Factor decisivo para o Mercado Municipal de Tomar é a sua renovação. Deixando aparte as discussões semânticas ou emotivas/estéticas sobre o actual edifício e a sua adequação ao novo espaço aí localizado, fruto das novas pontes, de 1967 e de 2008, o que é determinante é a necessidade da sua renovação.
Nesse sentido, propôs o PS em 2005 por ocasião da apresentação do orçamento do
município para 2006, uma alteração que visava que houvesse intervenção de emergência no actual
Mercado, no sentido de o adequar às condições de salubridde e higiene que há muito se sabia serem necessárias.
A então maioria preferiu recusar e nada fazer, protelando uma intervenção que todos sabiam ser necessária. Depois, aquando do Plano de Pormenor do Flecheiro e Mercado, promovemos mais de um milhar de participações individuais, no sentido de defender a manutenção do Mercado na sua localização histórica, "enviando" o proposto fórum/Centro Comercial para Marmelais. Fizemos inclusivé um Autocolante, em que escrevia "Em defesa do Mercado - Centro Comercial para Marmelais".
O compromisso do PS ficou assim marcado com a manutenção do Mercado, em detrimento da sua saída da actual localização. Em resultado dessa pressão, liderada pelo PS, a maioria da altura compreendendo que essa era a vontade maioritária da população, colocou no Plano de Pormenor a manutenção do Mercado, ao lado do proposto fórum, julgando na altura que fosse compatível as duas funções no mesmo espaço, o que o PS sempre contestou.
Passados mais alguns anos, sem que nada tibesse sido feito, além de projectos parcelares, de casas de banho e/ou limpezas gerais e pinturas, até que chegados ao dia após o encerramento, a questão essencial se colocou finalmente: a construção do novo mercado!
E aqui chegados três opções se nos colocam:
ou se insiste no fórum/centro comercial na mirífica espectativa que eventual investidor construisse primeiro um Mercado, o que me parece como sempre me pareceu, um disparate funcional, operacional e finandeiro;
ou se constrói o Mercado libertando o espaço actualmente ocupado pelo edifício para uma larga praça multifuncional à disposição da comunidade ou de infraestruturas que o médio prazo venha a revelar necessárias,
ou se constrói o mercado "em cima" do actual, mantendo alguma "traça" do actual edifício, mas sem a clara vantagem da libertação de espaço para uma praça multifuncional, sendo esta a opção mais cara como será obvio.
Naturalmente que a minha opção vai para a solução que permite a que tecnicamente, mesmo no
decurso de obras do novo Mercado, o actual edifício se mantenha em funionamento na sua grande parte. Assim o Mercado NAO SAI DA SUA LOCALIZAÇÃO em nenhum momento, como o PS sempre defendeu.
E o ganho de uma ampla Praça, enquadrada entre um novo e moderno Mercado de dois pisos (r/c e 1o piso), com eventuais esplanadas na sua cobertura e a actual Ponte Nova, sem eucaliptos na
margem do Rio, com uma pista de pesca desportiva, representa uma oportunidade de valorização do espaço, que o Polis deveria ter aproveitado.
Esta é a minha opinião, que bebe na essência do que o PS foi defendendo, representado a natural evolução de um forma de olhar para a Cidade de forma dinâmica e a prospectiva como
uma Cidade geradora de uma qualidade, fruição e animação urbana, capaz de melhorar a vivência dos residentes e o desejo dos visitantes/turista cá voltarem.
Novo Mercado, Casa dos Cubos, Esplanadas e Restaurantes na envolvente do Rio do lado Flecheiro, com possibilidades de uma ampla Praça Multiusos, quem está contra?
E para isso, o que é preciso?
O primeiro passo é construir um Novo Mercado, na area da praceta em frente às traseiras do Centro de Emprego.
E ter coragem para decidir!
Vamos a isso!
POR LUIS FERREIRA ÀS 09:34 0 COMENTÁRIOS
QUINTA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2010
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