TOMAR - Luís Ferreira e as declarações de Bruno Graça: «Conjunto de disparates»
O aniversário da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais esteve em análise na recente edição do programa «Destaques do concelho», da Hertz. As comemorações dos 134 anos de vida ficaram marcadas pela ausência do presidente da Câmara Municipal de Tomar bem como dos vereadores, pelo que a designada mesa de honra ficou com um lugar vazio. Na ocasião, Bruno Graça, responsável máximo pela Sociedade, não poupou nas críticas aos políticos locais, afirmando mesmo que a Gualdim Pais é o «pato feio» da autarquia.
Luís Ferreira, um dos comentadores do «Destaques do concelho» e também vereador no município, referiu-se às declarações de Bruno Graça como «um conjunto de disparates». Aliás, Luís Ferreira, na condição de sócio da Gualdim Pais, diz ter ficado «envergonhado» com as afirmações: «Terá existido uma desconexão de agenda ou alguma falta de informação adequada, o que terá levado o senhor presidente a não estar presente ou a fazer-se representar em nome da autarquia. Parece ser o óbvio... Há que separar isto de outros dois factores, concretamente a Gualdim Pais enquanto instituição e a pessoa do Bruno Graça enquanto presidente. Aquilo que ele disse foi um conjunto de disparates! Conheço-o há quase trinta anos, lidei com ele como praticante da Gualdim Pais, tenho lidado com ele na política... A Gualdim Pais é claramente a maior instituição que temos no concelho de Tomar e que desenvolve um conjunto de actividades vastas, com resultados objectivos quer na área desportiva, cultural ou de apoio social. A instituição merece o reconhecimento e empenhamento de todos os tomarenses, dos titulares de órgãos políticos de Tomar, do distrito e do País. E isso tem que acontecido em todos os momentos. É mesmo a instituição do concelho de Tomar que tem sido mais tributária do apoio público, relativamente ao conjunto de actividades efectuadas. E de forma merecida, diga-se! E estamos a falar de actividades de interesse público. Mas isto não deve ser misturado com oportunismo partidário. Há cerca de dois anos, quando a CDU apresentou Bruno Graça como candidato, fui violentamente criticado por ter alertado para que se separasse o candidato Bruno Graça do presidente da Gualdim Pais. Sabemos bem como é que o Partido Comunista trabalha... coloca uma ou duas peças no seio de uma organização e vai condicionando o pensar e a forma de agir, entrando numa lógica de gueto. É claramente este o caso. É mentira que a Gualdim Pais seja ostracizada pelas entidades públicas. Sinto-me envergonhado com aquilo que o presidente da minha associação afirmou. Durante quatro anos na Assembleia Municipal chamei várias vezes a atenção para o facto de Bruno Graça misturar as coisas. Ou seja, misturava o papel de presidente da Gualdim Pais com o de líder da bancada do Partido Comunista Português. Isso é que não pode ser. A Gualdim Pais é muito mais do que a CDU, é muito mais do que o Bruno Graça, pelo que não pode ser misturada nesta lógica politico partidária mesquinha fora de sentido. Recordo-me bem que no ano passado, quando era vereador da Cultura e do Turismo. Há que perceber a inabilidade de alguns dirigentes de Associações, neste caso do Bruno Graça, que acaba por criar conflitos onde eles não existem. Decidimos dar vinte mil euros de apoio ao Tomarimbando e, este ano, foi exactamente o mesmo apoio. Mas decidimos ainda integrar isso numa estratégia de promoção de Tomar a partir do Tomarimbando. Enquanto vereador, acordei com o Bruno e com outros elementos da direcção que iria tentar encontrar outros apoios. Só que o Bruno, numa lógica comunista pura e dura e de um oportunismo brutal, como eu não consegui encontrar o conjunto de apoios, ele fez um levantamento de rancho, foi para uma reunião pública de Câmara acusar a autarquia porque não cumprira aquilo que tinha prometido. Este tipo de atitude tem que terminar. Ele não pode continuar a agir como se a Câmara ou as Juntas de Freguesia ou o Governo da República tivessem uma dívida de gratidão para com a sua pessoa e para com o Partido Comunista. Mas a Gualdim Pais é muito mais do que isto. Aliás, 90% das pessoas que dirigem e que se empenham nestas últimas décadas nada têm a ver com o Partido Comunista. Isto é oportunismo partidário do mais baixo! Não podemos estar como se tivéssemos que nos vergar e fazer vénias cada vez que o Bruno Graça passa na rua... De uma vez por todas, está na altura do senhor Bruno Graça perceber qual é o papel dele. Eu compreendo qual é o trauma dele... Ele queria ser eleito vereador da CDU mas não conseguiu e ficou ressabiado. Ficou convencido que seria vereador da Cultura. Bruno Graça excedeu-se e devia pedir desculpa aos tomarenses e aos sócios da Gualdim Pais. Aquilo que ele disse envergonha-nos a todos». António Cruz, por sua vez, considerou lamentável essa ausência de representantes da Câmara Municipal, pelo que conferiu entendimento às palavras fortes proferidas por Bruno Graça. O comentador do «Destaques do concelho» falou mesmo em descoordenação dos serviços municipais: «É lamentável que não tenha havido registo para a presença de um representante da autarquia nessa cerimónia. Nesse sentido, temos naturalmente que entender o tom agreste, magoado e sentido das afirmações do engenheiro Bruno Graça. Nota-se, aqui, uma descoordenação total nos serviços municipais e da autarquia, em concreto. Tem que haver ligeireza de processos. O município, quer queiramos quer não, não tem política relativamente ao associativismo nem a apoios às associações. Tudo isto é lamentável».
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