As notícias que vêm da área do Turismo são boas.
Com um crescimento sustentado, há vários anos, na casa dos
dois dígitos, o ano passado, pela primeira vez desde há 5 anos, as receitas na
hotelaria terão aumentado mais do que o crescimento do numero de dormidas, o
que significa que está a ser criada uma maior mais valia neste setor. Se a isso
juntarmos o impacto direto na restauração e bebidas, que foi aliado a uma
baixa, desde julho de 2016, do IVA dos 23% para os 13%, como desde 2012 o PS
vinha propondo na oposição e que cumpriu uma vez no poder, pode-se concluir que
tivemos um ano Turístico excecional.
Aliás, em Tomar nos últimos 7 anos – de 2009 a 2016, o numero
de visitantes ao Convento de Cristo subiu de pouco mais de 150 mil para perto
de 300 mil, duplicando assim. Uma excelente tendência de que Tomar tem
conseguido tirar algum partido. Os negócios decorrentes deste aumento de fluxo,
impulsionado também pela existência em funcionamento desde 2009, do IC9,
melhorando a acessibilidade a Tomar, têm ajudado a economia local e, não fora
de quando em vez alguns responsáveis municipais, em vários mandatos, se
lembrarem de fechar o posto de Turismo aos domingos ou de, teimosamente, o
manterem fechado à hora de almoço, melhor acompanhamento poderia ser a estes
prestado.
Mas, a estratégia concertada que os diferentes atores –
Convento de Cristo, Instituto Politécnico, ADIRN, Município, Freguesias e
Associações, têm tido face à marca Templária e, grosso modo, face aos fenómenos
de eventos ligados à recriação histórica, têm ajudado a afirmar Tomar no contexto
nacional e internacional. Neste plano ganha destaque a criação da Associação
Internacional que vai gerir a candidatura da Rota dos Templários a Itinerário
Cultural Europeu, onde se encontram envolvidas, além de Tomar, as cidades de
Troyes – onde a Ordem dos Templários foi fundada em 1128 e as cidades
espanholas de Ponferrada e Monzon.
É pressuposto que no final deste primeiro
semestre de 2017, a candidatura em preparação possa ser presente ao Conselho de
Europa para começo de avaliação.
Desde que não haja mais percalços, a afirmação do outro
grande evento, que é a Festa dos Tabuleiros, também há-de conseguir vir a ter
mais sucesso, do que aquele que foi conseguido nas últimas décadas.
O recente
esforço de candidatar a Festa a um concurso de eventos, ontem formalmente apresentado
no Hotel Tryp Aeroporto, em Lisboa, com a obtenção de um prémio, insere-se nesse esforço, mas não deve fazer
esquecer a sempre falada, mas adiada, preparação da candidatura da mesma a
Património Imaterial da UNESCO, da qual se deixou, outra vez, de ouvir falar.
Uma última nota, neste início de ano, para o começo das obras
da Sinagoga, agora já adjudicadas, mas que espero não venham a colocar o
Monumento inacessível durante mais de três meses, ocupando todo o período da
Páscoa e, a exemplo do que aconteceu com as obras do Parque Infantil, encerrado
de janeiro a novembro do ano passado, para uma simples obra de requalificação.
Imagine-se que a Sinagoga ficava fechada na Páscoa e no Verão.
Seria impensável, não seria?