Faz amanhã exactamente um mês que turbas de jovens britânicos semearam o caos pelas ruas de Londres e de outras cidades de Inglaterra. Sem causa aparente, incendiaram e destruição o comércio local, dos seus vizinhos, numa demasiada similitude, não de dimensão claro, com a barbárie da Bósnia nos anos 90.
Sem causa aparente milhares de jovens vão-se movimentando por vários pontos da Europa, em cidades mais ou menos conhecidas. Érea joens estão fartos. De quê? Nada de aparentemente factual. Apenas estão fartos. Sociólogos e politólogos tentam interpretar os seus sentimentos, como nos anos 70 se tentava interpretar a elevada taxa de suicídio entre os jovens escandinavos que tudo tinham, dentro da sociedade "ideal" que a social-democracia europeia havia construído.
Rebeldes são todos os jovens e ainda bem. Não haveria dsenvomvimento e evolução societária se os jovens não fossem rebeldes. Sem amarras e com o sonho como companheiro, em todas as gerações eles procuram o seu caminho, diverso do colectivo existente e único para cada um.
Em Tomar não sobram motivos para causas porque lutar: por uma política efectiva de apoio às famílias em dificuldades; pelo fim da ausência de soluções de longo prazo para a criação de riqueza e de empregos; pelo fim de parte do nosso património estar ao "deus dará", para cuidar há anos e décadas, como o Forúm Romano ou o ex-Convento de Santa Iria; pelo fim das dificuldades para a realização da semana académica na cidade, ora porque se suja, ora porque se faz barulho, levando a que esta se "fechasse" dentro do politécnico; causas e mais causas, também nas áreas rurais que aguardam a finalização de um PDM que devia ter sido revisto há dez anos atrás; pela existência de um modelo de apoio ao associativismo que reconheça as actividades realizadas, dentro da estratégia de desenvolvimento para o Concelho; acesso à programacao cultural igual para todos os residentes do Concelhos, especialmente aos mais novos, com cinema e teatro para todos; causas e mais causas...
Sempre que me lembro da rebeldia, das causas e das suas interpretações, lembro-me de uma velha frase marxista: "Os filósofos limitaram-se até hoje a interpretar o mundo. O que importa porém é transformá-lo".
Querem melhor causa: transformar o mundo, começando pelo que nos rodeia!
Vamos por aí. Tomar agradece!
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