Neste momento no meu Concelho já todos os pelouros estão entregues, organizados e em ação, apenas distribuídos entre os eleitos do PS, o que é absolutamente legítimo.
À exceção da junta urbana e na de Paialvo, onde não havia maioria, o PS numa acordou com o BE (com acordo escrito e ida para o executivo) e noutra com o CDS (só para viabilizar o executivo), descartando o seu anterior aliado que a nível concelhio lhe deu sustentação no anterior mandato, com acordo escrito é válido para todo o Concelho: a CDU.
Tendo ganho a Câmara, apenas por 5,7% (40,2 contra 34,5), quando em todo o Distrito o PS conseguiu vitórias por mais de 20%, mesmo em Constância onde ganhou pela primeira vez, o PS não percebe o que se passa em Tomar e as razões pelas quais teve o pior resultado das suas 13 vitórias distritais e abaixo dos 43% que seriam o somatório PS+Pedro Marques...
A liderança PS na Câmara, aposta tudo na bipolarização, sem o golpe de asa de quem, sabendo o que faz e com uma liderança sustentada, quando em maioria distribui pelouros pela oposição, mesmo não necessitando do seu voto, envolvendo dessa forma os demais eleitos no esforço diário da governação e assim, demonstrando a sua capacidade de liderar e obter o melhor de cada um para o desenvolvimento do Município. Se cumprissem, os ganhos seriam sempre para quem lidera, se falhassem, seriam prejudicados na eleição seguinte.
Historicamente líderes fortes e a sério, de Concelhos tão distintos como Rio Maior (com Silvino Sequeira - PS) ou Tomar (com António Paiva - PSD), os quais o souberam fazer. E em vários mandatos.
Bem. Mas isso eram líderes políticos que não tinham medo da sombra e sabiam para onde conduzir os seus Concelhos. Mesmo que não concordemos com o "sítio" para onde nos conduziram, como é o meu caso em relação a Antonio Paiva (PSD) 1998-2006, essa era a atitude inteligente a fazer no atual caso em Tomar.
Infelizmente para nós, continuaremos a ser governados por gente menor, sem dimensão de Estado, e sem capacidade para conduzir sem ver para além do capô do carro.
E, sempre, sempre à pendura...
Tomar merece isto?