das dividas a fornecedores (de 11 Milhões€) e dos passivos financeiros (de 64 Milhões€), face às receitas do ano transacto (de 27 Milhões€), temos que o Município está em desiquilibrio financeiro conjuntural, passivel de resolução através de dois movimentos simultâneos: pagando aos fornecedores em dívida, o que durante Julho foi realizado e amortizando os actuais passivos financeiros, o que ainda não foi realizado.

Dados oficiais:

Dados públicos sobre prazo médio de pagamentos, do Município de Tomar:[Actualizado em 25/4/2011]
31/12/2009 - 131 dias
31/3/2010 - 108 dias        30/6/2010 - 103 dias
30/9/2010 - 109 dias        31/12/2010 - 94 dias (redução de 28% num ano)
31/3/2011 - 122 dias*      30/6/2011 - 143 dias*

* valores ainda não confirmados pela DGAL

Dívida do Município
Fornecedores
31/1/2011 - 10.423.927,50€
28/2/2011 - 10.842.342,20€ (+4,0%)
31/3/2011 - 11.986.293,90€ (+10,6%)
30/4/2011 - 12.825.919,56€ (+7,0%)
31/5/2011 - 11.486.061,02€ (-10,4%)
30/6/2011 - 13.213.181,77€ (+15,0%)
31/7/2011 - 11.946.835,78€ (-9,6%)
Empréstimos de Médio e Longo Prazo
31/1/2011 - 23.134.450,49€
28/2/2011 - 23.245.450,49€ (+0,5%)
31/3/2011 - 22.790.793,22€ (-2,0%)
30/4/2011 - 23.790.793,22€ (+4,4%)
31/5/2011 - 23.555.542,58€ (-1,0%)
30/6/2011 - 23.451.853,59€ (-0,4%)
31/7/2011 - 23.302.301,17€ (-0,6%)
Dívida total (Curto, médio e longo prazo)
31/1/2011 - 33.558.377,99€
28/2/2011 - 34.087.792,69€ (+1,6%)
31/3/2001 - 34.777.087,12€ (+2,0%)
30/4/2011 - 36.616.712,78€ (+5,3%)
31/5/2001 - 35.041.603,60€ (-4,3%)
30/6/2011 - 36.665.035,36€ (+4,6%)
31/7/2011 - 35.249.136,95€ (-3,9%)


- Situação face aos limites de endividamento, considerando as alterações inerentes à Lei 12-A/2010 e a contribuição reportado dos SMAS a 30/6/2011:

Limite de endividamento de curto prazo
31/1=28/2=31/3/2011= 1.363.121,35
30/4=31/5=30/6=31/7= 1.363.120,14€ (utilizado=0€)

Limite de endividamento de médio e longo prazo = 13.631.201,35€
31/1/2011 utilizado 11.702.969,53€  MARGEM= 1.928.231,82€
28/2/2011 utilizado 11.813.969,53€ MARGEM= 1.817.231,82€ (-5,7%)
31/3/2011 utilizado 11.602.943,42€ MARGEM=2.028.257,93€ (+11,6%)
30/4/2011 utilizado 12.602.943,42€ MARGEM=1.028.257,93€ (-50,7%)
31/5/2011 utilizado 12.371.786,82€ MARGEM=1.259.414,53€ (+22,5%)
30/6/2011 utilizado 12.337.602,95€ MARGEM=1.293.598,40€ (+2,7%)
31/7/2011 utilizado 12.307.162,39€ MARGEM=1.324.038,96€ (+2,4%)
Nota: A margem de endividamento, por força da aplicação do nº2, do Artº53º do OE2011, os termos da circular nº53/11, da ANMP, o rateio de endividamento para o Município de Tomar, para 2011, foi reduzido para 567.129€.


PATRIMÓNIO DO MUNICÍPIO
Imobilizado líquido (provisório)
31/1/2011 - 101.797.951,28€
28/2/2011 - 101.744.070,75€ (-0,05%)
31/3/2011 - 102.121.236,30€ (+0,37%)
30/4/2011 - 102.538.247,10€ (+0,41%)
31/5/2011 - 103.008.456,46€ (+0,46%)
30/6/2011 - 104.188.531,29€ (+1,15%)
31/7/2011 - 104.592.382,19€ (+0,39%)
No Património há a destacar, a 31/7/2011 (incluindo amortizações previsionais no valor de 27.964.758,59€):
Outras construções e infra-estruturas - 44.578.604,07€ (33,6%)
Edifícios e outras construções - 31.081.280,09€ (23,4%)
Imobilizações em curso - 25.238.657,26€ (19,0%)
Terrenos e recursos naturais - 10.632.868,23€ (8,0%)

A dívida total representa % do Património total do Município
31/1/2011 - 32,97%        28/2/2011 - 33,50%       
31/3/2011 - 34,05%        30/4/2011 - 35,82%
31/5/2011 - 34,02%        30/6/2011 - 35,19%
31/7/2011 - 33,70%



INDICADORES de SOLVABILIDADE FINANCEIRA

Passivos financeiros / Receitas totais (do ano anterior)
64.583.097,29€ / 27.398.237,89€ = 236%  - o limite deveria ser 200%

Dívidas a fornecedores > 40% das Receitas (do ano anterior)
11.946.835,78€ / 10.959.295,16€ - o limite é ultrapassado em 9%

Nota:
Estes são os valores que, nos termos do DL 38/2008, de 7/3, colocam o Município de Tomar em desequilíbrio financeiro conjuntural, o que serviria de fundamento para a solicitação de um empréstimo para saneamento financeiro. Outros dois indicadores estão dentro dos parâmetros considerados normais: o prazo médio de pagamento ser inferior a 6 meses (é de 143 dias) e o endividamento líquido ser inferior a 125% das receitas totais (é a 31/7 de 109%).


(Valores e análise feita com base na Informação nº235/11-DF de 31/8/2011, presente a reunião de Câmara de 22/9/2011)
.

20.9.11

Festival de Estátuas, uma aposta ganha e a continuar

Com uma ampla participação e adesão popular, onde terão passado por Tomar, nos três dias em que decorreu o evento perto de 100-120 mil visitantes, entre muitos dos residentes do Concelho, bem como de visitantes de outros Concelhos da região, o II Frstival de Estátuas vivas de Tomar está instalado como evento em Tomar.

Foi conseguido um bom fim-de-semana de animação na Cidade e Tomar recuperou, por três dias o brilho de outrora, quando era centro de serviços regional.
Com financiamento comunitário, através do QREN, o investimento realizado de 86.874,26€, justificou-se plenamente.

A restauração, os cafés e snacks tiveram uns bons dias de vendas e apesar dos resultados na Hotelaria não serem tão animadores, percebe-se que este tipo de eventos, com promoção externa, coloca hábitos de visita e estada na terra Templária.

Continuo a defender uma Politica Municipal que conseguida estimular uma Politica global de eventos culturais, turísticos, desportivos e recreativos que consigam animar pelo menos 26 dos 52 fins-de-semana do ano. Conseguimos este ano 4, com o Congresso da Sopa, Festa dos Tabuleiros e Festival de Estátuas, mas precisamos de mais e integrar tudo com uma forte estratégia de divulgação, aproveitando a baixa de preços das televisões e dos principais jornais nacionais.

13.9.11

O post mais lido da passada semana

O post mais lido na semana de 5 a 11 de Setembro, foi Rebeldes sem causa

10.9.11

A paciência tem limites!

Porque a paciência para os dislates e oportunismo do hoje vereador sem pelouros e ex-presidente tem limites, para mais tarde recordar, aqui a transcrição da testemunha em primeira mão:

TOMAR – Luís Ferreira e Pedro Marques envolvem-se em duras acusações… e Corvelo de Sousa até ameaçou parar a reunião!


Exclusivo Rádio Hertz: Luís Ferreira e Pedro Marques, vereadores na Câmara Municipal de Tomar, foram protagonistas de uma dura discussão na tarde desta quinta-feira, mais concretamente na reunião do executivo autárquico. Quando estava em análise uma proposta dos Independentes que visava a cedência de espaços da antiga Nabância para União de Tomar e para a Associação «Acrescer», eis que Pedro Marques, saturado do tempo de discussão deste ponto da ordem de trabalhos, lamentou que o executivo tivesse «dinheiro para tudo» quando se tratou «do Sporting de Tomar», tecendo críticas à actuação dos socialistas José Vitorino e Luís Ferreira, afirmando que estes vereadores «estavam a enrolar o assunto».


O responsável pela Protecção Civil não perdeu tempo e retorquiu, acusando o Independente de «demagogia pura e dura». Pedro Marques não gostou do que ouviu e contra-atacou: «Quando foi do Sporting de Tomar houve dinheiro para tudo e eu apoiei sempre! E agora enrola-se tudo! Peço desculpa ao José Vitorino e ao Luís Ferreira mas agora enrola-se tudo e misturam tudo! Demagogia? Demagogia é falar na redução de despesas de 800 euros enquanto o senhor (ndr: vereador Luís Ferreira) faz as despesas que faz no seu departamento».
Seguiu-se um período em que os microfones dos intervenientes estiveram desligados, mas a discussão decorreu perante a reportagem da Hertz (que foi o único órgão de comunicação social a marcar presença na reunião da parte da tarde), com Luís Ferreira e Pedro Marques a pedirem «tento» um ao outro, sendo que o responsável da Protecção Civil acusou o Independente de falar em «atoardas» e de ser «indecente para com os vereadores do Partido Socialista». Perante tamanha discussão, Corvelo de Sousa, presidente da Câmara Municipal, tentou acalmar as hostes, avisando mesmo Luís Ferreira de que ele não podia interromper Pedro Marques, caso contrário a reunião teria mesmo que ser interrompida. O vereador socialista disse «não admitir bocas». O Independente disse, depois, que «por algum motivo» Luís Ferreira ficou tão incomodado com aquilo que tinha sido referido. Foram cerca de cinco minutos de enorme discussão, onde a restante vereação permanecia surpreendida e tentava, também, acalmar os ânimos, mas a verdade é que não foi fácil... Entretanto, no que diz respeito ao assunto que estava em análise, a Câmara Municipal decidiu ceder parte das instalações da antiga Nabância a União de Tomar e à Associação Acrescer, que ficam, desta forma, com as suas sedes sociais, ainda que por um período a definir.

--*--

O que os cidadãos devem saber é que o meu antagonista usa e abusa nas reuniões de Câmara de todas as intervenções que quer, para discutir a pedra da calçada ou a vírgula do artigo e a discussão na Quinta-feira encetada na reunião de Câmara e protagonizada pelos vereadores do PS, a propósito da cedência provisória de instalações para o União de Tomar e para a Associação Acrescer, foi muito importante.

E porquê?
Discutiu-se nomeadamente, a forma de contabilizar todos os custos que a autarquia tem com as cedências que tem feito a entidades como associações ou instituições públicas e privadas de espaços seus, quando tem serviços seus a pagar aluguer.
Decidiu-se terminar esse levantamento, bem como o levantamento de (PASME-SE) todos os imóveis da Câmara que se encontram devolutos ou subutilizados, para alocar ou serviços da Câmara ou ceder provisoriamente a Associações até à sua completa autonomização.
Decidiu-se ainda, fruto da discussão havida, que todas as cedências em vigor, bem como estas que foram agora realizadas e que não estão ainda protocolocadas, o deverão ser em regime de comodato (provisório por isso), estipulando claramente as obrigações e o prazo de entrega dos imóveis à Câmara.

Gerir a coisa pública é isso mesmo, sendo isso que os vereadores do PS quiseram e conseguiram que fosse discutido!

O que incomodou o antagonista foi o facto de os vereadores do PS chamarem à atenção que situações, como a cedência de instalações do Município sem qualquer contabilização, durante mais de uma década ao Ginásio Clube, ou o aluguer dos serviços municipais onde estão os serviços jurídicos e o outro onde está o urbanismo,  não podem nesta fase da vida do País continuar, por muito que todos gostássemos.

Sobre o União de Tomar e sobre a Associação ACRESCER os vereadores do PS, achando a cedência da mais elementar justiça, fizeram a declaração que pode ser lida aqui  

O que de facto dana o antagonista é que os vereadores do PS não lhe passam cartucho na sua inveja bacoca, pelo sucesso relativo que têm tido na gestão das áreas municipais à sua responsabilidade.

Para quem já teve o rei na barriga, sendo Presidente da edilidade no tempo das vacas gordas dos anos 90 e hoje não tem poder NENHUM, apesar de insinuar permanentemente que o tem, isso doí.
Percebe-se a necessidade de entrar pela mais baixa demagogia, insinuando despesismo a um vereador que NUM ANO aumentou a RECEITA do SISTEMA DE PROTECÇÂO CIVIL de 115.000€ para 226.000€, SEM AUMENTAR A DESPESA e AUMENTANDO o SERVIÇO às POPULAÇÕES em 11%. 

E queria ele que me calasse? Era só o que faltava.
É que enquanto os cães ladram, a caravana passa!
E a verdade é como o azeite: vem sempre ao de cima!



--*--

Nota de rodapé (e rodapé já é alto demais...): 
a reler ... "jogador e árbitro"

9.9.11

Menos dirigentes na Câmara: Governo dá razão ao PS em Tomar!

Com as limitações em curso que irão ser aprovadas, para o número de dirigentes autárquicos, o Municipio de Tomat virá a ter um máximo de nove a dez chefias, adequando assim novamente o quadro de pessoal à sua dimensão adequada.

Assim, já no decurso do próximo ano, virá o Município de Tomar a ter uma estrutura orgânica muito mais próxima do que o que o PS propôs o ano passado, do que a actual.
Recorde-se que o PS votou sozinho contra a actual estrutura orgânica do Município, exactamente com o argumento de que esta resultaria num aumento de despesa de cerca de 485 mil euros só com os dirigentes. A Proposta do PS era de que no máximo houvessem 10 Divisões e 2 Departamentos, tendo sido aprovadas então 15 Divisões e 3 Departamentos. A conferir as propostas então apresentadas,  aqui.

Esta alteração que será imposta pelo Governo, obrigará assim o Municipio de Tomar a ficar com uma estrutura muito próxima do que PS já havia proposto há um ano. Perdeu-se um ano para quê?

Quem sabe, sabe. E o PS é que sabe. Está visto!

8.9.11

As pessoas andam enervadas... com razão

Vivemos um tempo de grandes tensões sociais. As pessoas andam irritadas. A crise, em vigor desde 2008 obrigou os estados a fluxos e refluxos de investimento social, tendo primeiro gasto para manter o status quo e depois "obrigados" a poupar, poupar, poupar...

Tudo isto enerva. E, especialmente num terra que há mais de três anos que não vê instalar-se qualquer empresa que emprrgue mais do que 5 trabalhadores, isso torna-se terrível.

As pessoas andam enervadas e acreditam, e bem, que a culpa também é do Município. E digo bem, porque competirá sempre aos eleitos pelo povo encontrarem as melhores soluções para o povo. Ora, é notório que a Município não tem tido política sustentada para o investimento, apesar de ter uma pomposa Divisão para o desenvolvimento económico.

É notório que quando se investe em grandes obras nas áreas estratégicas da cultura e do turismo, apenas tal foi feito no contexto da obra publica, faltando o "sumo", ou seja faltando o projecto de exploração e de sustentabilidade de médio-longo prazo, por exemplo o projecto de musealização para o futuro Museu da Levada, como venho repetidamente chamado à atenção há mais de uma ano. 

Um Município que o ano passado decidiu que quem tivesse imóveis devolutas ou a cair no Centro Histórico, tivesse que pagar o dobro ou o triplo do IMI, para este ano pudesse começar a desagravar, em 30%, a quem tivesse feito obras de requalificação, o que está neste momento a ser proposto e discutido, para aplicação no ano de 2012.

O Município psrece conviver bem com uns transportes públicos que dão 400 mil euros de prejuízo, com uma gestão desportiva que dá quase um milhão de euros de prejuízo ou que dá "borlas" a todas as entidades que usufruem dos espaços públicos e das salas de espectáculo do Municipio, sem cuidar de que haja pelo menos um simbólico pagamento de 10-20 ou 30%, ponderados nomeadamente o relevo municipal das iniciativas.

Um Município que se arrasta nos anos para obter um PDM, que clarifique as dimensões das aldeias dos Concelhos e valorize as áreas de localização empresarial, naturalmente enerva as pessoas. Eu próprio vivo diariamente enervado com estas e outras situações, como por exemplo a área da preservação dos vestígios culturais, a falta de solução para o ex-Convento de Santa Iria, o "buraco" do Fórum Romano ou o "enterro" efectuado ás supulturas descobertas nas imediações da Igreja Santa Maria.

É compreensível que neste estado de coisas, qualquer acontecimento, como a descoberta recente do Alambor, gere "paixões" algo exageradas. É a minha opinião.

7.9.11

Rebeldes sem causa

Faz amanhã exactamente um mês que turbas de jovens britânicos semearam o caos pelas ruas de Londres e de outras cidades de Inglaterra. Sem causa aparente, incendiaram e destruição o comércio local, dos seus vizinhos, numa demasiada similitude, não de dimensão claro, com a barbárie da Bósnia nos anos 90.

Sem causa aparente milhares de jovens vão-se movimentando por vários pontos da Europa, em cidades mais ou menos conhecidas. Érea joens estão fartos. De quê? Nada de aparentemente factual. Apenas estão fartos. Sociólogos e politólogos tentam interpretar os seus sentimentos, como nos anos 70 se tentava interpretar a elevada taxa de suicídio entre os jovens escandinavos que tudo tinham, dentro da sociedade "ideal" que a social-democracia europeia havia construído.

Rebeldes são todos os jovens e ainda bem. Não haveria dsenvomvimento e evolução societária se os jovens não fossem rebeldes. Sem amarras e com o sonho como companheiro, em todas as gerações eles procuram o seu caminho, diverso do colectivo existente e único para cada um.

Em Tomar não sobram motivos para causas porque lutar: por uma política efectiva de apoio às famílias em dificuldades; pelo fim da ausência de soluções de longo prazo para a criação de riqueza e de empregos; pelo fim de parte do nosso património estar ao "deus dará", para cuidar há anos e décadas, como o Forúm Romano ou o ex-Convento de Santa Iria; pelo fim das dificuldades para a realização da semana académica na cidade, ora porque se suja, ora porque se faz barulho, levando a que esta se "fechasse" dentro do politécnico; causas e mais causas, também nas áreas rurais que aguardam a finalização de um PDM que devia ter sido revisto há dez anos atrás; pela existência de um modelo de apoio ao associativismo que reconheça as actividades realizadas, dentro da estratégia de desenvolvimento para o Concelho; acesso à programacao cultural igual para todos os residentes do Concelhos, especialmente aos mais novos, com cinema e teatro para todos; causas e mais causas...

Sempre que me lembro da rebeldia, das causas e das suas interpretações, lembro-me de uma velha frase marxista: "Os filósofos limitaram-se até hoje a interpretar o mundo. O que importa porém é transformá-lo".

Querem melhor causa: transformar o mundo, começando pelo que nos rodeia!
Vamos por aí. Tomar agradece!

6.9.11

APOSTAS FEITAS E DESCONTINUADAS: DESENVOLVER O TURISMO EM TOMAR

(Artigo publicado no Jornal "Cidade de Tomar" de 7 de Outubro de 2011)
A aposta no turismo é decisiva para a cidade e o concelho de Tomar. Tem-se perdido demasiado tempo e desperdiçado oportunidades para fazer do turismo uma base económica relevante para a nossa qualidade de vida.

O concelho tem recursos patrimoniais e humanos e uma centralidade geográfica, que lhe permitem desenvolver o turismo ao ponto de recuperar a posição que teve e que perdeu na região com a indústria.

Existem oportunidades e condições para que o turismo proporcione desenvolvimento económico e social à cidade e ao concelho, gerando de forma sustentável rendimentos, empregos, negócios, cultura, educação e melhor qualidade de vida para a população e para as futuras gerações.

Há que desenvolver o processo de criação de riqueza pelo turismo, dando continuidade à mobilização das pessoas e das instituições, para projectos que captem recursos financeiros e empreendedorismo para transformar os recursos humanos e culturais, o património material e imaterial, a paisagem e a natureza em bens e serviços que atraiam mais visitantes e turistas nacionais e estrangeiros, gerando uma economia de turismo sustentada.

O turismo cultural constitui já hoje, uma área de oportunidade e o grande desafio para criar uma indústria turística rentável e sustentável e com benefícios para as populações. O turismo cultural proporciona meios e motivação para manter e valorizar o património histórico e para desenvolver práticas culturais contemporâneas, enriquecendo o legado que vamos deixar para as gerações futuras.

Como a nossa experiência tem confirmado, não basta ter o Convento de Cristo e esperar que o turismo se desenvolva por geração espontânea, os turistas passam por lá e não ficam na cidade, os negócios associados ao turismo não se desenvolvem, o comércio tem estado estagnado, o centro histórico com escassa vida e, excepção ao ano de 2010, com cada vez menos turistas.

O uso e a apropriação do centro histórico pela população e pelos turistas é uma aposta decisiva que tem de ser assumida, programada e executada de forma sistemática, com a liderança da Câmara Municipal e o envolvimento das pessoas e das diversas instituições.

Não basta dizer que Tomar é a “Cidade Templária”, há que desenvolver o conceito e levá-lo à prática. Tomar tem condições para ser o grande centro da temática templária, com uma imensa visibilidade internacional, em termos culturais, científicos e turísticos. Este é um desafio central e parece ter sido uma oportunidade perdida por falta de continuidade das “boas práticas” implementadas em alguns momentos pela autarquia na área da gestão turística.

Tomar pode vir a ser um grande pólo de competitividade no turismo cultural se esse desafio for claramente assumido e continuado. Além do imenso património do concelho e da região envolvente, dispomos do Instituto Politécnico, com competências e valências únicas no país no turismo cultural, na conservação e restauro, na arqueologia, na fotografia, na pintura e nas tecnologias da informação e comunicação. Temos a Delegação do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, a Associação Portuguesa de Turismo Cultural, já com uma projecção interessante e trabalho desenvolvido, temos uma Escola Profissional que prepara jovens para os serviços do turismo, temos diversas empresas de eventos e aventura, com provas dadas na formação e na gestão de actividades de animação e de operação turística, temos o grupo de teatro Fatias de Cá com grande notoriedade nacional e excelente trabalho, música erudita, a grande figura de Fernando Lopes Graça, jazz e outras artes do espectáculo, artesanato e folclore, doçaria conventual, etc, etc…

Os recursos existem e são muitos, a grande questão reside na criação de condições para articular todos estes actores num processo sistemático organizado, com visão e gestão estratégica, com capacidade para gerar sinergias. Já se viu que não basta assinar protocolos e tirar a fotografias para publicar na imprensa local… Desenvolver o Turismo é obter resultados: as pessoas não “comem” marketing ou propoaganda!

E, além dessa aposta central no turismo cultural, é preciso apostar também na diversificação de ofertas – turismo de negócios, turismo de natureza, turismo rural, turismo activo e desportivo, recreio náutico, gastronomia e vinhos e eventos com grande projecção nacional e internacional.

É este, parte do caminho estratégico que foi pensado e seguido durante a nossa jornada de ligação com a promoção turística local, no decurso do ano de 2010.

Os “grandes eventos”, realizados nos últimos anos, como sejam a festa dos Tabuleiros, o Congresso da Sopa, os eventos Lego, os Festivais Tomarimbando e Bons Sons, as recriações e assinalamentos históricos como as “Estátuas vivas”, o “Cerco ao Castelo de 1190” ou a “Esgrima Histórica” na Linhaceira, passando pelas Jornadas Europeias do Património, o “Nabão” activo, como exemplo de cooperação inter-associativa (Pedreira-Sabacheira) para eventos de turismo natureza, o I Festival Internacional de Acordeons dos Templários, os mercados 1900 ou da República, recordam-nos que o potencial existe e, se devidamente promovido por uma estratégia de divulgação permanente e sustentada, dá resultados efectivos, como aconteceu durante 2010, onde ao aumento de visitas de turistas à Cidade, correspondeu o natural aumento de receitas da Hotelaria e por consequência da economia local.

Temos mantido e sustentado que só uma estratégia que promova a concretização de eventos em pelo menos 26 dos 52 fins-de-semana do ano, sejam eles turísticos, culturais ou desportivos, criará efectivamente uma “indústria turística” no Concelho. Só as grandes obras, na envolvente do Castelo ou no Complexo da Levada e, ainda sem projecto museológico, são pouco. São essencialmente “Hardware”.

Importa pois dar atenção ao “Software”. E com Monumentos fechados a maior parte do dia e dos dias, sem horários perceptíveis, ao sabor de “humores” da administração, pouco se poderá adjuvar. Lamentamos assim, que o esforço realizado no ano de 2010, ao estipular um horário de abertura contínuo dos Monumentos entre as 10H e as 18H, excepto à segunda-feira, não tenha tido continuidade. Como é de lamentar que a aposta continuada na promoção, usando os meios de comunicação social nacionais e as brochuras promocionais regulares, usando cada evento para vender o seguinte, não tenham tido continuidade.
Se nos destinos turísticos de referência se trabalha dessa maneira, porque não em Tomar?

3.9.11

O Clamor do Alambor Templário - Parte III

Mais um pormenor do "impacto" da intervenção realizada no Alcazar de Toledo, aqui mais visiveis do que na anterior foto.

Tanto que eu gostaria que o nosso alambor tivesse tratamento análogo. E nesta verossemelhança incluir também o "achado" junto ao Pavilhao Municipal e os túmulos de Santa Maria...

Será que a discussão à volta do alambor nos iré fazer ressurgir a preocupação de preservar os nosso espólios e dar-lhes consistência? Com um projecto de musealização adequado para o futuro MUSEU da LEVADA, como eu há mais de um ano venho "exigindo" ao Sr. Presidente da Câmara?

À volta desta preservação do espólio arqueológico desde o Sec.I ao SEc.XVIII, existe significaticva sinalética interpretativa, a qual introduz e faz viajar o visitante pelas inúmeras ocupaçoes ancestrais deste espaço. Também em Mérida existem excelentes exemplos, os quais também já tive oportunidade de visitar e que sempre que o recordo me pergunto. Porque não Tomar ocupar, de vez, o seu lugar?  

O clamor do Alambor Templário - parte II

Tive oportunidade de recentemente visitar a histórica Cidade de Toledo. Esta foto, tirada dentro do "Alcazar", fortaleza construída no seu mais alto pormontório, despertou na altura em mim a curiosidade de como foi possivel uma intervençao "moderna" que preservou integralmente as descobertas arquelógicas realizadas, aquando das suas mais recentes obras.

O Alcazar de Toledo, alberga além da Biblioteca de Toledo, também o Museu do Exército. Esta parte do edifício, que valorizou construçoes anteriores existentes no espaço, desde os romanos, passando pelos árabes e a idade média, levou o volume construtivo que se pode constatar na imagem.

Acho que no debate importante que se está a fazer a propósito da descoberta histórica do Alambor da torre Nordeste do Castelo Templário de Tomar, é também interessante observar algumas intervençoes realizadas em locais de forte espólio arqueológico.

Acho sempre estranho quando oiço "radicais" clamores, incentivando todos os que como eu se preocupam com a preservaçao do nosso património, a vias únicas de impossibilidade de compatibilizar a modernidade e a preservaçao de achados arqueológicos, tirando partido do desconhecimento de outras soluções.

Espero que o tempo venha a aclarar os espíritos e a evitar que o alambor e o respectivo muro de suporte de terras que o "descobriu", não venham a ter a mesma, vergonhosa, sorte que teve nos últimos 20 anos o Forum Romano, contíguo ao Quartel dos Bombeiros.

Preservar é uma coisa. Abandonar, por fundamentalismos preservacionistas, é outra.
Espero que a opção seja a inteligente...