Na sequência da nova abordagem e importância que o Município
de Tomar quis dar, desde o primeiro momento deste mandato, aos produtos locais,
tendo para isso criado um gabinete vocacionado para o acompanhamento e apoio
aos produtos locais, foi possível começar a implementar uma estratégia de promoção,
na senda de experiências anteriores (em 2010), como foi o kit de vinhos
Templário, e ainda hoje disponível à venda no Turismo Municipal, Parque de Campismo
e loja da ADIRN no Convento de Cristo.
A este(s) novos produtos e dentro da estratégia combinada de
valorizar o que é nosso, foi criada, num feliz momento de inspiração da
excelente equipa de marketing do Município, a marca “Sabores de Tomar” e, logo
em 2014, criada a campanha de marketing de promoção dos Vinhos, com especial
incidência no Natal, associado ao lançamento de um catálogo de vinhos de
produtores de Tomar.
Seguiu-se o catálogo dos “Azeites de Tomar”, também fortemente
promovido no decurso deste último Natal e cujos outdoors podem ainda ser vistos
nas paragens de autocarro em Tomar, sendo que brevemente será o referente ao
Mel.
Agora que o Mercado está aberto, ou melhor, até antes de ele
ter estado aberto teria sido (será?), uma ótima oportunidade para a criação de
uma Loja, ou Lojas, dos “Sabores de Tomar”.
A divulgação e venda de produtos aderentes/participantes nas
diferentes mostras de “Sabores de Tomar”, com o objetivo de poder ser um dos
pontos (lojas) âncora no renovado Mercado Municipal, poderia ajudar a atrair
mais população e turistas para a frequência do mesmo, como aliás se vê um pouco
por todo o país, convidando o leitor a título de exemplo a visitar o Mercado de
Campo de Ourique.
O incentivo ao empreendedorismo que já se vai sentindo pelo
Concelho no setor agrícola, aliado por exemplo, a um trabalho conducente à certificação
do denominado “queijo das Areias”, poderia colocar num único local a venda de
diversos produtos, como por exemplo vinhos, azeite, azeitona e derivados,
enchidos, mel e derivados, queijos, frutos secos e pão. A promoção regular de
provas de vinhos, de enchidos, de azeite e de mel, criando o hábito do “petisco”
no final e tarde no Mercado, seria um aspeto de relevo a levar em conta numa
estratégia adequada da sua promoção.
A promoção dos produtos locais, que pode contar com o
genérico empenho dos produtores, a reformulação dos espaços em ocupação no
Mercado Municipal e a sua evolução para um nível diferente de utilização, podem
criar ali um caso de sucesso, se não houver uma visão redutora e castradora da
iniciativa privada e a tentativa, por vezes típica, do sistema público tudo
querer definir e condicionar.
Já se imaginou a ir tomar um pequeno-almoço, lanche, ou a
fazer um petisco de final e dia, com uma boa tábua de enchidos, no ambiente
rústico do Marcado, acompanhado por um bom vinho de Tomar, servido num típico
ribatejano copo de barro? E tudo isto, de quando em vez pontuado com suaves
apontamentos de arte, da pintura, à escultura, passando por música ao vivo e no
final levar parte do “farnel” para casa, numa pequena cesta? E se em vez disso
optasse por um chá, de uma das muitas ervas típicas da nossa região adocicado
com um excelente Mel, enquanto prova uma tábua de queijo e degusta um bom pão
com azeite?
“Sabores de Tomar” é isto. Menos é pouco. Da estratégia
de afirmação, à loja ou às lojas, é esse o caminho…