No passado sábado, na sequência do trabalho de
preparação que a direcção de campanha de Anabela Freitas vem realizando, com
uma regularidade que penso que é por todos reconhecida e pública, tive
oportunidade de informar os meus camaradas de Partido em relação ao meu
posicionamento face às próximas eleições autárquicas, uma vez que
aproximando-se decisões essenciais, no que a listas diz respeito, era justo que
em primeira instância fosse a eles que comunicasse tal posicionamento.
Naturalmente que se espera de quem tendo exercido
as funções de Presidente do PS em Tomar, em 2004-5 e sido durante oito anos deputado
municipal, em 1994-97 e entre 2005 e 2009, estando actualmente a exercer as funções
de vereador, tenha sobre a questão autárquica uma posição de conhecimento sobre
a matéria e desassombrada de protagonismo ou qualquer necessidade infantil de
afirmação.
Também se espera de quem, tendo sido recentemente
eleito para os órgãos nacionais do PS, aí retornando ao fim dum hiato de 15
anos, exercendo ainda funções de membro da direcção distrital do PS, há quase
uma década, faça uma avaliação política global, acima de quaisquer vaidades
balofas deste ou daquele cargo, desta ou daquela função. Não é essa hoje, como
nunca foi, a minha praia!
De quem é dirigente político espera-se sempre, na minha humilde opinião, uma avaliação
estritamente política, baseada única e exclusivamente no interesse colectivo e
na convicção da escolha daqueles que em cada momento estão em melhores
condições para representar a comunidade. Disso se faz a ética republicana, sob
a qual eu jurei actuar no dia 24 de Outubro de 2009 quando tomei posse como
vereador na Câmara de Tomar. Disso se faz o serviço a Tomar e aos Tomarenses.
Disso se faz o serviço à causa republicana, laica e socialista, na qual eu me
movo, advogo e labuto por afirmar em todos os meus actos.
Nesse contexto, o reconhecimento de que existem
neste momento cidadãos de Tomar, independentes e militantes socialistas, melhor
posicionados para servirem o PS como seus vereadores na Câmara, liberta-me com
satisfação dessa obrigação ética que sentiria existir para continuar em tal
função, se tal não acontecesse. Felizmente e finalmente, diria mesmo, ao fim de
dez anos de árduo e afincado trabalho, onde tive o prazer de colaborar e por
vezes conduzir, o PS está em condições de apresentar uma lista à Câmara
suficientemente credível, forte política e tecnicamente, baseada no
conhecimento das matérias, da e das autarquias, da política e da sociedade,
dita civil, que me deixa confortado enquanto Tomarense e enquanto dirigente
político.
Assim, naturalmente que a minha experiência
continuará a estar ao serviço da política, no PS, na autarquia e em Tomar,
tendo sido isso que objectivamente transmiti aos meus camaradas dirigentes
locais, bem como à futura Presidente de Câmara de Tomar, Anabela Freitas e que
agora torno público.
A minha confiança de que a vitória de Tomar, como
corolário destes últimos dez anos de trabalho, se fará a partir de Outubro é
TOTAL. Creio que além de mim, também uma maioria
de Tomarenses, compreenderão e aceitarão que o tempo é de MUDAR e que Anabela
Freitas, por tudo o que é, como mulher, como mãe e, especialmente, como cidadã
livre que ama Tomar, a conduzirá com TRABALHO e BOM SENSO, para o lugar
que ela merece.
Por e para tudo isto, meus caros, ao
trabalho!