Para ouvir, clique aqui
NOTA DO DIA
Diz o dito popular e é verdade, que um azar nunca vem só. Também é certo que diz, amiúde, que só não erra quem não faz, o que é também uma premissa assumida por todos como verdadeira. As polémicas continuam em alta, aqui pelas margens do Nabão e, não contentes com tal, que se vem tornando hábito, a nossa Câmara, lá decidiu aprovar um estudo prévio para a Várzea Grande, a qual a ser executado, virá a reduzir o estacionamento automóvel a metade.
Bem visto, sim senhor.
Então um estudo prévio, que deveria ter estado terminado a
tempo de ter sido lançado concurso para início de obras depois da Feira de
Santa Iria, de 2015 (!!!), sim ouviu (leu) bem: de 2015, mesmo depois de eu ter
divulgado vários dos estudos que estavam em cima da mesa há meio ano, só em
março de 2017 é aprovado. Prevê tal estudo destruir, de uma penada, metade do
estacionamento, deixa em aberto impermeabilizar o solo com um qualquer chão de “cimento
com borracha”, em lugar de deixar o mesmo com uma solução técnica apropriada
para uma praça daquela dimensão, sem impermeabilizar o solo e ainda consegue,
tudo de uma assentada, prever uma expropriação de um terreno contíguo à Central
de Camionagem, que já tem projeto aprovado para construção de prédios de
habitação, o que transformará o atual dono do terreno num milionário, sem ter
de construir uma única casa e sem precisar sequer de as vender! Brilhante!
Diz mesmo o povo, e é verdade, que não há bela sem senão e diz
o povo espanhol que “no creo en brujas, pero que las hay, las hay”. E aqui deve
ser o caso: onde em tempos se percebia estratégia e construção de um futuro
metódico e determinado, hoje vê-se um atabalhoado e desnorte sem par. São as condenações
em Tribunal contra a pessoa da Presidente, por não cumprir o mais básico da
lei; Projetos aprovados sem sentido; Intervenções artísticas de
qualidade nos sítios mais disparatados, como o caso dos Grafitti no mural
vislumbrado da Ponte Velha; E, como se tal não bastasse, uma vereadora, ainda
em luto pelo falecimento trágico de um familiar direto, e portanto nas piores condições
psicológicas possíveis, enviada para a TV, porque ninguém lá quis ir, cometer
uma gaffe linguística, passível de acontecer a qualquer um, mas desnecessária,
porque naturalmente seria a vereadora a pessoa em piores condições para,
naquele dia, estar a fazer aquele trabalho.
Enfim! Ir à bruxa, parece ser a única solução para o pessoal
da Câmara de Tomar. Ou então esperar que a maldição lançada pelos Templários na
sua chacina nas fogueiras do Papa no sec.XIV, não se tenha estendido a esta
governação, sem brilho, sem rei, nem roque, que vimos tendo no último ano.
É que nem a obra da Várzea Grande ou de Palhavã foi
concretizada, e deveria tê-lo sido o ano passado. Nem as transferências para as
freguesias se concretizaram nos valores que o deveriam ter sido até ao final do
mandato. Nem a dívida municipal baixou o que deveria ter baixado – podia e deveria ser hoje, a manter-se o
esforço do início do mandato, pouco mais de 20 milhões€ e é ainda quase 25 milhões. Nem as habitações, em parque nómada
ou noutra tipologia, foram construídas, para ser mais claro o fim do bairro
cigano do flecheiro. Nem mesmo o raio da Horta Urbana em Marmelais, conseguiu
sair da pena daquele nepótico vereador comunista.
É azar demais e só mesmo uma bruxa, lhes pode valer. Sim
porque quando ao resto, o negócio dos votos, com mais ou menos trambolhão, lá
serão contados a 1 de outubro. E que vença quem vencer, mas façam um favor: até
lá, vão à bruxa!
É que diz o povo e é verdade: para melhor está bem, está bem,
para pior já basta assim!