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11.2.16

Sabores de Tomar, da estratégia à Loja


Na sequência da nova abordagem e importância que o Município de Tomar quis dar, desde o primeiro momento deste mandato, aos produtos locais, tendo para isso criado um gabinete vocacionado para o acompanhamento e apoio aos produtos locais, foi possível começar a implementar uma estratégia de promoção, na senda de experiências anteriores (em 2010), como foi o kit de vinhos Templário, e ainda hoje disponível à venda no Turismo Municipal, Parque de Campismo e loja da ADIRN no Convento de Cristo.

A este(s) novos produtos e dentro da estratégia combinada de valorizar o que é nosso, foi criada, num feliz momento de inspiração da excelente equipa de marketing do Município, a marca “Sabores de Tomar” e, logo em 2014, criada a campanha de marketing de promoção dos Vinhos, com especial incidência no Natal, associado ao lançamento de um catálogo de vinhos de produtores de Tomar.

Seguiu-se o catálogo dos “Azeites de Tomar”, também fortemente promovido no decurso deste último Natal e cujos outdoors podem ainda ser vistos nas paragens de autocarro em Tomar, sendo que brevemente será o referente ao Mel.

Agora que o Mercado está aberto, ou melhor, até antes de ele ter estado aberto teria sido (será?), uma ótima oportunidade para a criação de uma Loja, ou Lojas, dos “Sabores de Tomar”.

A divulgação e venda de produtos aderentes/participantes nas diferentes mostras de “Sabores de Tomar”, com o objetivo de poder ser um dos pontos (lojas) âncora no renovado Mercado Municipal, poderia ajudar a atrair mais população e turistas para a frequência do mesmo, como aliás se vê um pouco por todo o país, convidando o leitor a título de exemplo a visitar o Mercado de Campo de Ourique.

O incentivo ao empreendedorismo que já se vai sentindo pelo Concelho no setor agrícola, aliado por exemplo, a um trabalho conducente à certificação do denominado “queijo das Areias”, poderia colocar num único local a venda de diversos produtos, como por exemplo vinhos, azeite, azeitona e derivados, enchidos, mel e derivados, queijos, frutos secos e pão. A promoção regular de provas de vinhos, de enchidos, de azeite e de mel, criando o hábito do “petisco” no final e tarde no Mercado, seria um aspeto de relevo a levar em conta numa estratégia adequada da sua promoção.

A promoção dos produtos locais, que pode contar com o genérico empenho dos produtores, a reformulação dos espaços em ocupação no Mercado Municipal e a sua evolução para um nível diferente de utilização, podem criar ali um caso de sucesso, se não houver uma visão redutora e castradora da iniciativa privada e a tentativa, por vezes típica, do sistema público tudo querer definir e condicionar.

Já se imaginou a ir tomar um pequeno-almoço, lanche, ou a fazer um petisco de final e dia, com uma boa tábua de enchidos, no ambiente rústico do Marcado, acompanhado por um bom vinho de Tomar, servido num típico ribatejano copo de barro? E tudo isto, de quando em vez pontuado com suaves apontamentos de arte, da pintura, à escultura, passando por música ao vivo e no final levar parte do “farnel” para casa, numa pequena cesta? E se em vez disso optasse por um chá, de uma das muitas ervas típicas da nossa região adocicado com um excelente Mel, enquanto prova uma tábua de queijo e degusta um bom pão com azeite?
“Sabores de Tomar” é isto. Menos é pouco. Da estratégia de afirmação, à loja ou às lojas, é esse o caminho…