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29.6.16

Governo não vai privatizar a ADSE

O titular da pasta da saúde garantiu nesta terça-feira, à margem de uma visita ao IPO de Coimbra, que o atual Governo não vai privatizar a ADSE “em nenhuma circunstância”.
 
“Há uma coisa que lhe posso garantir, em nenhuma circunstância o atual Governo promoverá a privatização da ADSE”, afirmou Adalberto Campos Fernandes quando questionado sobre a eventual mutualização do modelo de assistência na doença aos servidores do Estado. Campos Fernandes recordou ainda que a comissão de reforma da ADSE apenas conclui os seus trabalhos na quinta-feira - dentro do prazo estipulado de entregar o trabalho, 30 de junho.
 
Em declarações anteriores na Assembleia da República, a 23 de junho, o ministro admitiu a possibilidade da ADSE vir a ter autonomia e que, até à sua eventual mutualização, haja uma fase transitória onde coexistam duas tutelas.
 
Estará assim garantido o controlo público da ADSE, eventualmente com uma gestão participada com os sindicatos, que são os mais legítimos representantes dos trabalhadores, no fundo aqueles que financiam em exclusivo esta grande entidade.
 
Para Tomar aumentam assim as oportunidades de vir a ter uma Unidade de Saúde, dentro do SNS, mas com mais serviços disponíveis - o que poderia corresponder um ganho na oferta de serviços de saúde instalados em Tomar, evitando que muitos dos subscritores deste subsistema se tenham de deslocar a Santarém, Leiria ou Coimbra, para consultas e intervenções cirúrgicas.
 
Com um impacto cada vez maior na vida de mais de quase dois milhões de portugueses, a ADSE, financiado com 3,5% dos descontos dos trabalhadores em funções públicas e dos aposentados da mesma. De recordar que estes trabalhadores - da função pública e aposentados, financiam o SNS através do Orçamento de Estado, ou seja dos impostos tal como todos os outros trabalhadores e ainda descontam MAIS 3,5% para este seu sistema de saúde.
 
Pode acompanhar aqui as mais recentes notícias da ADSE, no seu novo instrumento de comunicação - a NewsLetter.

27.6.16

Nova dinâmica comunicacional da Proteção Civil de Tomar

NOTA: Dado o período estival, as atualizações deste Blog passarão a ser apenas de dois em dois dias.
 
 
Depois de ter sido dos primeiros locais a serem dinamizados com um site próprio e com o facebook oficial, no decurso dos anos de 2010-11, desculpem alguns mas foi mesmo durante a vereação socialista do mandato passado por mim coordenada,  a Proteção Civil Municipal de Tomar, está agora mais ativa, num momento em que a presidente da Câmara, Anabela Freitas, assume cada vez mais as àreas operacionais do Município e a eles dando visibilidade.
 
Facebook oficial da Proteção Civil em Tomar.
 
Antigo site da Proteção Civil em Tomar.
 
As notícias mais recentes são relativas ao balanço de atividade semanal da proteção civil, retomando um bom hábito que havia sido iniciado, ainda que de forma limitada, em 2011 e aquelas que à Equipa relativa às estruturas colapsadas (BREC), dos nossos Bombeiros Municipais e à nova recruta em curso, que é a primeira depois daquela que foi também iniciada em 2011.
 
Um bom exemplo de comunicação e de trabalho organizado e estratégico.
 
Equipa BREC, dos Bombeiros Municipais de Tomar, que este Domingo estiveram em treino na antiga Cerâmica da Portela
A dúzia de recrutas dos Municipais de Tomar, também este Domingo em formação e treino
 

25.6.16

Grandella - o Maçon das obras sociais e comerciante

De seu nome Francisco de Almeida Grandella, nasceu em 1853, na vila ribatejana de Aveiras-de-cima, filho do médico Francisco Maria de Almeida Grandella.
Armazens Grandella - Lisboa
Aos 11 anos teve de interromper os estudos e demandar a Lisboa onde foi marçano numa loja da Rua dos Fanqueiros, tendo criado em 1881, a Loja do Povo e, mais tarde, os Armazéns Grandella, inspirados nos então famosos Armazéns Printemps, de Paris, os quais conheceram assinalável prosperidade, até que em 1988 arderam no célebre Incêndio do Chiado, 54 anos após a morte do fundador.
Foi um dos primeiros entusiastas do dia de descanso semanal - que então não existia em Portugal, tendo nesse sentido fundado o Jornal "O Domingo" e mais tarde o jornal "Federação Comercial".
Depois de estabelecido no ramo comercial, fundou diversas fábricas de móveis e de têxteis, tendo sido ainda um dos fundadores do Teatro dos Condes e do então célebre clube dos Makavenkos, que mais não era do que um clube secreto de polígamos, em que decerto as orgias romanas serviam de inspiração, mas onde se preparou a estratégia final de derrube da Monarquia Portuguesa.
Bairro Grandella - S.Domingos Benfica
Em Benfica fundou um Bairro Social, para os seus trabalhadores - ainda hoje existente, onde havia creche e escola primária que, para os Maçons e para os Republicanos, o investimento na aprendizagem era e é essencial, para espalhar as verdades que apreendem nos ritos que professam.
Escola Primária de Aveiras de cima
Mas a primeira Escola Primária, das cinco que mandou construir, foi em 1906 sobre a antiga casa paterna, em Aveiras, desde o início criada como escola mista e gratuita, tendo funcionado aí o ensino primário, até 1992, onde ainda hoje impressiona pela arquitetura neo-clássica, de verdadeiro Templo do saber, onde os aprendizes se fazem companheiros...
Republicano, maçon e carbonário, amigo íntimo de Afonso Costa, integrou a comissão de resistência da maçonaria, que teve um papel crucial na preparação do 5 de outubro de 1910 e que era constituída por Miguel Bombarda, Machado dos Santos, pelo próprio Grandella, José Júnior e José Simões Raposo.
Escola primária de Alcoentre
Toda a obra social que financiou doou, em vida, ao Estado, tendo falecido no seu Palacete da Foz do Arelho já em plena ditadura (em 1934).
Palacete Grandella na Foz do Arelho (hoje INATEL)

24.6.16

Reino Unido quer o seu País de volta e nós Europeus, queremos a Europa de volta?

O Reino Unido decidiu, por 51,9% contra 48,1%, sair da União Europeia, num processo que poderá demorar cerca de dois anos a concretizar-se.
 
Além das consequências imediatas, com a natural queda das Bolsas Mundiais, a começar pelas europeias (Londres incluída), da desvalorização acelarada da Libra estrelina (moeda usada no Reino Unido), face a todas as moedas de referência incluindo o Euro e deste face ao Dólar, um verdadeiro Tsunami político se espera para os próximos tempos por toda a Europa, a começar pelo próprio Reino Unido.
 
Deste logo, este não é mais do que um episódio expectável de uma Europa à deriva, sem estratégia que interesse aos cidadãos, que se excluiu de uma atuação concertada na defesa das suas vidas e dos seus interesses: só a finanças e os "grandes negócios" parecem interessar aos, auto indigitados poderes, não escrutinados, não eleios, não reconhecidos, dos cidadãos europeus.
 
Os ingleses e os galeses votaram pela saída, especialmente os dos escalões etários mais elevados, enquanto os mais jovens, os irlandeses do norte e os escoceses optaram por votar maioritariamente para ficar na UE. Isto vai afetar a política interna do próprio Reino Unido, podendo levar a um novo referendo na quse soberana Escócia, para se desligar formalmente do Reino Unido e se manter na UE, como Estado independente. Já a situação da Irlanda do Norte, de maioria protestante, dado o problema da "guerra" sempre latente entre católicos e protestantes terá um dilema complicado para se "fundir" com a católica Republica da Irlanda.
 
Quanto aos restantes 27 Paises da UE que restam, o panorama não é animador dado que já se levantam vozes a pedir referendos em França, na Holanda, na Suécia e não tarda noutros paises, através dos respetivos movimentos e partidos populistas e nacionalistas. E vão ter quem os escute, uma vez que há um cada vez maior descontentamento popular em relação às decisões, ingerências e prepotência de funcionários europeus, com intervenções técnicas, quando o que são precisas são intervenções políticas. Este não é aliás um problema único na Europa, pois que se observa cada vez mais a niveis de poder como são as autarquias por exemplo, onde muitas das vezes os políticos em lugar de conduzirem as organizações, são por estas conduzidas...
 
Com eleições na Espanha no Domingo, onde a onda de choque vai obrigar o povo espanhol a uma forte "ginada" à direita e aos nacionalismos/regionalismos, com Marine Le Pen a caminho de ser consagrada Presidente da Republica Francesa e o movimento populista de Pepe Grilo, que recentemente conquistou a capital Italiana Roma, além da simbólica cidade de Turim, em vias de se tornar liderante na Itália, com a quase eleição do lider da extrema direita austríaca para Presidente desta República de referência na História Europeia, depois dos nacionalistas Hungaros estarem há anos no poder nesse País, está visto que o caldo só pode entornar, se nada de substancial for feito e muito rapidamente. [O que duvido que venha a ser feito, muito sinceramente]
 
Se pensarmos que dentro de pouco tempo podemos ter Trump como Presidente Americano, com o mesmo tipo de abordagem, está visto que a Guerra, sob a qual vivemos há já alguns anos, se vai intensificar.
 
Sobre os Portugueses que vivem no Reino Unido e dos desafios que se lhes (nos) colocam, convido a lerem um interessante artigo sobre o assunto.
 
 

23.6.16

Tomar pede "redução" de portagens para Coimbra, na A13

Depois da Assembleia Municipal de Tomar ter na sua sessão ordinária de Abril, abordado e ter aprovado Moções no sentido de "sensibilizar" o Governo para uma eventual redução do preço das Portagens na A13 que liga a A23 na Atalaia a Coimbra.

Esta ligação é tanto mais importante quanto a cada vez maior liberdade de escolha e acesso aos Hospitais, irá permitir que cada vez mais residentes de Tomar acedam aos serviços  da "Capital da Saúde" em Portugal, Coimbra, em melhores e mais seguras condições.

Foi esta a deliberação tomada pela Câmara Municipal:

auto-estrada A13, ex-IC3, convertido no âmbito da subconcessão do Pinhal Interior, tem cerca de 100 quilómetros de extensão, interligando a A23 na Atalaia, o IC9 em Tomar, o IC8 em Ansião, a A1 em Condeixa e as circulares de Coimbra, constituindo uma via rodoviária de grande importância para o interior do país e para o Concelho de Tomar;

Praticamente todos os lanços da A13 estão sujeitos a portagem, com recurso a sistema exclusivamente eletrónico, sem possibilidade de pagamento manual no local, o qual apenas é possível em regime de pós pagamento, constituindo um retrocesso na qualidade de vida das pessoas, em termos sociais, de segurança e de mobilidade;

O valor cobrado em cada lanço ou sublanço é muito elevado, e exagerado, traduzindo-se em prejuízos económicos e financeiros para as empresas e famílias do Concelho de Tomar, e da região, não tendo havido a esperada e desejada descriminação positiva dos residentes;

O escasso tráfego da A13 face ao valor das portagens e, em consequência, a acentuada sobrecarga da EN110/IC3,acarreta degradação dos pavimentos e aumenta os riscos inerentes à travessia de muitas povoações entre Tomar e Condeixa;

Tendo em conta:
- As posições que têm sido assumidas pelos órgãos da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo sobre os constrangimentos para o Médio Tejo resultantes da introdução de portagens na A13 (e também na A23);
As posições que, ao longo dos anos, têm sido tomadas pelos órgãos representativos do Município de Tomar e das suas Freguesias;

E, ainda, que:
A Comissão Interministerial de Coordenação do Acordo de Parceria – CIC Portugal 2020 – aprovou, no dia 1 de julho de 2015, uma alteração da Deliberação relativa à classificação de 164 Municípios de baixa densidade, para efeitos de aplicação de medidas de diferenciação positiva, no âmbito do Portugal 2020, da qual fazem parte os municípios que são atravessados pela A13;
É público que o Governo de Portugal irá rever o custo das portagens associadas a auto-estradas no interior do país; 

A câmara municipal de Tomar, na sua reunião de 6 de junho, deliberou por unanimidade:

1 - Evidenciar as repercussões negativas das portagens na A13  na fixação de pessoas e empresas no Concelho de Tomar, na mobilidade e segurança dos seus residentes e, em consequência, na sustentabilidade e desenvolvimento local, em termos sociais e económicos;

2 -Exigir que a A13 seja incluída nas vias do interior objeto de descontos nas portagens cobradas, para minorar os sacrifícios impostos nestes últimos anos às empresas e às famílias, por via da fixação e manutenção do valor elevado das portagens, e as graves consequências para a coesão social e desenvolvimento económico no interior do país e, em particular, no Concelho de Tomar.

3 - Dar conhecimento desta deliberação ao Sr. Presidente da República, à Assembleia da República (Presidência, Grupos Parlamentares e Comissão Parlamentar das Obras Públicas), ao Governo (Sr. Primeiro Ministro e Sr.Ministro das Obras Públicas), à CIMT, às Câmaras eAssembleias Municipais dos Municípios servidos pela A13 e à ANMP.

22.6.16

Turismo do Centro financia investimentos de Turismo em Tomar até 2019

O Turismo do Centro, no âmbito dos financiamentos Portugal2020, tem já aprovados três pacotes de investimento no Turismo, assim divididos:
 
2 milhões€ para os Lugares Património Mundial do Centro, onde se insere Tomar, Batalha, Alcobaça e Coimbra;
 
10 milhões€ para os Produtos Turísticos de base Inter-Municipal, a serem promovidos por exemplo pelo Médio Tejo;
 
3 milhões€ para a promoção e comunicação, dentro do Plano de Marketing definido.
Porta do Sangue, do Castelo Templário de Tomar, por onde se fazia o acesso entre a "vila de baixo" e a "vila de cima"
 
Tomar receberá destes investimentos, comparticipações para dois ciclos de aposta, a desenrolar em 2016-17 (Ação) e em 2018-19 (Celebração).
 
Para a Ação, no que a Tomar diz respeito, será financiada a Festa Templária de 2016, o Festival de Música e Património (2016/17), a sinalética para o Castelo Templário/Convento de Cristo numa perspetiva inovadora (2016) e o Festival de Luz e Som, a realizar em junho de 2017.
 
Em 2017 estão ainda previstas as obras de adaptação da Torre da Condessa, para garantir o acesso ao Castelo a partir da Mata dos 7Montes.
 
[De recordar que desde o QCA3, em 2008, depois do investimento realizado 8e pago pelo Município) na requalificação do caminho pedonal de acesso entre a "Vila de Baixo", a Cidade, à "Vila de Cima", na Torre da Condessa, que se tem aguardado que o IGESPAR, depois DGPC, responsável pela gestão do Castelo Templário, desenvolvesse as ações necessárias à concretização do acesso. Assim finalmente, iremos ter lá para 2018-19 um acesso ao Castelo aberto e em funcionamento, através da Mata Nacional dos Sete Montes]











Carta nº15 de Luis Ferreira - 19 de junho de 2016

21.6.16

A aprendizagem: diferença entre Bonum honestum e Bonum utile

Na continuidade do esforço que este blogue faz, no sentido de ajudar cada um a elevar o seu conhecimento e, talvez com isso, ajudar a preparar uma Humanidade mais justa e melhor, hoje abordamos as diferenças entre a racionalidade ética e técnica.
 
De acordo com a velha tradição Romana, de onde quase tudo o que é análise e ensinamentos de gestão pública nos veio, o Bonum honestum, que é a procura dos supremos valores da Justiça, da Bondade e da Verdade, em sentido amplo, distingue-se e deve predominar sobre o chamado Bonum utile, que é a procura das coisas agradáveis à existência, no fundo os objetos com valor económico.
 
O Bonum honestum está ligado à racionalidade ética, tendo o Bonum utile apenas ligação à mera racionalidade técnica (de execução). Desta tratam as artes liberales e do Bonum honestum as artes bona, como sejam por exemplo o direito (a justiça) e a estratégia (com aplicação dos princípios da bondade e da verdade).
 
Se a racionalidade técnica domina as chamadas "sociedades imperfeitas", como são classicamente a casa e a empresa, onde os "sócios" se servem para resolverem a questão do Bonum utile, tal não chega para se atingir o Bonum honestum da racionalidade ética, só passível através da Cidadania, onde o "interesse", instrínseco à casa e à empresa, ganha nova forma onde será a Verdade, a Bondade e a Justiça a imperar, ou seja, dito de outra forma: o interesse geral e público.

Com efeito, segundo o mestre José Adelino Maltez, no seu já aqui mais do que citado "Abecedário Simbiótico", na sua primeira edição de 2011, diz que a partir do espaço básico do Social, emerge a lógica de uma racionalidade ética, marcada pela justiça, por aquilo que os clássicos qualificavam como sendo o Bonum honestum, como sendo do espaço da política propriamente dita. Segundo este autor, a racionalidade técnica é apenas parte do logos e tem (só pode sser direi memso), potenciada pela racionalidade ética. O Bonum utile tem de ser integrado no Bonum honestum.

O animal social, tem de ser elevado à dimensão de animal político. Ou dito de outra forma, de pouco serve termos sempre na boca o "temos de trabalhar", "temos de avançar", se não soubermos, ou tivermos antecipadamente estudado e planeado do sentido em que trabalhamos, com quem e de que forma, para sabermos para onde é para ir. Colocar a utilidade (utile) ao serviço da sabedoria (honestum), é assim o caminho do Homem.

A sociedade tem assim de se transformar em comunidade - onde impera a Verdade, a Bondade e a Justiça e o contrato (da casa e da empresa), evoluir para a instituição.

A racionalidade técnica apenas marcada pela utilidade e pelo interesse, como acentuam o utilitarismo e o economicismo, tem de ser integrada pela racionalidade ética, onde a estrela polar é a Justiça!

Para um entendimento global da polis (da cidade, da sociedade) não basta o sócio e o contratualismo do administrador de bens ou do Homem como animal de trocas. Impõe-se o entendimento do animal político, do homem como animal normativo e como animal simbólico.

Impõe-se assim o político, na procura da boa sociedade, na procura do justo.

A procura da justiça, não apenas como justiça comutativa, mas a justiça nas suas perspetivas ascendente e descendente, a justiça social ou geral e a justiça distributiva.

Para aqueles que acham que não é preciso perceber o Mundo, de estudar o homens, para administrar em nome dele, aproveitemos para nos elucidarmos sobre este ponto de vista oferecido.


 

20.6.16

REVISÃO DO PDM DE TOMAR PROPÕE TRIPLICAÇÃO DA CIDADE

Ponto de situação do PDM, com a previsão do aumento da área da Cidade para cerca do triplo - ficando delimitada entre a A13 a Este e o IC9 a Norte, será presente à Comissão Técnica de Acompanhamento nesta terça-feira, dia 21 de junho.
 
 
 
Nesta proposta, agora em avaliação técnica, passam a fazer parte da área urbana da Cidade de Tomar, várias localidades hoje periféricas, como sejam por exemplo Valdonas, Minjoelho, Casas D'Além, Pesqueira, Coito ou Casal da Avessura.

De falta de ambição de crescimento, ninguém pode acusar esta proposta de novo PDM, de não a ter.

Uma situação que irá, naturalmente, merecer uma avaliação e escrutínio apurado pois, uma vez que andamos nisto desde 2008, já agora seria interessante que a nova proposta de PDM resolve-se, efetivamente, os problemas e os constrangimentos que o atual tem causado à fixação e desenvolvimento económico do Concelho.

Uma Cidade, que além de ter o património judaico e Templário único, passará a ser uma Cidade de vocação área agrícola imensa, com uma floresta protegida, integrada na Rede Natura 2000, um campo de aviação, enfim, tudo e mais alguma coisa...

Como não li ainda a proposta final, temo ainda vir a descobrir a proposta de localização para algum Porto, que isto com o degelo e com a subida do Mar, nada como prever, ali para os lados da Matrena, o dito cujo...



Num registo um pouco mais sério, é nestes momentos que gosto de recordar quais foram as posições do PS sobre o tema, especialmente quando se iniciaram os trabalhos da sua revisão. Era então Presidente da CPC do PS de Tomar, Hugo Cristóvão, Carlos Silva vereador, eu próprio e Anabela Estanqueiro, deputados municipais integrantes da comissão e acompanhamento da revisão do PDM.

E como não sou egoísta, convido todos a lerem aquela que foi a declaração e voto, proferida (e lida) pelo então vereador Carlos Silva, durante 45 minutos e com 18 páginas...

DECLARAÇÃO DE VOTO DO PS SOBRE O PDM EM 6 DE MAIO DE 2009

17.6.16

A Praça da República antes da "invasão" das viaturas e ideias para aí melhorar o trânsito

Antes da "invasão" das viaturas e, consequentemente, dos pilaretes que tanta polémica têm dado a Praça da República tinha outras, boas, invasões.
 
Claro que ninguém pretende voltar a este tempo, mas vamos encher a Praça de gente ou de viaturas?
 
 
 

 
 
A polémica introdução dos pilaretes na Praça da República, de forma a que não houvesse mais estacionamento abusivo, levou ao (res)surgimento de algumas (boas) ideias. Destaco desde logo, a do Engº Manuel Alves, que propôs o seu definitivo encerramento, após estudos de circulação. Concordo!
De facto não é absolutamente necessário manter-se a circulação automóvel na Praça. Para que tal se concretize, atrevo-me a propor a escrutínio público (e estudo técnico) as seguintes alterações:
· Haveria entrada de trânsito pela Rua do Pé da Costa de Baixo (Turismo), passagem nas traseiras dao Edifício D.Manuel (Câmara) e saída pela Rua Dr. Sousa (no Largo do Pelourinho);
· Haveria entrada de trânsito pela Rua Infantaria 15 e saída pela Rua de S.João, na Rua Everard;
· Haveria inversão de trânsito na Rua Alexandre Herculano, passando esta a ter a circulação idêntica a todas as demais ruas do Centro Histórico;
· A entrada para o Parque de Estacionamento far-se-ia pela Rua do Pé da Costa de Cima e a saída para a Rua Dr. Sousa (inversão do atual sentido)
Até ao fim dos estudos e implementação das alterações, defendo a manutenção dos pilaretes!
Boa altura para recordar os preços dos Parques:
 

16.6.16

CETHOMAR promove exposição virtual e está aí mais uma exposição real


https://www.facebook.com/cethomar/
Tomar, Cidade de Cultura e de Culturas, têm mais dois pilares, duas colunas, da sua construção em andamento...

15.6.16

Presidente do Departamento de Troyes (Aube), visita Tomar na próxima semana

Uma delegação francesa, da cidade de Troyes, faz uma visita não oficial a Portugal na próxima semana, sendo chefiada pelo presidente do Conselho Geral do Departamento de Aube, o senador Philippe Adnot.
 
Em Troyes, precisamente, decorreu em 1129 o Concílio com o mesmo nome, onde foi formalmente constituída a Ordem dos Templários.
 
E foi com o objetivo de estreitar as relações com os responsáveis regionais, que aí se deslocou, em outubro de 2014, uma delegação do Município de Tomar, que tive a honra de integrar, e que incluiu parceiros da organização da Festa Templária e da Associação Templanima, que já havia realizado um trabalho preparatório em 2012, aquando da realização em Troyes de um importante Congresso sobre os Templários, onde foi orador o Prof. Ernesto Jana.
Senador Philippe Adnot, ao centro e Cristelle Taillardat (de lenço), aquando da visita realizado em 2014 a Troyes 
 
Das diversas reuniões de trabalho ao nível político no Departamento de Aube, ao nível técnico do Museu Templário de Payans, terra de origem do fundador da Ordem, Hugo de Payans, dos Arquivos Departamentais e da Judiaria de Troyes, foi possível dar os passos necessários para a concretização de uma candidatura ao Conselho da Europa, em outras reuniões posteriormente realizadas, nomeadamente em Tomar em novembro de 2015, onde ficou assumida a preparação de uma candidatura a itinerário cultural europeu, que se espera poder ser concretizado ainda este ano - muito provavelmente no decurso do terceiro Trimestre, segundo a programação o ano passado estabelecida.
 
O Senador Philippe Adnot, virá acompanhado de Christelle Taillardat, que é hoje a Diretora do Comité Departamental de Turismo de Aube, que tem já uma equipa científica a trabalhar em França, com Jean Michel Puydebat, especialista em Turismo Cultural e onde, espero que em Portugal possa contar com o empenho dos Prof. Carlos Veloso e do Prof. Ernesto Jana, que vem acompanhando o processo desde há vários anos, não só no já referido Congresso Templário de 2012, como o ano passado na Conferência sobre Ordens Militares das Idade Média, realizado no final de fevereiro de 2015 em Monzon (Espanha), onde apresentou um trabalho sobre a Igreja de Santa Maria dos Olivais de Tomar.
Visita de trabalho em novembro de 2015, com Christelle Taillardard e o perito JM Puydebat (junto ao presidente do Município da Barquinha)
 
Além de outros locais em Portugal, a delegação da Região de L'Aube, estará em Tomar na quinta-feira, dia 24 de junho, onde estou certo disso realizarão as necessárias reuniões de trabalho e visita ao Castelo Templário, de forma a continuar o trabalho de estreitamento de relações, entre a Região Francesa da Champagne, onde Aube se insere e a Região Templária de Portugal.
 
O veterano senador, pessoa assaz afável, é um empresário agrícola de sucesso da região - na área da produção intensiva de batatas - que nesta região francesa é de nível industrial, relembrando uma característica cultural da marca Templária, pouco avaliada em Portugal, que tinha relação direta da atividade militar de defesa, introdução e desenvolvimento tecnológico, na área agrícola, que os Templários promoviam nas regiões onde tinham Comendas, que mais não eram do que Quintas que forneciam alimento, riqueza e homens, para as Cruzadas que demandavam, ou a Terra Santa ou nalguns casos a Península, ajudando à reconquista cristã.
 
Estou certo que na visita a Tomar, haverá espaço para uma visita ao excecional laboratório de restauro do nosso Instituto Politécnico, uma vez que tivemos aquando da visita a Troyes a oportunidade de visitar o Arquivo Regional e de manusear peças únicas, em pergaminho, do tempo do Império Carolíngio e da Baixa Idade Média.
 
É bom saber que, na conjugação de esforços de diversas entidades, individualidades e junção de saberes, o caminho para a constituição, a nível europeu, do reconhecimento da Rota dos Templários, como Itinerário Cultural Europeu, se vem fazendo, passo a passo e onde Tomar tem um papel determinante.
 
É de bom augúrio esta visita, a escassas semanas da Festa Templária de 2016, desta feita com o devido destaque na História e ligada a um acontecimento relevante - o Cerco de 1190.

14.6.16

Exposição sobre Biodiversidade na Mata dos Sete Montes até 30 de junho

Entrada gratuita
Local: Centro Ambiental - Mata dos Sete Montes
Horário: 09h00-12h30; 14h00-17h30 (TODOS OS DIAS ÚTEIS DA SEMANA)

13.6.16

A Câmara das Reflexões - subsídio para a aprendizagem maçónica

A Câmara de Reflexões é, segundo o abecedário simbiótico de José Adelino Maltez, na sua primeira edição (Nov2011), uma sala de ritual da Maçonaria Universal.
 
É aí que se desenrola parte do processo de iniciação, quando o iniciado tem a sua primeira prova, sendo descrita com bastante precisão  no livro A Guerra e Paz, de Leão Tolstoi.
 
"O pretendente senta-se sozinho e escreve as suas razões de querer-se juntar à Ordem", segundo MacNulty (W. Kirk). "Porque assim como há três portas na fachada oriental da Catedral Gótica, há três caminhos tradicionais para ganhar acesso ao Templo Humano interior: açãodevoção e contemplação", assim o define.


Porque reflexão vem de reflexus, o particípio do verbo refletir, isto é, voltar o espírito para, donde veio reflexio, a ação de voltar atrás.
 
Aí se procura o quem sou? De onde vim? Para onde vou? Visa-se um exercício de consciência sobre a brevidade da vida e a imortalidade do espírito, incorporando-se símbolo como a caveira (caput mortuum), a Ampulheta, a Gadanha (não como símbolo da morte, mas antes do nutrir transformador da natureza, o ceifar das dádivas da natureza) e o Galo, catalisadores que facilitam a transformação, como o Enxofre, o Sal e o Chumbo, em torno da morte do profano [aquele que aspira entrar na Ordem Maçónica], sob o lema VITRIOL [Visita Interiore Terrae Rectifandoque Invenies Occultum Lapidem, ou visita o interior da Terra e, retificando, encontrarás oculta pedra] e Vigilância e Perseverança.
 
Não se deve confundir esta Câmara, com a Câmara Secreta ou de Meditação, lugar de receção do Mestre Secreto, nos Altos Graus Maçónicos [Graus de evolução maçónica após os três graus clássicos - de aprendiz, companheiro e de mestre].

11.6.16

Obras no quartel dos Bombeiros e aquisição de veículo florestal serão candidatados a fundos europeus

Conforme já anunciado publicamente pela Presidente da Câmara, no novo enquadramento de candidaturas a fundos comunitários, Tomar irá tentar um financiamento para as obras do Quartel dos Bombeiros, investindo na melhoria e otimização da área operacional, aproveitando para a reformulação de todo o parque de viaturas, a receção, a zona de vestiários e salas de operações/comunicações, pinturas e substituição de telhados. Será uma manutenção como nunca, desde que o quartel foi construído, foi realizada.
 
Recordo que os últimos trabalhos de alguma, pouca, manutenção foram realizadas em 2011 (vereação socialista) e apenas para renovar a tela impermeabilizante de parte da cobertura, face às constantes e graves infiltrações então observadas na zona do refeitório contíguo ao Salão. Antes, também na mesma zona, em 2003 (vereação socialista), haviam sido realizadas obras com o objetivo de repor um teto que havia caído em virtude das infiltrações.
A sempre adiada renovação dos portões de acesso ao quartel e a criação de uma verdadeira receção/entrada, bem como a necessária renovação de todo o sistema elétrico, terão nesta candidatura natural espaço para se desenvolver, num projeto que poderá estar variar entre os 400-600.000€.

Ao Município caberão, naturalmente, comparticipar com 15% destes valores.


O aviso de candidatura que terá de estar concluído até ao final de julho, tem como prioridade de investimento a “Promoção de investimentos para abordar riscos específicos, assegurar a capacidade de resistência às catástrofes e desenvolver sistemas de gestão de catástrofes” e tem o objetivo especifico de “Reforço da gestão face aos riscos, numa perspetiva de resiliência, capacitando as instituições envolvidas.


A tipologia de operações passível de apresentação de candidaturas no âmbito do aviso-concurso é a que se encontra prevista no RESEUR, que visa apoiar “Intervenções na rede de infraestruturas para reforço da operacionalidade, especificamente em edificação nova ou ampliação ou remodelação de edifícios operacionais de bombeiros, que visem a refuncionalização das áreas operacionais dos edifícios, em áreas de elevada suscetibilidade a incêndios florestais, não abrangendo obras de beneficiação nem intervenções em infraestruturas já cofinanciadas”.

Para os efeitos previstos neste aviso-concurso são elegíveis as entidades beneficiárias que tenham por missão desenvolver operações de gestão de riscos no domínio dos incêndios florestais, ou sejam as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e entidades detentoras de Corpos de Bombeiros Profissionais, bem como - e esta é uma conquista das autarquias - as Autarquias Locais e suas Associações (as Comunidades Intermunicipais).



NOVO CONCURSO ABERTO PARA AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS DE FOGO


Está também a decorrer outro aviso de candidatura (Aviso nº 10-2016-51), ao qual o Município de Tomar, também já manifestou intenção de concorrer, para a aquisição/substituição de veículos de fogo, sendo intenção de Tomar procurar aceitação da ANPC - obrigatória, para a aquisição de um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), bem como a tentativa da substituição do autotanque mais antigo que conta com 33 anos de serviço nos Municipais de Tomar.


A prioridade de investimento é a mesma do anterior aviso e os objetivos os mesmo - Reforço da gestão face aos riscos, numa perspetiva de resiliência, capacitando as instituições envolvidas.

A tipologia de operações passível de apresentação de candidatura no âmbito deste Aviso tem como objeto a: "Aquisição de Veículos Operacionais de Proteção e Socorro, que visa manter operacional o dispositivo mínimo de segurança previsto no Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), podendo incluir a substituição de veículos sinistrados, conforme o nº 3 do artigo 82.º do RE SEUR."


Importante sabermos que não serão financiadas intervenções de modernização ou reconversão de equipamentos financiados há menos de 10 anos, nos termos do Acordo de Parceria, o que no caso dos Municipais de Tomar só inclui o VSAT, decidido de adquirir e candidatado em 2011 (vereação socialista) e entregue em 2013.

Também aqui podem concorrer as "Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e entidades detentoras de Corpos de Bombeiros Profissionais" e as "Autarquias Locais e suas Associações".
 

A estratégia que está a ser seguida é a correta e visa de forma continuada melhorar a capacidade operacional dos Municipais de Tomar, investindo na sua profissionalização e melhoria das condições de trabalho, sem descaracterizar o Quartel de Bombeiros que recorde-se, sob minha proposta aprovada em 2011 está a ser estudado para classificação - a par da Piscina Vasco Jacob, como património municipal, dada a sua arquitetura de época.

10.6.16

Medicina interna volta a Tomar em outubro, mas novos desafios vêm aí

Não é todos os dias que há boas notícias, mas o recente anúncio por parte do Ministro da Saúde, de que a valência da medicina interna volta para o Hospital de Tomar, no máximo até outubro, essencialmente baseado num protocolo a realizar entre um Centro Hospitalar de Lisboa e o Centro Hospitalar do Médio Tejo, onde o nosso Hospital está integrado, deve ser por todos valorizado.

Entretanto para reforçar o quadro de internistas no Centro Hospitalar do Médio tejo, foi já entretanto aberto concurso para mais quatro, o que não é garantia de que venha a haver concorrentes, como já aconteceu nos últimos anos para outras especialidades. É que vir para um conjunto de Hospitais do interior, nem sempre é uma opção simples para um médico.

Por agora a situação, de desinvestimento no Hospital Nª Srª da Graça, em Tomar, começa a ser invertida, mas todos sabemos que a pressão existente sobre a forma de gestão do serviço nacional de saúde (SNS), especialmente nos Hospitais de interior, fora dos grandes centros de referência de Lisboa, Coimbra e Porto, vão exigir novas abordagens.
 
A reformulação das redes de referenciação do SNS e a liberdade de opção pelo Hospital, que o Ministério vem implementando é não só lógica, como absolutamente justa, mas tal vai afastar imensos dos eventuais utilizadores do Centro Hospitalar do Médio Tejo, para Leiria e para Coimbra.
Neste novo contexto, entendo na qualidade de Deputado Municipal integrante da comissão de acompanhamento do Hospital de Nª Srª da Graça, que é urgente iniciar uma discussão mais profunda sobre o futuro a médio prazo do Hospital de Tomar.
 
Não devem deixar de ser equacionadas soluções de gestão diferenciadoras no contexto regional, como por exemplo a criação de protocolos de extensão de serviços com entidades públicas, como a ADSE.


Nota: Só em 2015 a ADSE gastou com serviços médicos convencionados - com clínicas, médicos privados e hospitais privados, um valor de cerca de 317 milhões€, o que representou cerca de 70% das suas despesas. A questão que se coloca é saber, perante o novo paradigma de gestão da ADSE, se não seria de equacionar que um Hospital do interior do País pudesse servir para convencionar serviços?

Muitos tomarenses já hoje, não só utilizam serviços dos Hospitais públicos de Coimbra e Lisboa, como com Hospitais privados, com serviços pagos por seguros de saúde ou pela ADSE, onde foram integrados também os militares, que têm implantação relevante na nossa área de influência.
 
Isto sem deixar de ter de haver nos próximos anos um reforço da Urgência no Hospital de Tomar, a qual com um boa atuação nas redes de referenciação nacional, onde entretanto a liberdade de escolha do doente já está consagrada por Portaria, desde 5 de maio deste ano, poderá constituir uma mais valia para os doentes que demandarem o nosso Hospital.

Com este esforço agora assumido o Hospital de Tomar estará em condições de poder recuperar até 44 camas de medicina interna, perdidas na reestruturação de 2012, onde na altura se perderam também 40 camas de ortopedia, com a concentração de serviços em Abrantes o que é já por todos, a começar pelos próprios profissionais e utentes da unidade Abrantes, um erro.

O desafio é grande, mas relevante é também o cumprimento da palavra do Ministro e o trabalho exemplar desenvolvido pelo deputado tomarense Hugo Costa no acompanhamento de toda a situação.