No rescaldo das Eleições Autárquicas do passado dia 9 de Outubro, apesar do não cumprimento dos objectivos a que o PS se tinha proposto, ficou o mesmo com a responsabilidade que lhe advém de ter 57 autarcas eleitos (Presidentes de Junta incluídos), exactamente o mesmo número de autarcas que detinha anteriormente.
Tal aconteceu num contexto diferente daquele em que se disputaram as anteriores eleições de 2001, com o aparecimento em Tomar de uma Lista de Independentes, onde pontuaram o ex-Presidente da Autarquia Pedro Marques e o ex-Vereador Rosa Dias, num momento nada fácil para o PS, que perdeu no Distrito e no País cerca de 1,5% dos votos entre 2001 e 2005, em virtude das políticas impopulares que o seu Governo tem sido obrigado a tomar, de forma a tentar repor o equilíbrio das finanças públicas, depois de 3 anos de completo desnorte da governação PSD-PP.
Mas se as condições externas imperaram no resultado obtido, não pode a Direcção local do PS escamotear a sua responsabilidade pela dificuldade que teve na passagem da mensagem do Projecto que o PS tem para o Concelho. Aliás, poder-se-á dizer mesmo que tal seria completamente irrelevante para a generalidade dos cidadãos, porque a lista mais votada para a autarquia (PSD) nem sequer Programa Eleitoral apresentou.
Perante tal facto anómalo na Democracia só pode o PS tirar a seguinte conclusão: é indiferente para a generalidade dos votantes o facto das Listas de candidatos terem um Projecto, terem um Programa de actuação, terem uma visão estratégica para o futuro colectivo.
O PS aprendeu muito com estas eleições e assumirá as responsabilidades em todas as autarquias do Concelho onde tem eleitos (só não elegeu ninguém na Freguesia da Pedreira, apenas por 1 voto), de forma a continuar a desenvolver o seu Projecto Político que passa na generalidade por centrar o desenvolvimento sustentável do Concelho, na captação de investimento privado para o Concelho, de forma a potenciar a criação de empregos e a fixação de população.
O PS aprendeu que pouco poderá fazer pelo futuro do Concelho de Tomar se, por um lado, a generalidade dos simpatizantes do PS não se reconhecerem nas Listas de candidatos e, por outro, a população não passar a ter uma atitude mais activa na vida social e política do Concelho.
Há, por isso, uma responsabilidade partilhada entre os titulares dos cargos políticos e os eleitores: se, por um lado, aos políticos compete ter uma Visão, uma Estratégia e saber decidir a contento do interesse público, aos eleitores compete não se alhearem permanentemente das decisões que dia a dia são tomadas pela Câmara e pelas Juntas de Freguesia.
Só a título de exemplo falemos da malfadada revisão do PDM e da Ponte do Flecheiro. A revisão do PDM, aprovado pelo executivo liderado por Pedro Marques e feito de forma torpe e errada, como aliás na altura referi na Assembleia Municipal, manteve-se durante oito anos de gestão PSD inalterado na sua essência, tendo como consequência a debandada geral de cidadãos do Concelho, com especial incidência na zona rural do Concelho. A isto fez António Paiva ouvidos de mercador durante oito anos, não sendo espectável que após mais um “cheque em branco” dado pelo eleitorado, mude a sua postura. Aqui a responsabilidade do PS será a de propor nos órgãos devidos as alterações que considere oportunas para cumprir o seu objectivo estratégico: facilitar o investimento e a fixação de população.
Sobre a Ponte do Flecheiro, teimosamente argumentada como imprescindível por António Paiva desde o seu primeiro mandato, está cada vez mais perto de se concretizar, visto que está inserida no Plano de Pormenor já aprovado no contexto do Polis. Só uma atitude cívica de franca oposição a tal obra, com o apoio dos Partidos da Oposição, poderá obviar a tal disparate de gasto de dinheiros públicos, aumentado a degradação da qualidade de vida na Cidade de Tomar. Mas aqui também António Paiva tem a sua legitimidade aumentada pela votação maioritária obtida. Ao PS, na Câmara, Assembleia e Juntas da Cidade, caberá tentar, com o apoio da população, fazer valer os seus pontos de vista, que passam pela construção prioritária de duas pontes: uma a Norte, na zona da Arrascada, ligando à Fábrica de Fiacção e Chorumela, e outra a sul na zona de S.Lourenço, ligando a Marmelais.
Para que tudo isto seja possível, tem o PS que mudar também a sua atitude, sendo oposição firme, com propostas concretas e alternativas aos disparates quase sempre propostos por António Paiva, conciliando sempre que possível as suas propostas com os outros grupos de oposição nas Juntas de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal e apelando à responsabilidade na coesão de toda a família socialista, o que tem sido impossível desde há cerca de dez anos.
Para estes e outros desafios, estão a Direcção do PS e os autarcas eleitos disponíveis, assim o queiram os militantes do PS, os restantes grupos de oposição e a população em geral.
A prossecução do interesse público, único pelo qual nos movemos, terá da parte do Presidente e da Direcção do PS a determinação e o empenho que nos tem sido reconhecido por todos, ao longo dos últimos 18 meses.
Esta síndrome de responsabilidade, queremos nós, deverá irmanar todos os que em Tomar ainda não desistiram de lutar por uma sociedade mais justa, mais livre, mais solidária, onde as decisões sejam tomadas com isenção, justiça e honra.
Foi para isto que viemos.
É para isto que vamos continuar a trabalhar.
Solidariamente, consigo!
Luís Ferreira
Presidente do PS de Tomar
e Deputado Municipal
Tal aconteceu num contexto diferente daquele em que se disputaram as anteriores eleições de 2001, com o aparecimento em Tomar de uma Lista de Independentes, onde pontuaram o ex-Presidente da Autarquia Pedro Marques e o ex-Vereador Rosa Dias, num momento nada fácil para o PS, que perdeu no Distrito e no País cerca de 1,5% dos votos entre 2001 e 2005, em virtude das políticas impopulares que o seu Governo tem sido obrigado a tomar, de forma a tentar repor o equilíbrio das finanças públicas, depois de 3 anos de completo desnorte da governação PSD-PP.
Mas se as condições externas imperaram no resultado obtido, não pode a Direcção local do PS escamotear a sua responsabilidade pela dificuldade que teve na passagem da mensagem do Projecto que o PS tem para o Concelho. Aliás, poder-se-á dizer mesmo que tal seria completamente irrelevante para a generalidade dos cidadãos, porque a lista mais votada para a autarquia (PSD) nem sequer Programa Eleitoral apresentou.
Perante tal facto anómalo na Democracia só pode o PS tirar a seguinte conclusão: é indiferente para a generalidade dos votantes o facto das Listas de candidatos terem um Projecto, terem um Programa de actuação, terem uma visão estratégica para o futuro colectivo.
O PS aprendeu muito com estas eleições e assumirá as responsabilidades em todas as autarquias do Concelho onde tem eleitos (só não elegeu ninguém na Freguesia da Pedreira, apenas por 1 voto), de forma a continuar a desenvolver o seu Projecto Político que passa na generalidade por centrar o desenvolvimento sustentável do Concelho, na captação de investimento privado para o Concelho, de forma a potenciar a criação de empregos e a fixação de população.
O PS aprendeu que pouco poderá fazer pelo futuro do Concelho de Tomar se, por um lado, a generalidade dos simpatizantes do PS não se reconhecerem nas Listas de candidatos e, por outro, a população não passar a ter uma atitude mais activa na vida social e política do Concelho.
Há, por isso, uma responsabilidade partilhada entre os titulares dos cargos políticos e os eleitores: se, por um lado, aos políticos compete ter uma Visão, uma Estratégia e saber decidir a contento do interesse público, aos eleitores compete não se alhearem permanentemente das decisões que dia a dia são tomadas pela Câmara e pelas Juntas de Freguesia.
Só a título de exemplo falemos da malfadada revisão do PDM e da Ponte do Flecheiro. A revisão do PDM, aprovado pelo executivo liderado por Pedro Marques e feito de forma torpe e errada, como aliás na altura referi na Assembleia Municipal, manteve-se durante oito anos de gestão PSD inalterado na sua essência, tendo como consequência a debandada geral de cidadãos do Concelho, com especial incidência na zona rural do Concelho. A isto fez António Paiva ouvidos de mercador durante oito anos, não sendo espectável que após mais um “cheque em branco” dado pelo eleitorado, mude a sua postura. Aqui a responsabilidade do PS será a de propor nos órgãos devidos as alterações que considere oportunas para cumprir o seu objectivo estratégico: facilitar o investimento e a fixação de população.
Sobre a Ponte do Flecheiro, teimosamente argumentada como imprescindível por António Paiva desde o seu primeiro mandato, está cada vez mais perto de se concretizar, visto que está inserida no Plano de Pormenor já aprovado no contexto do Polis. Só uma atitude cívica de franca oposição a tal obra, com o apoio dos Partidos da Oposição, poderá obviar a tal disparate de gasto de dinheiros públicos, aumentado a degradação da qualidade de vida na Cidade de Tomar. Mas aqui também António Paiva tem a sua legitimidade aumentada pela votação maioritária obtida. Ao PS, na Câmara, Assembleia e Juntas da Cidade, caberá tentar, com o apoio da população, fazer valer os seus pontos de vista, que passam pela construção prioritária de duas pontes: uma a Norte, na zona da Arrascada, ligando à Fábrica de Fiacção e Chorumela, e outra a sul na zona de S.Lourenço, ligando a Marmelais.
Para que tudo isto seja possível, tem o PS que mudar também a sua atitude, sendo oposição firme, com propostas concretas e alternativas aos disparates quase sempre propostos por António Paiva, conciliando sempre que possível as suas propostas com os outros grupos de oposição nas Juntas de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal e apelando à responsabilidade na coesão de toda a família socialista, o que tem sido impossível desde há cerca de dez anos.
Para estes e outros desafios, estão a Direcção do PS e os autarcas eleitos disponíveis, assim o queiram os militantes do PS, os restantes grupos de oposição e a população em geral.
A prossecução do interesse público, único pelo qual nos movemos, terá da parte do Presidente e da Direcção do PS a determinação e o empenho que nos tem sido reconhecido por todos, ao longo dos últimos 18 meses.
Esta síndrome de responsabilidade, queremos nós, deverá irmanar todos os que em Tomar ainda não desistiram de lutar por uma sociedade mais justa, mais livre, mais solidária, onde as decisões sejam tomadas com isenção, justiça e honra.
Foi para isto que viemos.
É para isto que vamos continuar a trabalhar.
Solidariamente, consigo!
Luís Ferreira
Presidente do PS de Tomar
e Deputado Municipal