Num momento de crise internacional, o PSD nacional opta por um extremismo de pura "revanche" ideológica, esquecendo a sua responsabilidade em prol do País.
Aguiar Branco, introduziu ontem no debate parlamentar, de uma forma rude e muito pouco comum no debate político nacional, o que considero ser o maior ataque ao equilibrio democrático, alguma vez feito por um dirigente nacional de um partido em Portugal.
Ao considerar que o primeiro Ministro irá passar a vergonha de ser demitido, mais não está do que a dizer que o PSD não só quer em 2011 uma crise política, a somar à crise financeira e económica, como quer "pisar" o primeiro ministro socialista, como se este não tivesse sido há um ano atrás eleito para Governar.
Esta atitude da direita portuguesa não é nova.
Já nos anos oitenta, com a AD (1979-83), foi essa a sua atitude: perseguir e procurar fazer a "revanche" da revolução do 25 de Abril. Cavaco Silva, especialmente depois da sua segunda maioria absoluta (1991-95), fez exactamente o mesmo: forte ataque às liberdades individuais e tentativa de calar os socialistas e todos os que se oposessem à sua deriva ultra-liberal.
Nesses tempos valeu quase tudo: as ameaças, as perseguições, o assédio moral, os despedimentos, o silenciamento na comunicação social. Esta direita retrógrada é assim: fascista no seu íntimo, liberal nos seus modos!
Esta direita, hoje comandada pelos ultra-liberais da direcção política de Passos Coelho, mais não faz do que de forma oportunista tirar partido das dificuldades porque todos os portugueses passam, motivadas pela maior crise financeira desde a grande depressão dos anos 30 do século XX. E isso não é sério!
E convém recordar, que este caldo de cultura, crise financeira, crise económica, extremismo político, deu lugar à instauração de muitas ditaduras no mundo ocidental, onde a ditadura de Hitler foi apenas a mais visível delas.
Este parece ser o caminho desejado e a seguir por esta nova direita, ultra-liberal, que pretende apenas criar mais pobres, para assim os explorar melhor.
Sinceramente nunca pensei ver o PSD em Portugal a fazer este perigoso caminho.
Tal vai obrigar, aos que se situam à esquerda da indiferença, a tomar outro tipo de atitude e de medidas, porque o que está já em causa é mesmo a democracia e a liberdade. E não digam que estou a exagerar, porque entrar em negação não afasta esta gente, apenas lhes dá mais força!
Não gostava de ver o que só conheci em filmes e livros: o terrível Fascismo que se viveu em Portugal entre 1926 e 1974.
Os meus filhos não merecem que eu deixe que esta gente leve, de novo, a melhor! Eles têm o direito de vir a viver em liberdade!
E os seus merecem?
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