Na continuidade do esforço que este blogue faz, no sentido de ajudar cada um a elevar o seu conhecimento e, talvez com isso, ajudar a preparar uma Humanidade mais justa e melhor, hoje abordamos as diferenças entre a racionalidade ética e técnica.
De acordo com a velha tradição Romana, de onde quase tudo o que é análise e ensinamentos de gestão pública nos veio, o Bonum honestum, que é a procura dos supremos valores da Justiça, da Bondade e da Verdade, em sentido amplo, distingue-se e deve predominar sobre o chamado Bonum utile, que é a procura das coisas agradáveis à existência, no fundo os objetos com valor económico.
O Bonum honestum está ligado à racionalidade ética, tendo o Bonum utile apenas ligação à mera racionalidade técnica (de execução). Desta tratam as artes liberales e do Bonum honestum as artes bona, como sejam por exemplo o direito (a justiça) e a estratégia (com aplicação dos princípios da bondade e da verdade).
Se a racionalidade técnica domina as chamadas "sociedades imperfeitas", como são classicamente a casa e a empresa, onde os "sócios" se servem para resolverem a questão do Bonum utile, tal não chega para se atingir o Bonum honestum da racionalidade ética, só passível através da Cidadania, onde o "interesse", instrínseco à casa e à empresa, ganha nova forma onde será a Verdade, a Bondade e a Justiça a imperar, ou seja, dito de outra forma: o interesse geral e público.
Com efeito, segundo o mestre José Adelino Maltez, no seu já aqui mais do que citado "Abecedário Simbiótico", na sua primeira edição de 2011, diz que a partir do espaço básico do Social, emerge a lógica de uma racionalidade ética, marcada pela justiça, por aquilo que os clássicos qualificavam como sendo o Bonum honestum, como sendo do espaço da política propriamente dita. Segundo este autor, a racionalidade técnica é apenas parte do logos e tem (só pode sser direi memso), potenciada pela racionalidade ética. O Bonum utile tem de ser integrado no Bonum honestum.
O animal social, tem de ser elevado à dimensão de animal político. Ou dito de outra forma, de pouco serve termos sempre na boca o "temos de trabalhar", "temos de avançar", se não soubermos, ou tivermos antecipadamente estudado e planeado do sentido em que trabalhamos, com quem e de que forma, para sabermos para onde é para ir. Colocar a utilidade (utile) ao serviço da sabedoria (honestum), é assim o caminho do Homem.
A sociedade tem assim de se transformar em comunidade - onde impera a Verdade, a Bondade e a Justiça e o contrato (da casa e da empresa), evoluir para a instituição.
A racionalidade técnica apenas marcada pela utilidade e pelo interesse, como acentuam o utilitarismo e o economicismo, tem de ser integrada pela racionalidade ética, onde a estrela polar é a Justiça!
Para um entendimento global da polis (da cidade, da sociedade) não basta o sócio e o contratualismo do administrador de bens ou do Homem como animal de trocas. Impõe-se o entendimento do animal político, do homem como animal normativo e como animal simbólico.
Impõe-se assim o político, na procura da boa sociedade, na procura do justo.
A procura da justiça, não apenas como justiça comutativa, mas a justiça nas suas perspetivas ascendente e descendente, a justiça social ou geral e a justiça distributiva.
Para aqueles que acham que não é preciso perceber o Mundo, de estudar o homens, para administrar em nome dele, aproveitemos para nos elucidarmos sobre este ponto de vista oferecido.
Com efeito, segundo o mestre José Adelino Maltez, no seu já aqui mais do que citado "Abecedário Simbiótico", na sua primeira edição de 2011, diz que a partir do espaço básico do Social, emerge a lógica de uma racionalidade ética, marcada pela justiça, por aquilo que os clássicos qualificavam como sendo o Bonum honestum, como sendo do espaço da política propriamente dita. Segundo este autor, a racionalidade técnica é apenas parte do logos e tem (só pode sser direi memso), potenciada pela racionalidade ética. O Bonum utile tem de ser integrado no Bonum honestum.
O animal social, tem de ser elevado à dimensão de animal político. Ou dito de outra forma, de pouco serve termos sempre na boca o "temos de trabalhar", "temos de avançar", se não soubermos, ou tivermos antecipadamente estudado e planeado do sentido em que trabalhamos, com quem e de que forma, para sabermos para onde é para ir. Colocar a utilidade (utile) ao serviço da sabedoria (honestum), é assim o caminho do Homem.
A sociedade tem assim de se transformar em comunidade - onde impera a Verdade, a Bondade e a Justiça e o contrato (da casa e da empresa), evoluir para a instituição.
A racionalidade técnica apenas marcada pela utilidade e pelo interesse, como acentuam o utilitarismo e o economicismo, tem de ser integrada pela racionalidade ética, onde a estrela polar é a Justiça!
Para um entendimento global da polis (da cidade, da sociedade) não basta o sócio e o contratualismo do administrador de bens ou do Homem como animal de trocas. Impõe-se o entendimento do animal político, do homem como animal normativo e como animal simbólico.
Impõe-se assim o político, na procura da boa sociedade, na procura do justo.
A procura da justiça, não apenas como justiça comutativa, mas a justiça nas suas perspetivas ascendente e descendente, a justiça social ou geral e a justiça distributiva.
Para aqueles que acham que não é preciso perceber o Mundo, de estudar o homens, para administrar em nome dele, aproveitemos para nos elucidarmos sobre este ponto de vista oferecido.