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5.9.08

PORQUE NÃO PODEMOS ESQUECER:

"Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam"
Edmund Burke

Pois parece que incomodei os meninos dos IpT.

O TEXTO DA COISA
Cidade de Tomar, 5/Setembro/2008, Pg. 4

[Segundo o texto divulgado pelos responsáveis desta iniciativa "Esta carta aberta vem a propósito de um artigo, da autoria de um senhor que dá pelo nome de Luis Ferreira, publicado no jornal 'O Templário' de 7 de Agosto de 2008, no qual é colocada em questão a honra do dr. Pedro Marques, ex-presidente da Câmara Municipal de Tomar.

Ao lermos o referido artigo, interrogamo-nos: Em que país é que vivemos? Estaremos, por acaso e sem dar conta disso, a viver numa república das bananas? Não. Não estamos. Estamos a viver num país que se pretende democrático e onde a honra das pessoas não pode ser posta em causa, por dá cá aquela palha.

No artigo em apreço, o senhor Luis Ferreira utiliza termos que poderíamos até considerar de terrorismo verbal e que são impróprios de um Estado de Direito em que vivemos e queremos continuar a viver.

As afirmações e insinuações ali escritas são de uma baixeza intolerável que em nada dignifica o partido a que se diz pertencer.

O autor apoia-se, ou refigia-se, em referências à história, honorabilidade e ética republicana do partido em que milita, sem se dar conta do seu vazio intelectual e ideológico e, também, sem história nem mérito comprovados para falar em nome de um Partido que se pretende honrado e em que o seu principal líder, Secretário Geral, em plena Assembleia da República, já afirmou: "Na política, como na vida, não vale tudo."

Assim, os signatários desta Carta Aberta repudiam veementemente a linguagem utilizada e as insinuações mencionadas no referido artigo de opinião, escrito pelo tal senhor Luis Ferreira, e incentivamos os tomarenses a não pactuarem com tais impropérios que em nada dignificam a política.

Esta Carta Aberta é um gesto de solidariedade em defesa da honra do dr. Pedro Marques.

Que os partidos saibam libertar-se das garras e dos oportunismos daqueles que acham que nesta vida tudo vale.

Tomar merece melhor.]



O COMENTÁRIO À COISA

Ora pois, vamos lá dissecar:

[Há coisas sobre as quais não podemos ser indiferentes e oportunismos sobre os quais não podemos calar a nossa revolta!

Nunca como antes de Pedro Marques ter sido eleito para o segundo mandato de Presidente de Câmara(1993-1997), Tomar tinha estado na boca do mundo como antro de oportunismo e “favor fácil”.

O Presidente na altura eleito por maioria absoluta pelo PS, viria a tornar-se o maior flop da vida política do Distrito de Santarém do pós-25 de Abril.

Tomar está efectivamente à deriva desde 1994, altura em que Pedro Marques foi eleito para o seu segundo mandato.

Nas eleições seguintes, bem decidiu o PS não o candidatar, em decisão tomada por unanimidade dos 24 membros da sua Comissão Política, à qual tinham concorrido duas listas, uma encabeçada pelo Engº José Mendes que ganhou, e outra por mim próprio.

Porque razão tomaria em 1996 o PS, por unanimidade, a decisão de não candidatar o seu Presidente de Câmara?

Porque razão, anos mais tarde em 2005, não apoiaria o PS o seu desejo de regresso às lides autárquicas?

Se calhar o simples facto de ter sido o único Presidente eleito sobre o qual recaíram suspeitas de favorecimento de interesses particulares, as quais nunca foram provadas, foram razão próxima e determinante para nunca, mas nunca mais, qualquer dirigente responsável pelo PS equacionar sequer a sua recandidatura em nome de um Partido com história, honorabilidade e ética republicana como o Partido Socialista.

Como escrevi em 1994, à mulher de César não basta ser séria, é mesmo preciso parecê-lo, pelo que passados quinze anos, só o mais distraído observador não entende que Pedro Marques é mais do que uma figura do passado, é um verdadeiro cadáver político no Concelho de Tomar.

Afastado e bem que foi António Paiva(PSD), numa brilhante estratégia desenvolvida pelo poder do PS e do PSD a nível nacional, só falta mesmo tirar este “furúnculo” do sistema político Tomarense.

Não por qualquer questão pessoal, sobre a qual não nos movemos, mas simplesmente porque a condução da política não se pode alicerçar no “favorzinho”, no “interessezinho”, no “jeitinho”, tão característico das sociedades do terceiro mundo.

Se os Tomarenses quisessem, o que não acreditamos, transformar a sua terra numa nova Gondomar, Felgueiras ou Marco de Canavezes, poderiam apostar neste regresso ao passado.

Por outro lado, se o caminho for, como julgamos, a criação de riqueza e a busca do seu lugar no contexto regional, completamente perdido nos últimos 15 anos, poderão contar com as equipas que o PS obviamente sem Pedro Marques, encontrará!

Até lá temos de aceitar, democraticamente, a existência deste tipo de “associações de interesses”, que hoje se apresentam como Independentes.

Que o caminho não é por aqui, passados quinze anos de atrofia e desprestígio de Tomar, disso não tenho a mínima dúvida!]


E portanto meus caros, o que está dito, está dito. Custa ouvir a verdade não é? Azarito!


Post Scriptum
Se virem que não têm assinaturas suficientes para preparar já um AUTO DE FÉ, que deve ser A FÉ (DOGMATISMO) o que vos move em detrimento da ÉTICA da RAZÃO, podem sempre colocar uma banquinha à entrada da corredoura, como nos tempos do PREC(1974-75) e gritar: A TERRA A QUEM A TRABALHA. NEM MAIS UM SOLDADO PARA ANGOLA, ou outro qualquer dos slogans da época.

Podem sempre inventar novos, do tipo: FURÚNCULO AMIGO O POVO ESTÁ CONTIGO. VIVA A REFORMA (esqueçam a agrária, que isso já não se usa)

Acho que assim a coisa ainda pode funcionar...

Nota: Peço desculpa por colocar a referência aos anos do Prec, mas a maioria das pessoas que frequenta este Blog nem nunca tinha ouvido falar disso...