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15.4.22

É destes espíritos livres que Portugal se fez...

Um Homem que devemos homenagear, reconhecidamente.

Um dos que ajudou a construir o nosso edifício democrático, aquele que garante a Paz na nossa terra e faz de Portugal um dos poucos sítios livres do mundo.
Obrigado


António Maldonado Gonelha era o que Natália Correia descrevia como um “aristocrata do espírito”, tal a nobreza do seu carácter e o respeito que expressava pelo seu semelhante. No entanto, estava longe de ter nascido em “berço de ouro”, pelo contrário, tinha sido operário, eletricista, a quem coube subir a pulso a íngreme e estreita escada social. Fê-lo à custa de trabalho árduo e de uma superior inteligência, que lhe é commumente reconhecida por amigos e adversários políticos, que também os teve, especialmente quando se bateu contra a unicidade sindical e a tentativa de impôr o chamado “socialismo real”, que chocava com a realidade propriamente dita.

Na política cumpriu à risca o “cursus honorum”: foi deputado, subsecretário de Estado, secretário de Estado e ministro. Sempre ao lado de Mário Soares.

Morre aos 86 anos um dos últimos “soaristas”, dignos desse nome.