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13.4.10

Tomada de posse da Confederação das Colectividades (2010-13) foi em Tomar, onde se evovou a República

Tomar acolheu Confederação de Colectividades de Cultura e Recreio
Concelho com uma dinâmica associativa relevante, Tomar foi o palco ideal para o encontro nacional da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, que incluiu a tomada de posse dos novos dirigentes e a assinatura de um protocolo com o município.
Os representantes de dezenas de colectividades de todo o país chegaram a Tomar de manhã, tendo sido recebidos nos Paços do Concelho após o que efectuaram uma visita cultural ao centro histórico.

À tarde, no Salão Nobre, a cerimónia começou com a tomada de posse dos actuais dirigentes. Seguiu-se a assinatura de um protocolo entre a Confederação e a Câmara Municipal de Tomar com vista à formação de dirigentes associativos. Este protocolo terá efeitos para todas as colectividades concelhias, sejam ou não associadas da Confederação.

Presença especial foi a da Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Elza Chambel, que salientou a importância do voluntariado na vida das colectividades, “é isso que vós fazeis no terreno” e mostrou a sua confiança no êxito de 2011 como Ano Europeu do Voluntariado: “creio que todos em conjunto podemos dar a volta a este país e fazer do Ano Europeu do Voluntariado não apenas mais um ano internacional” mas um acontecimento verdadeiramente marcante.

O presidente da Câmara de Tomar, Fernando Corvêlo de Sousa, por seu lado, considerou o movimento associativo como algo importantíssimo até porque “seguramente que o movimento associativo e todas as colectividades têm um papel fundamental para a escola da democracia”.

Quanto a Augusto Flor, presidente da Direcção da Confederação, que exaltou o trabalho de todos quantos dão muito do seu tempo ao movimento associativo, este constitui um património social generalizado, tendo frisado que “ontem, hoje e no futuro, Portugal é bem melhor porque existe o movimento associativo popular”.

O encontro terminou com uma evocação do centenário da República, princípio que a Confederação elegeu como prioritário para todas as reuniões deste ano. Começou por usar da palavra, neste ponto, o vereador Luís Ferreira, responsável pelo pelouro da Cultura na Câmara de Tomar, e que frisou a importância histórica do republicanismo em Tomar, citando algumas das suas figuras ímpares que passaram pela cidade como Antero de Quental ou Nobre da França (avô de José-Augusto França). Lembrando que também na história da Confederação Tomar deixou a sua marca, com as duas primeiras associadas do distrito a serem a Sociedade Filarmónica Gualdim Pais e a Sociedade Banda [então Real] Republicana Marcial Nabantina, o vereador concluiu que “é necessário em cada tempo voltar a propalar esses grandes valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade”.

Por fim, abordou este assunto o presidente da Mesa do Congresso da Confederação, Barbosa da Costa, que lembrou como os tempos de privação de liberdade funcionam como viveiros, notando que os anos do fascismo “foram a incubadora das colectividades”, salientando que “o poder tem de emergir de novo do povo, mas tem que ser o povo efectivamente a exercer esse poder”.