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1.1.10

No rescaldo da primeira década do Sec.XXI

A questão central que diz que o Presidente colocou no seu discurso de ontem, não é de estranhar.
Não o fez pelas mesmas razões que quem defende uma política mais libertária e afirmativa o faz: fá-lo por taticismo bacoco, por pérfido oportunismo eleitoralista, na melhor senda do que foi a sua governação liberal de Protugal durante os 10anos entre 1985 e 1995.

Mas efectivamente é cada vez mais notório que a completa cegueira em que a Direcção Nacional do PS vive, só pode terminar em desgraça. A sua incapacidade para entender o novo status quo, advindo de uma minoria parlamentar, devia ter dado lugar, logo a seguir às eleições, a um acordo para a Governação que garantisse uma maioria estável.

As questões relacionadas com a estabilidade política, sem desaparecimento das divergências de opções perfeitamente naturais, entre Partidos distintos e também dentro dos Próprios Partidos são, quanto a mim, o Sal da Democracia.

A opção do PS deveria ter sido: MAIORIA PARA GOVERNAR.
Ao não o ter feito e ao invés, ter escolhido os piores protagonistas possiveis para o fazê-lo no palco Parlamentar, onde precisamente seria necessário capacidade de negociação e não a "Lei da Retórica Maioritária", o PS optou pelo confronto que, inteligentemente, havia optado por não ter durante os meses que antecederam as eleições.

E no quadro Parlamentar só há um agrupamento político que permitirá que o PS se afirme como Partido de Governação, de um País do 1ºMundo e não de uma democracia popular "à lá Chavez": o CDS/PP.

É que hoje, na segunda década do Sec.XXI, ser de esquerda, não significa sermos cegos e parvos: a justiça social cumpre-se com desenvolvimento económico e não com políticas económicas suicidárias, como sejam as propaladas pelos Partidos à nossa esquerda.

Com Sindicatos do Sec.XIX e Partidos do Sec.XX não se pode constuir a sociedade virtual e solidária do Sec.XXI, essa é que é essa.