Durante anos tem-se discutido o
Turismo em Tomar, sempre como panaceia para outros tantos problemas que de fora
do setor, muito nele se projetam para a manutenção de um determinado status quo, projetando eventualmente a
sua outrora dimensão industrial e militar de relevo na escala regional e
nacional.
O Turismo enquanto atividade
económica é isso mesmo: mais uma atividade económica. Esta é das que de forma
sustentada mais tem crescido em Portugal, comprovando que o célebre “Relatório
Porter” (1994), estava correto ao identificar esta atividade económica, como
uma das mais diferenciadoras e com hipóteses de desenvolvimento em Portugal.
Este Relatório, encomendado então
pelo Ministro Mira Amaral (PSD), ao contrário do que até então se pensava,
identificou 11 áreas chave onde Portugal poderia ser competitivo à escala da
“globalização”, que então, não tinha a dimensão de hoje. O professor de Harvard
selecionou 11 clusters estratégicos,
cinco económicos – vinho; turismo; automóvel; calçado; têxteis; madeira e
cortiça – e seis relacionados com educação; financiamentos; gestão florestal;
capacidades de gestão; ciência e tecnologia.
Tomar tem, neste contexto, três
interfaces diretos – turismo, educação e ciência/tecnologia e outros dois
indiretos – vinho e madeira, podendo posicionar-se assim, com alguma hipótese
de afirmação, numa vertente de desenvolvimento e liderança, a qual permita
sustentar negócios – privados, que criem riqueza e empregos, que são como todos
sabemos o principal problema do Concelho.
E os números atuais falam por si:
- Cerca de 250.000 visitantes ao Convento de Cristo;
- Cerca de 50.000 visitantes na Cidade (medidas pelas visitas oficiais à Sinagoga/Igreja S.João batista);
- Cerca de 60.000 dormidas por ano na Hotelaria da Cidade;
- Um impacto financeiro direto na economia tomarense, nunca inferior a 1milhão€/ano.