Tenho andado divertidissimo a observar o exagero, no qual alguns dos justos defensores do "Alambor Templário" têm entrado nas últimas semanas.
Decididamente não percebo, nem atinjo o alcance de tal exagero.
Mas o Alambor não está à vista de todos, estando os técnicos a trabalhar para encontrar a melhor solução para o preservar? Então se não pudermos confiar nos técnicos do Igespar, arqueólogos e historiadores credenciados, responsáveis a nível nacional pela preservação do nosso património, vamos confiar em quem? Num grupo inorgânico e bem intencionado de curiosos?
E o grande problema da preservação do património em Tomar esgota-se aí? Tiveram ou têm os grupos políticos marginais, dos independentes e do bloco de esquerda, tanta preocupação com o Convento de Santa Iria e com o Fórum Romano, por exemplo, situações que se arrastam há anos sem medidas nenhumas, tirando aquelas que eu próprio propus ou executei, na qualidade de Vereador do Município?
Ora...
Não há assuntos mais importantes ou estratégicos para o futuro do Concelho para opinar, escrever ou criar movimentos e "desfraldar" justas bandeiras por causas mais válidas?
As urgências do hospital ou as extensões dos centros de saúde, por exemplo?
A poupança de uns tostões na extinção das freguesias rurais que estão próximas das populações das aldeias do Concelho?
A solução para o novo mercado?
O aumento das receitas e a redução da despesas na Câmara?
A finalização do PDM?
A criação de um sistema de apoio ao investidor e a criação de uma política social e de habitação social no Municipio?
Nada disto é mais importante, do que discutir o que já está discutido?
Ora...
Que o Presidente da Câmara eleito peloPSD foi inábil, tentando desvalorizar o estrago infligido no achado arqueológico, prova-o a peregrina ideia de que teriam sido destruídas apenas algumas pedras. Mas essa não foi, nem será a sua ultima inabilidade.
Aí, tal como no acordo lesivo dos interesses do Municipio com a ParqueT, que nos custa todos os meses 30 mil euros só em juros, além de mais 7 milhões€ de divida. E isso, com a ausência estratégica de um vereador dos IpT... Pois!
Aí, tal como no aumento do número de dirigentes da Câmara, para um número 4X superior ao que a futura Lei permite, com os votos favoráveis dos IpT, que viabilizam assim o disparate. Pois!
Aí, tal como na ausência de trabalho alternativo para receber 4 milhões€ de investimento QREN no Flecheiro, quando os vereadores do PS durante mais de ano e meio proposeram que o Município deveria alterar a candidatura QREN, a qual permitisse a requalificação da área do Mercado, com a eventual construção de um novo ou reconstrução do existente...
Enfim.
Parece que para alguns, nada mais há para discutir do que a causa em resolução do Alambor, importante mas não exclusiva da nossa preocupação colectiva.
Ora que raio, não exagerem, que com essa atitude destroem a possibilidade de fazer ouvir os temas estratégicos e importantes para a nossa vida colectiva e diária...