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17.1.18

57 Municípios Portugueses não têm Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

E depois a culpa é do Governo...
Não que isso - a existência de Plano, seja garantia que os respetivos Presidentes da Câmara o cumpram, ou perante as suas contingências sabem antecipar a sua desatualização ou momentânea desadequação. tomemos como exemplo Tomar, quando com o fogo de 13 de agosto, perante o dispositivo em alerta laranja e num fim de semana longo (12 a 15 de agosto, com "ponte" na segunda-feira dia 14 de agosto), não garantiu que haveria equipa substituta para a pré-estacionada no Chão das Maias (Serra/Junceira) e o resultado foi um atraso na primeira intervenção no fogo do Carvalhal (Serra), levando à completa evacuação de três aldeias, num conjunto de cerca de 80 pessoas.
Para memória futura, foi o fogo de maior gravidade no Concelho de Tomar, desde o de 19 de julho de 2013 (Presidente Carlos Carrão e vereador da proteção civil José Perfeito) e o presidente da Câmara e responsável pela proteção civil era Anabela Freitas.
Ah, já agora: o erro cometido em 2013 foi o mesmo que em 2017, coisa que em 2010 e 2011, NUNCA aconteceu. Porque seria?

A NOTÍCIA:
“Ainda existem 57 municípios que não têm Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovados” disse hoje, quarta-feira, o secretário de Estado das Florestas, indicando que o Governo disponibilizou uma equipa do ICNF para acompanhar o processo.
“Lançámos um alerta, fizemos um contacto com cada um dos municípios e disponibilizámos uma equipa do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] para acompanhar a preparação do processo para aprovação dos planos [PMDFCI], que se não forem concretizados terão um impacto negativo no orçamento dos municípios”, afirmou o governante Miguel Freitas.
No âmbito de uma audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, requerida pelo BE, o secretário de Estado das Florestas explicou que “o país não está satisfeito com a floresta que tem. Temos que mudar, temos que fazer aquilo que é preciso para que a floresta se ajuste melhor àquilo que são as novas condições que se vivem nos territórios rurais”.
in "Diário As Beiras"