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16.3.19

Programas genéricos de TV sobre casamentos: o que está mal?

As TV's generalistas - e não só, têm nos últimos tempos promovido vários formatos de programas de entretenimento, tendo por base as relações humanas, naquilo que poderíamos definir como a promoção do casamento, das relações ou, de forma mais ligeira, o contacto real entre pessoas.

Fruto do tempo em que as redes sociais retiraram às famílias, às pessoas, aos grupos de amigos, o papel que ainda há uma década tiveram, os formatos explorados pelas TV's em nada espantam e, na linha de formatos do tipo "Big Brother", já com duas décadas, prendem o espetador durante horas acompanhando a telenovela da vida, mais ou menos, real das pessoas, travestidas de personagens televisivas.

Há uns anos um estratega americano - James Carville,  na tentativa de explicar a coisa simple de que se em ano eleitoral a economia crescer isso favorece literalmente quem está no poder, estabeleceu a célebre frase: é a economia estúpido. Aqui, mutatis mutantis, podemos dizer: é a sociedade estúpido.

Isto porque, vá-se lá saber porque carga de água, andam por aí umas excitadinhas feministas fora de tempo e contexto, a vociferar contra estes programas, estabelecidos de forma voluntária entre os participantes, e tendo audiências, movimentando a economia, sem ferir os direitos consagrados na Carta dos (hoje denominados) Direitos da Humanidade e, bem assim, na Constituição.

Isto é como, quase, tudo na vida: quem não gosta não vê, quem não se interessa, não assiste.

Este modelo televisivo, que explora os sentimentos humanos, colocando a Humanidade (os homens e as mulheres), perante os seus dramas reais, imaginados ou teatralizados, é o pão nosso de cada dia. Seja, no interior de um carro, durante uma viagem, num jantar, num café ou numa visita de trabalho a uma empresa - que até pode ser a uma quinta. Homens e mulheres interagem, procuram-se, flirtam, por vezes interessam-se e as relações estabelecem-se. Qual o mal?

Eu, pessoa simples, que gosta do que é natural, acho espantoso que muitos se sujeitem a esta exposição mediática, mas sempre é melhor que as virtualidades das redes sociais e das plataformas de encontros casuais que proliferam na internet. Aqui, é real, direto e permite-nos perceber melhor o que cada um busca na vida. No fundo trata-se de ver a vida como ela é: humana!

E não simpatizo nada com as doentes feministas, como não simpatizo com os retrógrados machistas. Tudo tem o seu espaço e o seu tempo. Especialmente o bom senso. E, aqui simplesmente as pessoas procuram o mais simples do mundo: ser felizes!

E siga o baile!

Bilbiografia:
Posição do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas sobre os programas