PS - 5.479 (27,6%), Presidente Anabela Freitas, vereadores Rui Serrano e Hugo Cristóvão
PSD - 5.198 (26,1%), vereadores Carlos Carrão e João Tenreiro
IpT - 3.094 (15,6%), vereador Pedro Marques
CDU - 1.827 (9,2%), vereador Bruno Graça
MPT - 1.369 (6,9%)
BE - 585 (2,9%)
CDS - 560 (2,8%)
Brancos - 940 (4,7%)
Nulos - 834 (4,2%)
Vitórias PS nas freguesias de Além da Ribeira, Asseiceira, Madalena, Beselga, S.João Baptista e Sabacheira.
Assembleia Municipal
PS - 5.416 (27,2%), 7 deputados municipais
PSD - 5.353 (26,9%) , 7 deputados municipais
IpT - 3.450 (17,3%), 4 deputados municipais
CDU - 1.949 (9,8%), 2 deputados municipais
BE- 929 (4,7%), 1 deputado municipal
CDS - 732 (3,9%)
Assembleias de Freguesia
Além da Ribeira/Pedreira (PSD) - 3PSD, 2PS, 2indp, 2CDU
Casais/Alviobeira (PSD) - 5PSD, 2IpT, 2PS
Asseiceira (PS) - 5PS, 3PSD, 1IpT
Carregueiros (PSD) - 5PSD, 2IpT, 1CDU, 1PS
Madalena/Beselga (PS) - 5PS, 2PSD, 1IpT, 1CDU
Olalhas (PSD) - 6PSD, 3PS
Paialvo (CDU) - 4CDU, 3IpT, 1PS, 1PSD
Tomar (PS) - 5PS, 5PSD, 2IpT, 1 CDU
S.Pedro (PSD) - 6PS, 3PSD
Sabacheira (PS) - 4PS, 3PSD
Serra/Junceira (IpT) - 6IpT, 3PS
Nestes resultados destaca-se o forte crescimento do PS nas freguesias de Asseiceira e na Cidade de Tomar, bem como o equilíbrio de votos entre a votação na Câmara e Assembleia Municipal.
Só o PS e a CDU subiram de forma significativa, em percentagem, e com menor expressão em número de votos, uma vez que votaram menos cerca de 2.800 cidadãos e houve a duplicação dos votos nulos e brancos, seguindo aliás a média nacional a esse nível.
Com uma Câmara governável apenas em acordo do PS com um ou mais forças políticas presentes, à exceção do PSD, como sempre Anabela Freitas afirmou e uma Assembleia Municipal, basicamente ingovernável, os fortes desafios que se colocam à Presidente Anabela Freitas serão, naturalmente, o conseguir alcançar os necessários equilíbrios para evitar que a catástrofe económica que se avizinha acontecer em Tomar, seja mitigada pela arte e saber dos seus autarcas.
Um PSD derrotado em toda a linha, que perde a cidade e uma das três terceiras freguesias que detinha, ficando o PS responsável pela gestão direta de dois terços dos tomarenses (Cidade, Madalena-Beselga, Asseiceira e Sabacheira), é um partido que esgotadas as soluções para o Concelho sai, perdendo a confiança de mais de 2.600 eleitores (cerca de 8% dos votantes). Nem com Vitor Gil (em 1993), a última vez que o PSD perdera umas eleições para a Câmara de Tomar, o resultado foi tão fraco, tendo tido na altura mais de 33%, ou mesmo quando o PS lhe ganhou em 1989, após uma década de domínio da AD e do PSD, quanto Bento Batista tinha tido cerca de 29%.
A estratégia desenhada pelo PS, desde há largos anos, valorizando e investindo na qualificação dos seus quadros políticos, no conhecimento dos dossiers e do aprofundamento do conhecimento dos problemas concretos das pessoas e da busca das melhores soluções, teve pleno sucesso e um mérito que deve ser repartido, não só por aqueles que foram agora eleitos, mas por todos os que, especialmente nos últimos 10 anos, muito trabalharam e deram partes significativas das suas vidas, para que esta tenebrosa noite no desenvolvimento de Tomar terminasse, pelo menos agora por quatro anos.
O futuro dirá se a escolha foi acertada e se, os agora executantes escolhidos pelo povo, têm as unhas devidas e necessárias para tocarem a guitarra do poder. O desafio é imenso e a recompensa e reconhecimento expectável muito pequeno. Mas Tomar merece-nos!