Foi durante os anos em que se realizou um sucesso de assistência. Contou durante esses anos (2010 a 2013) com financiamento comunitário. Cada edição custou entre os 45.000€ e os 60.000€. Um grande investimento que nos anos seguintes, a presidente Anabela Freitas, em rota de colisão com os principais promotores não pôde, ou não quis, dar sequência.
Agora, tal como informei publicamente a 11 de setembro de 2016, já é oficial: em setembro o Festival das Estátuas Vivas voltam a Tomar. Ocupando o Mouchão Parque e o parte do Centro Histórico, dentro do modelo de qualidade e leitura histórica, que o Prof. Eduardo Mendes, do agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, nos habituou nas edições anteriores.
Formalizado que está o acordo entre o agrupamento e o município, a realização deste evento, com impacto relevante na Cidade e no Concelho de Tomar, só peca pelo erro de se realizar em cima das eleições, podendo tal ser usado a favor ou contra a atual gestão, o que seria sempre de evitar.
Sempre defendi que o que tem impacto e está bem feito, não deveria ser descontinuado. Quem chega deve procurar juntar e não subtrair. Em Turismo, isso faz todo o sentido, especialmente porque a realização continuada dos eventos é que lhes dá consistência. Vidé o Festival Bons Sons e a Festa Templária.
E agora que foi definitivamente confirmada a sua realização neste ano de 2017, convém que se saiba a verdade sobre a sua suspensão em 2014, uma vez que a divergência sobre o financiamento, foi a única razão invocada publicamente pela Câmara na altura.
Acontece que apesar da insistência do Prof. Eduardo Mendes, logo em novembro de 2013, para que se pudessem realizar as reuniões de preparação a senhora presidente da Câmara, a exemplo do que faz com todos os assuntos que não quer ou não sabe resolver, foi adiando essa primeira reunião. Quer eu, enquanto chefe de gabinete, quer o então adjunto Hugo Costa, fizemos por diversas vezes fazer sentir da importância de se encontrar uma solução técnica para o evento, mas a Presidente foi adiando, mês após mês, o diálogo para a sua concretização.
H
avia uma nítida má vontade, em relação ao evento, por parte também da responsável dos serviços de Turismo e Cultura e essa sua opinião, em reuniões sucessivas que foi tendo com a Presidente, acabou por "contaminar" em definitivo a sua opinião e sua a postura, nas reuniões seguintes. Nelas se discutiram a forma de financiamento e a possível adequação do mesmo, à nova realidade do seu não financiamento através de fundos comunitários. Ao fim de meses de espera de resposta efetiva, e garantidamente após mais de uma meia dúzia de insistências, o Prof. Eduardo, do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, acabou por informar estar já ultrapassado o timing adequado para se dar sequência à edição de 2014 do Festival Estátuas Vivas. A parte seguinte da história já é de todos conhecida...
Infelizmente a teimosia, a incapacidade de procurar encontrar soluções, em lugar da "fuga para a frente", e o não dar ouvidos ao gabinete político, tomando assim consciência do impacto político e social, que teria a sua não realização - como veio efetivamente a acontecer, conduziram a que durante 3 anos Tomar estivesse privada deste Festival, que tão boas recordações nos deixou a todos.
Espero que a sua realização este ano de 2017, não venha a ser contaminada pela realização das eleições autárquicas, uma vez que esta reativação do Festival será a escassas semanas da sua realização, situação diferente da de 2013, que era a sua já quarta edição.
A nossa História coletiva, o empenho dos Professores e alunos deste Agrupamento em concreto e, no geral dos comerciantes e outros envolvidos ao longo dos anos, merecem que haja da parte dos responsáveis políticos, capacidade para gerirem e tomarem, em tempo, as decisões que são importantes para todos. Tomar é de todos e merece isso!