“Há indícios quaternarios de fogo e erosão neste novo mundo que se instalava, o bioclima mediterrânico, como da evolução de pirófitos ibéricos, ainda hoje dominantes e característicos da paisagem (Pinheiros, Quercus, Giestas, etc)"
Tem lógica ecológica - mais para norte é inverno o ano todo, mais para sul, é verão o ano todo. Aqui, há inverno - com crescimento de vegetação - e há verão - seco e propício ao fogo...
O quaternario é também a era do Homem. O Homem (Homo erectus sl) chega cedissimo, juntamente com muitas outras espécies africanas, como os Auroques ou as Hienas... Era um predador de topo e manuseava o fogo...
Logo, desde o seu início, homem, fogo e vegetação mediterrânica, são produtos co-evolutivos...
Recentemente, encontraram-se em Portugal os mais antigos vestígios de uso habitual do fogo na Europa.
E nas dezenas de milhares de anos até onde o estudo dos carvões recua, o fogo tem sido sempre uma constante...
Não é algo externo, antes algo intrínseco do ecossistema e guiando-se por esse contexto - produção, consumo e defice de consumo subjacente às condições favoráveis à combustão de tal defice.
Fogo é natureza.
Em todos os mundos já conhecidos, tal como a vida, só o conhecemos aqui, no 3o Calhau a contar do Sol ”