Uma visita a
um mercado é sempre um prazer. Para os sentidos, pelos odores múltiplos, pelo
estímulo das cores, pelos ruídos característicos, pelo desejo de tentar obter a
“pechincha” que se esperava. Nada de preços fixos, nada de grandes filas ou
complicações, apenas e só a qualidade os produtos que esperamos serem frescos,
nacionais e de produção local. O Mercado de Tomar não é diferente dos outros.
Após mais de cinco anos encerrado, é sempre um prazer voltar a ver o edifício,
quase todo aberto, limpo e em utilização. E isso, como diz o outro, não é mau!
Claro que
falta muita coisa, mas naturalmente que o tempo correu contra, que na terra
Templária os relógios são de Cuco, como os ovos que estes põem nos ninhos das
outras incautas aves.
Já
percebemos que faltou o engenho e a arte para ter um telhado “mais adequado” do
que o que foi colocado mas, tudo bem, aquele cumpre a função que o anterior existente
não cumpria: é higiénico, novo e veda a chuva. A opção foi a mais barata, já
que se enterraram ali muito perto de um milhão de euros. Compreende-se.
Claro que
faltam Lojas que possam funcionar como âncora, que possam promover e vender
produtos locais, que aproveitem o investimento em Marketing que o Município tem
feito nos “Sabores de Tomar”, nos Vinhos, nos Azeites, no Mel e, espera-se que,
no futuro, também nos enchidos, no pão e no queijo. Pois que se aceita.
Mas o que não
se compreende, nem aceita, com tanto tempo e atraso na abertura, é que não
tenha sido cuidado na aplicação do novo chão, que ele efetivamente drenasse os líquidos
para as respetivas calhas. Quer na zona de venda dos vegetais – onde um sulco
já foi “cavado” para tentar corrigir a falha, quer na zona do peixe, onde as
inúmeras poças de água se acumulam e só o permanente esforço de umas simpáticas
vassouras fazem o que, originariamente, o chão devia fazer: conduzir as águas
para as calhas de retenção e drenagem criadas.
Mas que azar
o nosso que, com mais de cinco anos para arranjar aquilo e mais de um ano de
atraso em relação ao que seria admissível, o chão realizado por uma empresa
externa ao Município tivesse sido recebido naquelas condições. Teria o vereador
da CDU medo de já não ter o pelouro quando aquilo,
finalmente, estivesse em condições? Falhar a fotografia é que não podia faltar,
mas fazer bem as coisas, isso já são outros trezentos… Pois!