Álvaro Santos Pereira, emigrante de ouro vindo diretamente de Vancover (Canadá), para dar mais um contributo da Escola de Chicago (linha mais neo-liberal da economia), à desgraça Portuguesa, está cada vez mais a prazo. A recente demissão do seu Secretário de Estado da Energia, que mantinha um braço de ferro com os interesses corporativos da EDP e seus novos acionistas de referência (Chineses), mais não prova que o País além de estar a saldo, só cumpre as medidas da troika no que à austeridade e desgraça social representa para todos quantos, ainda insistem, em viver em Portugal e querer que este País seja mais do que um laboratório de experimentalismo do novo capitalismo de casino do Sec.XXI.
Henrique Gomes havia indicado, em fevereiro, que estava a negociar, junto da troika do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, os “lucros excessivos” das produtoras de eletricidade.
O secretário de Estado sustentava então, em declarações recuperadas pela Lusa, que “a EDP e a Endesa” deviam “perder ou atenuar significativamente a sua garantia de potência”.
Henrique Gomes defendia mesmo a adaptação dos incentivos financeiros para aquelas empresas às necessidades do mercado, de forma a “evitar sobrecustos existentes”.
Desautorizado pelo Ministro Álvaro, que se comporta cada vez mais como CEO dos interesses estrangeiros em Portugal, mas sem o peso político para criar condições para o desenvolvimento das empresas nacionais, na sua batalha pela competitividade internacional, este Secretáriod e Estado bateu com a porta e é a primeira baixa, de um Governo que acabará por sair pela porta pequena.
O Ministério da economia é hoje um Ministério que serve os interesses da Alta Finança especulativa internacional, na seguimento das teses da Escola de Chicago. Foram aliás esses interesses que levaram em 2007 ao colapso do mercado imobiliário americano e subsequente crise financeira mundial que se desenvolveu após 2008.
Ora nunca, mas nunca, quem promove o problema, poderá ser parte na solução.
E o problema, quanto a mim, não está no Ministro ou no Ministério, mas sim na política: ela é anti-social, ela é errada e só levará à destruição do país.
Aliás este Governo, escassos oito meses depois já demonstrou querer apenas aplicar as medidas da troika que convêm aos grandes interesses, que não os nacionais. Esta alteração do pagamento que cada família tem de fazer por ano, de 49€, a mais do que teria de fazer se os contratos não protegessem as grandes corporações da energia, e que está no memorando da troika, não é para fazer.
Mas a extinção de 1/3 das freguesias do País, que é irrelevante sob o ponto de vista económico, sim.
O aumento dos preços dos bens essenciais, atravez da sua maior carga de impostos também.
As taxas de juro proibitivas às empresas, que levam ao despedimento de 900 pessoas por dia, também. Mas o resto não.
Por este andar António José Seguro ainda vai ser Primeiro Ministro em menos de um ano, por total demérito da atual governação: é que o País não aguenta mais austeridade e pouca vergonha. E ainda anda por aí um fantasma chamado BPN...