É sabido que a minha ligação com o setor da proteção civil, remonta já a 2005, altura em que ingressei em funções de nomeação política como adjunto do governador civil do distrito de Santarém.
A experiência vivida após a entrega do pelouro da proteção civil e bombeiros, a partir de Novembro de 2009, permitiu-me desenvolver a perceção da importância da criação de um modelo de sustentabilidade para este setor, altamente deficitário, do Estado.
Assim, uma das primeiras preocupações da minha vereação passou por aferir das novas necessidades de recursos humanos, os quais permitissem melhorar a prestação de serviços à população. Outra das preocupações foi a de descobrir quanto custava o sistema. Descobrimos então que no ano de 2009, a despesa rondava o milhão e 50 mil euros e a receita ascendeu a 115 mil euros. Era portanto um grande buraco financeiro.
Aumentando os recursos humanos, reformulando a organização interna e alguns procedimentos de controlo, foi possível aumentar no primeiro ano as receitas para 226 mil euros, mantendo inalterada a despesa. No segundo ano de gestão mantiveram-se grosso modo os valores anteriores.
Só quase no final do ano de 2011, dois meses antes do final da nossa missão que terminou em Novembro, foi possível, após quase um ano de bloqueio do Presidente da Camara, aprovar uma importante reforma do preço dos serviços prestados pela proteção civil e bombeiros, tabela essa se devidamente aplicada, permitiria melhorar, segundo as nossas proteções, em mais de 30% as receitas do sistema sem alterar significativamente a despesa.
E estamos a falar de uma média de 750 alertas, saídas, por mês, realizadas pelos nossos bombeiros, que tem sido a média desde o inicio de 2010, superando em 100 os 650 que até aí, nos anos 2008 e 2009 aconteciam.
Só a manutenção deste nivel de serviço, que corresponde a cerca de 28 saídas por dia, segundo consegui apurar têm-se mantido constante nos 4 meses que entretanto medeiam desde a nossa saída da vereação. Tal permite espetar que a receita da proteção civil este ano se possa aproximar dos 250.000€, face ao aumento de receitas que promovemos com os novos preços de Setembro.
Se assim for este setor será dos poucos que no Municipio aumentará o nível de cobertura das receitas, sobre as despesas, contribuindo para a melhoria da sustentabilidade do nosso Municipio.
Tal demonstra, que o empenhamento e acompanhamento estratégico das diferentes áreas do Municipio, é compensador e que é possível com as atuais regras da função publica, aumenta di as compensações aos trabalhadores e Voluntarios, se obtém melhores resultados financeiros.
Esperemos que esta Camara nao se esqueça de cobrar o que fatura. É que por muitos serviços que os bombeiros façam, se não cobrarem os serviços, pouco haverá a fazer.
Congratulo-me que tenha sido possível manter um nível de disponibilidades recursos humanos, para a qual contribuiu a manutenção dos recursos humanos neste setor e com isso manter o nível de serviço às populações, bem como as expetáveis receitas para o Municipio.
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