O início de cada novo ano é
sempre uma excelente oportunidade para renovar os stocks: de desejos, de
vontades, de iniciativas, deitando fora o que não presta, passando a página do
que não interessa e enfocando no que é importante. É assim na nossa vida
individual e deveria ser assim também na nossa vida coletiva.
Terrenos municipais junto à GNR, onde se irão realojar algumas das famílias ciganas do Flecheiro |
As notícias que vamos tendo
da gestão municipal enchem-nos de esperança que este ano de 2017, não seja um
ano tão perdido, como foi o ano anterior. É sabido que vamos finalmente ter as
intervenções na Várzea Grande e em Palhavã, terminando assim o ciclo de abandono
de áreas imensas da nossa cidade. A continuidade do esforço coletivo que está a
ser feito para o realojamento dos ciganos do Flecheiro é outro dos pontos a
reter do trabalho dos últimos anos da gestão municipal, que terá continuidade
este ano, apostando por exemplo em construir junto à GNR, em terrenos
municipais, como eu há dois anos havia proposto.
Mas não há bela sem senão e
mais de dois meses depois do encerramento do Parque de Campismo, com a
estapafúrdia desculpa da ASAE, a cumprir-se um ano de outro polémico
encerramento – durante mais de 10 meses,
dos parques infantis, também com a desculpa da ASAE, eis que somos brindados
com mais uma pérola do impossível, na política de encerramentos da gestão
municipal: a das casas de banho públicas.
Ora, se no início do mandato
se andou bem ao promover o arranjo das casas de banho públicas, atrás do
edifício da Câmara Municipal, no início da Escadaria de Santiago, o que só foi
conseguido numa parceria acertada com a junta urbana, a decisão agora
recentemente anunciada pela Presidente Anabela Freitas, não faz qualquer
sentido.
Então mais de três anos
depois de estar na presidência, descobre que a única solução que tem para as
casas de banho públicas é, em lugar de as recuperar, melhorando a sua salubridade
geral e condições de uso pelos Turistas e genericamente, por todos os cidadãos que
delas necessitem, é encerrá-las? Sinceramente, não entendo. Se não soubéssemos como
fazer este tipo de intervenções, em parceria com a junta urbana como se fez no início
do mandato, ainda perceberia, agora esta peregrina ideia surge de onde?
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Hipótese de requalificação da Várzea Grande, em preparação para ser implementada em 2017 (?) |
Enfim, deveria ser Ano Novo,
Vida Nova, mas está visto que vamos pelo mesmo caminho do ano transato. É pena!