Nota do dia, na Rádio Hertz (FM92 e 98) na quarta-feira, dia 23 de novembro de 2016
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Agora que já passaram os três
anos da atual gestão municipal, é o momento de nos quedarmos uns minutos para
analisarmos o já longo caminho percorrido, pela gestão da mudança anunciada e,
em parte, já concretizada, especialmente nos dois primeiros anos, uma vez que
este último, bem, este último é um pouco para esquecer.
O objetivo inicial era o de
construirmos um Concelho mais atrativo
e com melhores oportunidades para residir,
trabalhar e investir.
Para que estes objetivos
fossem alcançados era assumido como necessário uma atuação em várias frentes de
trabalho.
Desde logo, uma reorganização
dos serviços da autarquia e uma adequação dos regulamentos municipais à
realidade do nosso Concelho e que se afirmassem como instrumentos potenciadores
e não redutores do desenvolvimento de Tomar, o que foi feito.
Dizia-se estarem neste
domínio, a busca ativa e permanente de novos investidores, a articulação
estreita com os investidores já instalados, a criação da via verde para o
investidor, a implementação do gestor de negócios municipal, a descentralização
de competências do Município para as freguesias, o que em grande medida já foi
concretizado, pelo menos até 2015.
Poupar no funcionamento para
investir no Concelho, o que orçamento após orçamento foi concretizado, sendo o
deste ano o menor dos últimos 15 anos.
Assumia-se então que para a
resolução de problemas como o Parqt, do mercado municipal, do museu da levada, da
habitação social e para modernizar a frota de viaturas dos bombeiros, era para
onde iriam os principais recursos e preocupações da gestão, em parte
concretizada com é público, especialmente através da renegociação dum conjunto
de contratos e participações do Município.
A isso se somaria a necessidade
de redução do endividamento, da sustentabilidade ambiental e energética, que com
a escassez de recursos públicos, nos conduziu a um novo paradigma,
caracterizado pelo repovoamento dos núcleos urbanos, instando-nos na
reutilização de espaços devolutos, especialmente os detidos pelo Município, a
rentabilização de equipamentos, enfim a regeneração urbana.
Era esta também, assumida como
uma importante frente de trabalho. A obrigação, assumia-se então, era a de
preparar o Concelho para o futuro, através da mobilização do financiamento
comunitário, o que só neste ano e no próximo, se irá começar a sentir.
Em concreto, hoje 44% das cem medidas preconizadas no
programa eleitoral do PS estão já concretizadas, apesar da sua quase
totalidade (40%), ter acontecido nos dois primeiros anos.
Que
se passou então? Que falta de vontade, equilíbrio, saber ou rasgo,
de repente assaltou os nossos governantes? Pelos acontecimentos mais recentes,
é notório que há sempre um limite inultrapassável, o qual sem energia,
capacidade e estratégia, fica o mesmo depressa atingido, diria mesmo esgotado.
E isto apesar da ajuda do deputado Tomarense Hugo Costa.
Longe vai o momento, em que se
assumia, serem estes também tempos que exigiam que todos e cada um, pudessem
assumir as suas responsabilidades com clareza e coragem. Nestes tempos
difíceis, dizia-se a 17 de outubro de 2013, era preciso saber juntar os melhores para evitar o pior.
Porque Tomar é de TODOS, especialmente
depois de 2015, com a permanente roda
bota fora, viu-se!
Que tem ganho o concelho
com o que se tem passado?
Post Script
A entrada da nova vereadora Sara Costa, a jurista e advogada estagiária na Legal Trust (segundo noticia do Tomar na rede), de 27 anos, representa uma oportunidade de ouro para que termine em definito o tempo perdido durante praticamente todo este ano.
O cumprimento das metas definidas e contidas nas 100 propostas eleitorais do PS (consultar aqui), são a melhor forma de demonstrar que afinal não só é possível ganhar eleições sem estar preso a nenhum lobbie ou interesse particular - como foi conseguido pelo PS em 2013, como o que é prometido é de facto cumprido.
Claro que ninguém espera que as deficiências detetadas durante os últimos anos - em parte públicas pelo que já escrevi e disse, mas muito especialmente por aquilo que o ex-vereador Rui Serrano informou aquando da entrega dos pelouros no final de agosto, possam ser de um momento para o outro ultrapassadas. Há quem diga que burro velho não aprende línguas, mas otimista como sou, acredito ser possível que, com bom senso e humildade, há sempre forma de TODOS melhorarem o que fazem.
E ao fim de três anos, os que restam (do executivo municipal e do gabinete de apoio) decerto aprenderam muito e isso, como diz Miguel Guilherme na sua crónica diária na TSF, "não é mau"!
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