Depois foi a "Inspeção de Trabalho", atual ACT, que para poupar 3.000€ de rendas mensais nas duas instalações da corredora, desenvolveram mais uma chantagem do género "ou vocês pagam ou vamos embora", numa reunião com a anterior vereação tida em Lisboa, onde eu me recusei a estar, por motivos óbvios.
Um governo que rouba aos aposentados e pensionistas, que confisca a sobrevivência aos viúvos e das viúvas, que fecha tribunais e finanças, corta no abono de família às crianças, e fecha administrativamente freguesias, sem poupar um cêntimo com tal, merece que as câmaras municipais lhe façam o quê? Que colaborem no assalto institucional?
Então no caso da ACT, se o senhor Inspetor Geral está tão preocupado em poupar dinheiro do seu orçamento, em lugar de se vir pendurar em "borlas" das autarquias, pode começar por prescindir do seu acréscimo remuneratório, que ele e os seus sub-inspectores gerais recebem, além de uma remuneração principesca de Inspeção de Alto Nível, acréscimos esses que quase ascendem a 5.000€ por mês. Ora tenham um pouco de vergonha!
Felizmente que a Presidente da Câmara de Tomar está a começar a por os pontos nos iiss...
A notícia é da Rádio Hertz e o aplauso é geral: é assim mesmo, Anabela!
TOMAR – Anabela Freitas não está disposta a ceder instalações gratuitas à ACT
Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, pretende que a Autoridade para as Condições do Trabalho pague uma renda mensal face à futura utilização das instalações que estão situadas na Alameda Um de Março, onde esteve a Polícia Judiciária. O espaço em causa está a ser alvo de remodelações com o propósito de instalar os serviços que, nesta altura, estão ainda na rua Serpa Pinto (Corredoura), sendo que o executivo liderado por Carlos Carrão tinha chegado a acordo com a ACT para uma utilização gratuita.
Anabela Freitas, entrevistada pela Hertz, considera que o Governo está a fazer «chantagem» com o Município, obrigando-o a assumir os custos na totalidade sem qualquer retorno directo, isto senão quiser que os serviços da Autoridade saiam da cidade. Nesse sentido, confessou-nos a autarca, as obras vão continuar mas está em marcha um pedido de reunião com o Inspector-geral da ACT para que a posição da presidente seja vincada: «Vamos continuar a fazer as obras mas vou pedir uma reunião com o senhor Inspector-geral no sentido. A indicação que tenho dos serviços centra-se no facto de não ter sido assinado qualquer contrato com a ACT. Sim senhora, o Município pode facultar instalações mas deve receber uma renda. Considero que é uma chantagem por parte da administração central estar a ameaçar que os serviços se vão embora. Quer dizer, o Município, que tem cada vez menos transferências de verbas da administração central, tem agora que assumir custos de obras para que a ACT fique por cá instalada, sem um retorno directo é algo que não merece a minha concordância. Por isso, vamos tentar renegociar esta questão. Se o senhor Inspector-geral der um parecer que, afinal, podem pagar uma renda de mil a mil e quinhentos euros, será algo de positivo, será um ganho. Caso contrário, teremos que ir junto das Finanças. Esta é uma questão que terá que ser discutida entre todos mas a minha intenção é não ceder».