@Hugo Machado, fotografia |
Ex.mos,
Presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal
Deputado da Assembleia da República
Senhora e senhores Vereadores
Senhoras e senhores Presidentes de Junta de Freguesia
Senhoras e senhores Deputados Municipais
Senhoras e senhores Presidentes das Câmaras Municipais de
Abrantes e Entroncamento
Senhora Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo
Digníssimos,
Comandante do Regimento de Infantaria nº 15
Comandante do Estabelecimento Prisional de Tomar
Comandante da Divisão Policial de Tomar
Comandante do Destacamento Territorial de Tomar da GNR
Senhores
anteriores autarcas do município e das freguesias
Senhores
Diretores dos Agrupamentos de Escolas Templários e Nuno de Santa Maria
Senhor
Comandante dos Bombeiros Municipais
Senhoras e
senhores presidentes das Assembleias de freguesia e demais autarcas presentes
Dirigentes
associativos e do escutismo do Concelho
Ilustríssimos,
Homenageados de honra nesta cerimónia
Ex.mos
Trabalhadores e dirigentes do município
Guarda de honra ao estandarte dos Bombeiros Municipais de
Tomar
Jornalistas
Tomarenses que nos seguem através da rádio e da internet
Demais entidades convidadas, civis e militares, cidadãs e
cidadãos presentes
Eis que cumprimos!
857 anos depois, ainda aqui
estamos!
Tendo
o privilégio de me dirigir a todos os tomarenses, não quero deixar passar a
oportunidade para a todos e a cada um saudar, com um carinho especial.
Ser de
Tomar, hoje como ontem, é mais do que aqui ser residente, nascido ou enamorado
pelo topónimo, é um estar, um querer, um construir um mundo diferente,
necessariamente mais livre, mais igual, mais fraterno.
É
captar, na leitura do Arquiteto, o ESPÍRITO do LUGAR!
Da
partilha do cavalo que os pobres cavaleiros templários, que fundaram o nosso
castelo, temos a obrigação de com estratégia e sem titubear, conquistar a nova
posição de Tomar, na globalização do seculo XXI.
O
desafio de construir a Nova Tomar, usando as pedras, trabalhadas, do nosso
passado.
Acreditar
e querer. Eis que cumprimos!
São
estas as palavras de ordem deste tempo sempre novo.
Estamos
assim libertos da espinhosa tarefa de percorrer o corolário dos anos, que pesam
como herança sobre todos os Tomarenses, aqui hoje presentes ou, cada vez mais
ausentes na diáspora Templária, que tem a dimensão da simbólica ecuménica, a
qual transportamos todos os dias.
O
nosso Mestre Gualdim Pais, que respeitosamente homenageámos na Praça
através
do Senhor Comandante do Regimento de Infantaria
nº15, tributário do 2º Regimento de Infantaria de Olivença, com mais de 250
anos e representante da milenar instituição castrense, desde sempre presente ao
Vale de Tomar, e dos máximos representantes do povo de Tomar -,
com a
deposição das três coroas de flores, com as cores do ar, da terra e do fogo e
alimentadas pela água que nos humectou.
Pois
que sendo certo, que neste dia 1 de Março celebramos a fundação do nosso
castelo, castelo templário e uma das forças motrizes da defesa da nossa querida
Pátria em toda a sua história; evocamos não só o nosso passado, mas antes de tudo
isso, o nosso futuro.
Um
futuro que vincará a liderança, não conquistada pelas curvas das refregas da torpeza básica, ou no lançar da descrença
nos outros, ou na ultrapassagem da mesquinhez nas esquinas dos corredores
bafientos de um poder torpe, morto e ultrajante da memória colectiva, do mais
antigo estado-nação de uma Europa que se corrói,
sem
encontrar a Linha,
sem
encontrar o Vale,
sem
encontrar o Porto, que a latina expressão in hoc signo vinces – com este signo vencerás, nos ilumina há quase
nove séculos em Tomar.
Tomar
é um concelho, por isso mesmo, cheio de História e de simbolismo.
Temos
honra no nosso passado, e também confiança no nosso futuro. Um futuro alicerçado
nos valores templários, e na construção de uma sociedade onde os valores da
liberdade, da igualdade e da fraternidade, sejam o centro da nossa atuação.
A
história julgará, como sempre.
O
tempo presente afirmará, como sempre.
O
futuro demonstrará, como sempre.
E,
como sempre, quem aposta nas pessoas e quem sabe que é com as pessoas que se
deve estar, honra o passado, desenvolve o presente e ganha o futuro.
Homenagear
os seus mais queridos, dignificando o seu legado, não nos escondendo nos baús
hipotéticos ou reais de onde tirámos, por exemplo, o que vemos todos os dias à
nossa volta.
Sim,
porque hoje, simbolicamente, o SEGREDO de Tomar revela-se.
Vai
demorar tempo. Vai exigir esforço. Vai custar muito a muitos. Dos de cá e dos
de lá. Dos que crêem e dos que não crêem. Dos que começam e nunca acabam e dos
que acabando, julgam ter começado.
Dos
que da Honra, pensam saber a Verdade.
Dos
que da Justiça, perscrutam o Progresso.
De
todos e de nenhuns, os símbolos pelos TEMPLOS espalhados e à mão de semear, do
ZÉNITE ao NADIR. Da cruz – das cruzes -, das pias batismais, hoje
tina, ontem talvez cálice – graal -, quiçá…
O nosso
maior tesouro, não o Oiro escondido
no Poço dos Olivais, de Santa Maria, além da ponte; o maior tesouro do concelho
são mesmo as pessoas e as suas tradições.
O
trabalho diário de todos é a maior riqueza do concelho.
O
trabalho autárquico é um trabalho de proximidade e de todos ouvir. Nenhum
cidadão deve ser excluído na sua opinião e na construção do concelho de Tomar,
não olhando a que freguesia pertence.
Muito
mal estaria um poder político que se afastasse do respeito e dos desejos do seu
povo. Não é conhecida nenhuma organização que consiga prestar serviços aos
cidadãos, que consiga garantir a resolução dos problemas das pessoas, sem
respeitar e tratar com dignidade e respeito os seus trabalhadores.
Eis
que cumprimos.
NINGUÉM
deve ficar para trás.
A
inovação e a educação devem continuar uma prioridade.
Tendo
incorporado no passado os saberes milenares guardados pelas civilizações de
antanho, o nosso futuro far-se-á pelo desenvolvimento sustentável, que deveremos
colocar na estratégia que trilhamos.
Este é
o tempo em que temos mais um momento de busca, de desejo, de sonho.
Eis
que cumprimos!
E,
para continuar a cumprir, estou convicto que com as vossas mãos,
juntas,
unidas,
quais
NÓS de uma corda simbólica que percorra, não só esta sala, mas as ruas e praças,
de todas as Praças,
De
todos os lugares, daqui e de lá, e
Tal
como o poeta [Pessoa] descreveu na
sua Mensagem: Senhor falta cumprir-se. Que se cumpra Tomar!
Non nobis, domine, sed nomini tuo da gloriam
Viva
Tomar!
Viva Portugal!
*Deputado Municipal não
adstrito, eleito pelo PS