2011 vai ser provavelmente o último ano em que a Festa se realzia neste modelo não profissional, uma vez que as exigências de rentabilização e optimização dos recursos levarão naturalmente este evento para um novo patamar, normal diga-se, capaz de a tornar uma mais valia financeira para toda a comunidade: a Indústria Turística afirma-se com eventos regulares, geridos para maximizar a participação e o gasto dos "visitantes".
Tal acontece num ano grave sob o ponto de vista financeiro para o Concelho, onde a crise internacional que conduziu o País à maior crise económica desde há 120 anos, é apenas o pano de fundo para um corolário de erros graves, assumidos unilateralmente pelo PSD na gestão Municipal.
Estou a recordar duas das maiores e mais graves decisões tomadas no Município, que contaram com o voto contra dos vereadores socialistas: a reestruturação orgânica do Município e o acordo com a ParqueT.
O primeiro representou o maior disparate realizado numa gestão Municípal, uma vez que foi contra toda a lógica de gestão num momento de crise, AUMENTANDO AS CHEFIAS DO MUNICIPIO, num ano de contenção, prevendo gastar até mais 400.000€, num ano em que aos funcionários foi recusado a opção gestionária, que permitiria compensá-los pelas injustiças e perseguissões de 10 anos de poder absoluto e despótico do PSD/Paiva.
Este disparate teve o apoio empenhado do geriático grupo político dito "independente", Pedro Marques e comparsas, com uma visão administrativa do século passado. Só o PS teve a coragem de dizer NÃO, não vamos por aí!
Mas o mais grave estava para vir: o acordo com a ParqueT. Mais uma embrulhada em que o PSD nos enfiou desde 1999, ao estabelecer um acordo lesivo do interesse do Concelho e no qual o executivo decidiu chegar a acordo com o anterior concessionário, indemnizando-o num valor que pode ir até aos oito milhões de euros.
O PSD decidiu isto sem ter previsto o modelo de viabilização financeira, assumindo um pagamento de juros, que custarão 360.000€/ano, bem como futuros processos em tribunal uma vez que não tem o Município neste momento capacidade de endividamento, nem o mercado as disponibilidades financeiras para o pagamento da indemnização acordada.
Mais uma vez o PS votou contra este prejudicial acordo, tendo os independentes viabilizado indirectamente tal decisão, pela ausência intempestiva de um dos seus vereadores.
A falta de visão, de gestão estratégia, de prospectiva do nosso futuro colectivo, o esforço, cada vez mais inglório, de demosntrar como se gere, como se faz, como se "puxa" pelo Município e por aquilo que ele tem de melhor, levam-me a perguntar: merece Tomar este "azar" que sobre ele se abateu, há mais de 13 anos?
Nós não vemos o que foi feito nas ultimas décadas em Abrantes ou Torres Novas, ou mesmo na Barquinha e na Golegã? Ou o que está a ser feito em Ourém?
Já nos apercebemos que tudo mudou e nós continuamos a pensar, ou como no "tempo da outra senhora" ou como no inicio dos anos noventa do século passado?
Autarquias com dinamismo, com visão, com desenvolvimento e... geridas por socialistas!
PODE NÃO PARECER, mas FAZ TODA A DIFERENÇA!