Está prestes a terminar o triste folhetim de 16 anos
que Tomar tem vivido, com consequências notórias no prejuízo da vida de cada Tomarense
que vai resistindo a viver no nosso Concelho. Tendo hoje menos mil habitantes do
que há dois anos e cerca de 5000 a menos do que há uma década, o Concelho de
Tomar tem sobrevivido entre vários disparates na gestão municipal, em que o
caso do Mercado é um evidente exemplo; verdadeiros assaltos ao erário público,
como a peripécia do parque de estacionamento atrás da Câmara; e níveis de
subserviência aos desmandos dos Governos, como o episódio do Hospital de Tomar.
Tendo como epicentro da nossa situação
o, ainda, presidente da Assembleia Municipal, Miguel Relvas – verdadeiro arquiteto
da destruição de valor que Tomar tem sentido – com os excecionais serviços
prestados sucessivamente por Paiva, Corvelo e agora Carrão que nos levaram a
esta realidade. Aos desmandos autocráticos de um, sucedeu a fina inutilidade de
outro, logo seguida pela evidente inépcia do último.
De Carlos Carrão, com quase 16 anos de
responsabilidade na Câmara de Tomar, são desconhecidos qual ou quais os
contributos, melhorias ou apontamento de quaisquer estratégias, bem como a
resolução concreta de problemas graves, que tenha conseguido produzir. Sabe-se
do seu seguidismo em relação ao Governo, a sua fidelidade quase cínica a Miguel
Relvas, ora como Secretário-geral do PSD, ora como Secretário de Estado das
autarquias locais em que não cumpriu a Lei de financiamento perante as mesmas,
ora como Ministro da extinção de 10 das nossas 16 Freguesias, – de que Carrão é
mais do que cúmplice – entre outras façanhas com que nos brindou nos últimos
dois anos.
Da dívida de 35 milhões de euros, com
uma dívida a fornecedores sempre no vermelho de milhões e com pagamentos a
cerca de 200 dias, quando a lei estipula um máximo de 90, Carlos Carrão,
vereador responsável há 16 anos pelas finanças da autarquia nada diz e pouco
faz.
Da aprovação do ruinoso negócio com a
ParqueT, com o seu voto inicial, em 2000, ao seu voto final para pagamento de
6,5 milhões de euros em 2011, acrescido do ilegal pagamento mensal de 100.000€
realizado durante todo o ano de 2012, Carlos Carrão, na sua “inatacável” gestão
colado ao Governo, pelo serviço à delapidação e empobrecimento do Estado e do
Município, tem seguido incólume até hoje.
E que dizer daquele que sendo o
vereador da Obras Municipais, deixou chegar o Mercado ao estado que todos
conhecemos, deixando-o encerrar em Julho de 2010, mesmo após a Câmara em
Novembro de 2009 ter aprovado por unanimidade obras de emergência para o evitar
e, hoje quase três anos depois continua o mesmo fechado, sem qualquer
intervenção?
Carlos Carrão, o militante social-democrata,
há menos de um ano candidato derrotado a líder da secção local sem apelo nem
agravo por uma nova geração de políticos, salvo pelo Governo a manter-se mesmo
assim, pasme-se, como candidato a Presidente da Câmara. Quem não é reconhecido
pelos seus para gerir uma simples secção do partido, como pode ser acolhido pelos
cidadãos para gerir um Município?
E, na defesa do Governo, pela inércia objetiva
e notória na questão da sucessiva destruição do Hospital em Tomar, Carlos
Carrão não é, nem o candidato dos sociais-democratas em Tomar, nem dos
Tomarenses, mas sim e apenas do Governo.
Deste Governo. De Relvas. Como eles,
um inepto, portanto!