Na Câmara Municipal...
Uma só vez não seria suficiente.
Foram preciso duas condenações, dadas pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, para que todos ficássemos a saber que Anabela Freitas, não só não cumpre a lei, como a violou duas vezes, sem quaisquer escrúpulos. E, parece que tentou mesmo pagar a primeira condenação (de setembro de 2016), com um cheque do Município, quando o teria (e acabou por ter fazê-lo), a partir da sua própria conta bancária.
Em Tomar, nunca tal aconteceu a um autarca eleito e no decurso das suas funções, fosse ele Presidente ou Vereador. Mesmo no tempo de Pedro Marques, apesar de tudo o que se falou na altura, nunca a justiça o condenou por qualquer ilícito administrativo, o que mostra bem a gravidade do atual caso.
Anabela Freitas podia até ter cumprido tudo o que prometeu - o que está ainda longe de ser verdade, pois até ao fim de 2015, já 44% das 100 propostas do PS estavam concretizadas e no final de 2016, as mesmas eram de apenas 50%.
Podia até ser o mais humano dirigente e respeitador dos direitos dos outros, mas é sabido como desrespeita os oponentes
e quem com ela tem o “azar” de discordar - basta ouvir ou ver on-line as reuniões de Câmara e Assembleia.
Podia até a sua palavra valer de alguma coisa, mas é sabido que muitas das vezes promete uma coisa a uns e depois esquece-se e prometo o mesmo a outros, como é o caso do prometido parque escutista para ser concretizado junto às Piscinas e que afinal vai ser uma pista de corta-mato.
Seria compreensível que as dificuldades iniciais, de organização da Câmara, Administrativas e Financeiras, a tivessem levado a errar, a decidir mal porque não sabia o suficiente. Mas não. Apenas mais de dois anos depois de tomar posse, no final de dezembro de 2015, se iniciaram as decisões judiciais que a Presidente violou reiteradamente e que a condenariam a pagar mais de 10.000€ do próprio bolso.
Cópia do cheque emitido, com a assinatura da Presidente, para pagar condenação de Anabela Freitas |
Condenada em 2016 e 2017, quando já não tem a desculpa que durante o início do mandato havia sempre, que a culpa seria do seu chefe de gabinete (ou seja de mim próprio), pois este saiu no final de 2015.
Capa do jornal "O Templário", com a primeira notícia pública (23/1/2017) |
A saída intempestiva do seu vereador do urbanismo (Rui Serrano) em agosto de 2016, afirmando que havia um problema na Câmara e que ele tinha um nome: Anabela Freitas, não foi na altura devidamente percebido. Entretanto num primeiro momento este foi também o bode expiatório da culpa, que é exclusivamente de Anabela Freitas. Sabida a condenação e o caso do cheque, foi de novo ensaiado outro(s) bodes expiatórios - o diretor financeiro (António Cúrdia) e os serviços do Município, o que de novo é falso também e, agora circula a tese de que a culpa é da Advogada síndica da Câmara (Anabela Estanqueiro).
No fundo ao trazer para a discussão estes dois nomes, Anabela Freitas, atuando mais uma vez sem quaisquer escrúpulos, pretende a breve prazo ver-se livre também destes dois quadros reconhecidamente competentes, técnica e politicamente, do PS em Tomar.
E, conhecendo-a como conheço bem, vai fazer assim, com todas e com todos os que tenham a veleidade de colocarem em causa a sua prepotência e incompetência, a qual começa a saltar à vista de todos os cidadãos.
Tomar merece isto?
Aliás, alguém quer ter como presidente da Câmara uma pessoa condenada por violar os direitos dos cidadãos?