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12.1.09

O PASSADO EXPLICADO AOS JOVENS ADULTOS DE HOJE!

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FALTAM 41 SEMANAS PARA AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009
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O DESAFIO DE DUAS GERAÇÕES


Corrupção!

Esta era a palavra que mais se ouvia em surdina, na Tomar dos anos 90, altura em que o leitor era ainda uma criança ou quando muito, um jovem adolescente.

Nessa altura você ainda não votava, mas os seus pais e avós sim. E votaram maioritariamente Pedro Marques, em 1989 e 1993. Acreditavam eles, que era o que melhor ajudaria a que você pudesse crescer, arranjar emprego e viver em Tomar. Mentira, como pode constatar hoje! Mas a culpa não foi dos seus pais ou avós, que escolheram bem na altura. A culpa também não é da corrupção que na altura se falava que existia na Câmara, mas que todos sabemos não ser verdade. Então?

Atente por exemplo ao facto de as casas serem ainda muito caras em Tomar. Já pensou porquê? Ou porque é que os seus pais não conseguiram construir aquela casa que queriam, praticamente no meio da aldeia de onde são? Pedro Marques e o seu PDM, aprovado em 1994, são a resposta que procurava. Corrupção na Câmara de Tomar? Não! Essa como sabemos nunca existiu. Apenas e só incompetência!

Muita incompetência da parte de quem era na altura o Presidente da Câmara.

Muita falta de visão e estratégia, para dar a volta aos estrangulamentos legais, em todos os tempos existentes para as autarquias. Muita incompetência para lidar com os interesses que um pouco por todo o lado se chocavam, desde o seu gabinete pessoal, a equipas de projectistas, empresários da construção e especuladores vários. Muita, mas muita incompetência, que pode ler em dezenas de páginas das edições dos Jornais nos anos de 1993 a 1996.

Quando você era ainda uma criança ou adolescente na Tomar dos anos 90, houve um Presidente de Câmara que para explicar um negócio perfeitamente legítimo, no qual estava envolvido, respondia alto e bom som aos Deputados Municipais (Fevereiro/1995) que “têm é inveja que eu faça bons negócios”. Ninguém tinha, como é óbvio. A única coisa que se pedia era que tratasse e “fizesse” bons negócios para a Autarquia, para Tomar e não para si! Para isso havia sido eleito.

Hoje você sabe bem que só investindo, pode ser recompensado.
Sabe que não pode esperar que o sucesso nos estudos se faça sem estudo.
Que o emprego lhe vá bater à porta ou que venha através do hi5.
Sabe que o SecondLife é um mundo virtual e que no mundo real o emprego que o espera, não é no Estado, como na geração dos seus pais.
Sabe bem que seja qual for o emprego que arranje, muito provavelmente nas áreas metropolitanas e não em Tomar, não vai ser para toda a vida.
Você sabe isso e assim não há-de achar normal que o Presidente da Câmara nos anos 90 em Tomar fazia negócios, sempre legais, mas que não os fazia antes de ser Presidente.

Os negócios privados do Presidente dos anos 90 não lhe interessam nem a si, nem aos seus pais e avós que nele votaram ao tempo. A única coisa que lhe interessava a si, a mim, que tinha na altura pouco mais do que a sua idade hoje e a todos, era que tivesse colocado igual empenho no desenvolvimento de Tomar e que portanto tivesse sido um bom Presidente. Infelizmente para todos nós, não foi! Por isso mesmo foi corrido em 1996, pelo PS e por unanimidade, coisa difícil de acontecer nos Partidos, acredite!

Até hoje o PS não voltou a ganhar a Câmara, mas Tomar livrou-se da fama que tinha, para bem da nossa dignidade colectiva. Os seus pais e avós e depois você, assim que começou a votar, não mais voltaram a confiar a Câmara ao PS, penalizando-o por este ter sido o responsável por esse período triste da nossa história recente. Mas o que se lhe tem seguido, também não resolveu o problema do desenvolvimento e da criação de riqueza no Concelho, como muito bem sabe.

Eis chegado o momento da sua geração e da minha, encontrar um mais eficaz e objectivo Projecto, que nos permita usar o SABER e a ESPERANÇA em nosso, colectivo, benefício.

O Arquitecto José Becerra Vitorino dá hoje corpo a esse Projecto. A igualha do mesmo saco do cinzentismo da continuade (Corvelo Sousa-PSD) ou o oportunismo do regresso ao passado (Pedro Marques-Independentes), representam só e apenas, a estagnação e o atraso de Tomar. Escolher torna-se assim bem simples!