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14.11.16

Anabela Freitas recorre à mentira para se tentar vitimizar

Todos fomos surpreendidos quando no decurso da passada quinta-feira, a edição on-line do jornal “O Mirante” revelava, aquilo que constaria na sua 1ª página da edição impressa desse dia, relativo a processos litigiosos entre a Presidente da Câmara Anabela Freitas e mim próprio, no contexto da nossa vida particular, na precisa semana em que fomos ambos notificados do seu despacho de arquivamento.
A fonte, segundo o mesmo Jornal, seria próxima da presidente e, nos motivos invocados para a sua divulgação, estaria a minha pretensa e auto-afirmada capacidade para liderar a autarquia, numa referência à minha entrevista dada ao Jornal “O Cidade de Tomar”, há cerca de dois meses, na qual aliás nunca afirmei tal coisa.
Habituado que estou à exposição e polémica pública sobre os mais variados assuntos, nomeadamente às minhas propostas, posições, afirmações e decisões políticas, seria para mim inimaginável que fonte próxima da presidente, tivesse o arrojo, diria mesmo a pouca vergonha, de trazer para a praça pública processos relativos à nossa vida particular. Ainda por cima, depois destes estarem devidamente arquivados, por manifesta falta de quaisquer provas, só se podendo concluir que quem o fez, o fez com o objetivo expresso de com isso, como é induzido de forma direta na própria notícia, me difamarem, tentando-me coagir a não continuar a exercer o meu direito à livre opinião.
Mas, como na análise de qualquer crime, teremos de avaliar a quem conviria tal fuga de informação.
Aí é notório que só à cidadã Presidente Anabela Freitas interessaria fazer-se passar por vítima, ainda por cima tirando partido da queixa (arquivada) de violência doméstica. Pois, apesar de a notícia com verdade esclarecer não se tratar de queixa por violência física, sendo apresentada por uma mulher, será sempre isso que a generalidade das pessoas irá ler e reter. E quem o fez, protegeu e promoveu, foi esse o efeito que pretendeu obter.
Aliás, esta notícia veicula a tentativa de vitimização, que já se vinha observando em recentes entrevistas da Presidente, às rádios e jornais, que acusava sem objeto, de saber quem eram os seus inimigos, etc, etc, …
Ora, em abono da verdade dos factos impõe-se saber que a queixa apresentada, que viria a ser arquivada, tinha por motivação a tentativa de me silenciar, tirando partido da ideia comumente aceite de que são as mulheres vítimas de violência, mesmo que psicológica e social, por parte dos homens, nunca sendo plausível que possa ser o oposto.
Acontece que neste caso, é mesmo o contrário de que se trata, pois quem deteve sempre o poder, real, financeiro e objetivo foi a mulher que acusa. Quem procurou anular um concurso legítimo da administração pública ao qual concorri, tendo-me obrigado a deslocar o meu local de trabalho para longe de Tomar, desde o início deste ano, foi a mesma mulher que posteriormente me veio acusar de violência doméstica.
É por demais evidente que, a violência de que fui acusado, e cujo processo o Ministério Público não encontrou motivos para prosseguir, de cariz psicológico e social (crime de coação), só podia ser exercido por alguém que detivesse o poder e os meios para o fazer, o que notoriamente era a Presidente e não eu. A vítima, como todos sabemos só pode ser a parte mais fraca, neste caso eu próprio, e nunca a parte mais forte. E se me mantive em silêncio sobre o assunto, conforme se perceberá, tal se deveu a que nunca é fácil um homem assumir que está a ser vítima de violência doméstica, mesmo na modernidade deste século.
O objetivo era assim outro bem distinto e, conforme a veiculação da notícia claramente transparece, apenas tinha óbvias motivações políticas, numa tentativa frustrada de procurar silenciar as minhas opiniões e ações, em parte diferentes e distintas das que vêm sido seguidas pela presidente e pelos vereadores.
A teoria parece ter sido a de que se não conseguimos que se cale, depois de lhe destruirmos a possibilidade de trabalhar em Tomar, lhe haveremos de destruir o resto da credibilidade a que ele se procurou guindar, ao assumir em entrevista, ser uma das duas pessoas melhores preparadas em Tomar para assumir qualquer função no Município de Tomar. Aliás, com o processo arquivado, só se pode mesmo tirar essa conclusão.
Assim, se conclui que a cidadã Presidente apresentou queixa por violência doméstica, que viria a ser arquivada, com base em acusações falsas, objetivamente intimidatórias e atentatórias da idoneidade da pessoa acusada, procurando assim difamá-la e coagi-la a não lhe causar ruído na sua legítima governação.
Se alguma dúvida houvesse, as suas declarações ao mesmo Jornal, quando acabou por ter de assumir que a queixa havia sido arquivada, foram no sentido de continuar, agora publicamente, a ameaçar que pediria a continuidade do processo, se os motivos que a levaram a promove-lo inicialmente não cessassem.
Honestamente nunca julguei que a demência do poder pudesse afetar tanto uma pessoa, à qual dei o meu empenho, trabalho e ajuda durante 11 anos da minha vida, para que pudesse, com sucesso, vir a ser tudo o aquilo que tem sido. 
Nada justifica tamanha mentira. 
Esta é apenas uma desesperada falsa tentativa de se vitimizar, com notórias motivações políticas, pois todos os factos de conhecimento público demonstram ser ela quem teve sempre a capacidade para impor a sua vontade, perseguir e coagir de forma regular e ostensiva pessoa que não concordou, nem concorda, com tudo o que diz, propõe ou faz, como é perfeitamente normal e usual na vida e na política.
Naturalmente agora que o assunto veio a público, a coberto de fonte próxima da presidente, não me restava outra alternativa senão a de publicamente denunciar esta situação: da cidadã Presidente Anabela Freitas ter recorrido à mentira para se tentar vitimizar. Quem assim age com quem vivia, imagine-se o que não tem feito e o que não será capaz de fazer com outras e com outros, que tenham opiniões não totalmente coincidentes com as suas, que tenham ou venham a ter o azar de se lhe atravessar no caminho.
O risco para todas e para todos é grande, demasiado grande, para poder ser ignorado.
E porque Tomar é de Todos, devemos estar avisados que há mesmo Lobos que se tentam travestir de Cordeiros, mas que não deixam de ser Lobos.