Subordinado ao título “O António ganhou as eleições à Maria”, O MIRANTE publicou um artigo em que o seu autor faz uma crítica aos candidatos que disputaram as eleições para a federação distrital de Santarém do PS visando, especialmente, o deputado António Gameiro que, no seu entender, “é um dirigente local sem responsabilidades autárquicas dignas de registo”, “é um advogado como muitos outros que pululam na Assembleia da República à espera de um lugar ao sol”, “fez o lançamento de um livro com tanta vaidade e cagança como nunca se vira antes” “é um sujeito do PS que só perde tempo com questões regionais quando lhe sobra tempo” e “é daqueles que é capaz de dar um mergulho no Tejo ou no Zêzere mas a sua praia é a do Guincho”. Tudo isto em contraponto com a outra candidata, Maria do Céu Albuquerque, presidente da câmara municipal de Abrantes e da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo que, ainda segundo o artigo, faz “mais trabalho num dia que um deputado da nação num mês”. E por este e outros atributos deveria ter ganho aquelas eleições. Só não o conseguiu porque “quis conquistar a distrital sem trabalhar muito e sem preparar o terreno” e “bem podia ter dispensado a companhia dos trolhas do costume”.
Lido o artigo, fica-me a vontade de dizer alguma coisa sobre o seu conteúdo, principalmente no que ao deputado António Gameiro diz respeito, porque o conheço suficientemente bem para isso. Sobre Maria do Céu Albuquerque pouco sei, mas o facto de os seus munícipes a terem eleito para presidente de Câmara e os seus pares a terem escolhido para presidente da CIMT basta para que lhe reconheça valor e mereça o meu respeito; contudo, pelo que no artigo se pode ler, terá uma grande capacidade de trabalho e dedicação ao seu concelho e à CIMT, o que é bom, mas será menos capaz a fazer política, no que eu não acredito.
Sobre António Gameiro – se é que estamos a falar da mesma pessoa – reconheço nele uma grande capacidade de trabalho; uma enorme dedicação às questões da sua terra, apesar de não ter responsabilidades executivas que, nem por isso, deixam de ser dignas de registo; um forte empenho pelas causas em que toma parte; uma invulgar preocupação com a sua valorização pessoal, académica e profissional; duma lealdade e sinceridade irrepreensíveis; um jovem com ambição suficiente para lutar pelos seus objetivos e nunca ficar “debaixo do sol à espera que ferva”. Não conheço nada na sua vida pessoal que possa por em causa o conceito que sobre ele formulo de cidadão exemplar. Digo isto com convicção! AG não precisa deste meu depoimento para nada! Não tem defeitos? Certamente que terá! Não os conheço!
Termino com dois comentários: - Ser trolha não é desprestígio nenhum! Mas entendo que se pretendeu dizer que M.C.A. andou mal acompanhada, com pessoas sem valor que a levaram à derrota; como a afirmação é vaga, ficamos sem saber se há motivos concretos para assim falar ou se se pretendeu, apenas, achincalhar a título gratuito; Curiosamente (ou talvez não), houve a necessidade de “embrulhar” o presidente da câmara de Ourém, Paulo Fonseca, no ataque a António Gameiro: “ganhar a distrital do PS ao AG e ao Paulo Fonseca é mais fácil que ir a Fátima a pé”. Pelos vistos não foi!
João da Costa
no Mirante com a devida vénia, título cá da casa
MCA é a cacique
O Sr. Dr. Gameiro é o vitorioso líder do PS de Santarém, a quem a cacique diz que trata por Tony, como se tivesse andado com ele na escola.
O Tony contudo não andou no Colégio de Fátima, não sendo vítima da intoxicação vaticana.