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29.6.18

EI-LOS QUE CHEGAM - Emigrantes em França (1969)



Portugueses em França - anos 60/70
Portugueses em França - anos 60/70

Refugiados Sírios a caminho da Alemanha e França (2011-18)
Refugiados Sírios a caminho da Alemanha e França (2011-18)
por Fernanda Ferreira 
São esquisitos, baixos e com bigodes e barbas. Chegam, na esmagadora maioria, homens. Elas, quando vêm, cobrem os cabelos com panos e não usam saia acima do joelho. Muitas são proibidas pelos maridos de cortarem o cabelo. Por vezes, eles ameaçam-nas com uma chapada ou um murro; elas, subservientes, baixam a cabeça e colam as mãos ao ventre. Trazem com eles uma paixão fervorosa pela religião. Usam colares com o símbolo das suas crenças e são capazes de dar mais do que têm para que o seu local de culto, na sua terra natal, tenha um relógio ou um telhado novo. Rezam, pelo menos, de manhã e à noite. Se puder ser, ao final da tarde, cumprem mais um ritual.
Chegam sem falar uma palavra da nossa língua. Parece que fogem de uma guerra qualquer lá no país deles, da fome e da miséria. Não têm, por isso, noção de amor à nação. Fogem em vez de defenderem o seu país e lutarem por uma vida melhor lá, na terra deles, vêm para aqui sujar o nosso país com a sua imundície. Atravessam países inteiros a pé ou à boleia para chegarem aqui. Pagam milhares para saírem do seu país e vêm ficar na miséria. Alguns têm muitos filhos, muito mais do que aquilo a que estamos habituados. Deixam-nos sozinhos ou com os irmãos mais velhos, que não vão à escola. Mas são muito trabalhadores.
Bem, na verdade, não roubam exactamente o nosso trabalho, porque aqui há leis que não nos permitem trabalhar 18 horas diárias, embora isso exista e dê jeito a alguns patrões. Mas de certeza que nos roubam qualquer coisa. São diferentes de nós e isso causa-nos má impressão.
Não são muito limpos, cospem para o chão e as suas maneiras em público deixam muito a desejar. Vivem em bairros de lata que mais parecem campos de refugiados. Não sei como conseguem. Se é para viverem na miséria, mais valia ficarem na terra deles.

Diário de um Parisiense,1969

Para saber mais sobre a nossa emigração em França, nos anos 60:

A Síria e a sua história:

23.6.18

Direito à greve?


Os professores fizeram greve? Está mal, porque isso prejudica os alunos.
Os estivadores? Pior, porque isso prejudica a economia. 
Os médicos? Muito mau para os utentes. Idem para os enfermeiros. 
E os trabalhadores do setor dos transportes? Enfernizam a vida a milhares de pessoas. 
Os pilotos, os controladores de tráfego aéreo? Colocam a TAP à beira do abismo. 
Os bancários, os contabilistas, os funcionários administrativos? Prejudicam gravemente o país...
Dizem que a greve é um direito porque consta na Constituição. Ora, o problema não está na Constituição em si (que é sagrada), está nos resquícios do PREC que ainda lá restam.


Bastariam umas pequenas atualizações. 
No art. 57, onde diz 
1. é garantido o direito à greve", deveria ser acrescentado "desde que não cause danos a terceiros ou prejuízos aos altos interesses da Nação"

De seguida, onde se lê 
"2. Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito", bastaria uma quase impercetível correção: "Compete ao governo em funções definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo os trabalhadores alterar esse âmbito".

POIS!

perguntas frequentes sobre o direito à greve, podem ser lidas aqui

17.6.18

Quantos salários de funcionários públicos custariam os 25 gestores +bem remunerados do País

Este levantamento foi realizado há um bom par de anos.
Não seria de estranhar que se hoje fosse atualizado seria ainda pior.


11.6.18

Fundado em Tomar (1875) - Partido Socialista Portuguez

Já aqui no blogue refletimos sobre a fundação em Tomar, do partido Socialista português, nos idos de 1875.

Há uns anos, o amigo José Garrido, teve a oportunidade de me enviar o texto seguinte e, bem assim, o documento junto.

A História faz-se, destas pequenas coisas...



Porque andamos por esta vida que se acabará em breve...
pelo menos como a conhecemos, deixar perguntas em vez de conclusões, parece-me acertado.

Chegou ao “Guardador” este documento, chamado de Bilhete de Identidade de Cidadão do “Partido Socialista Portuguez” datado de 1913 e de um Chamusquense de nome João Geraldo da Silveira e assinado como válido por António Pequim e António de Oliveira Pombo que em nome do Conselho Central, assumião a responsabilidade de “passar cartão” ao novo membro, aqui designado como COMPANHEIRO e não camarada.

Atento à novidade (para mim) e depois de excluir o que me passava pela cabeça, que é a formatação destes tempos em que vivemos, consegui a resposta (para mim).

1913 a data da passagem deste cartão, estava ainda a quatro anos da revolução bolchevique iniciada por Lenin que tentou impor as teorias Marxistas-Leninistas no que veio a chamar-se URSS. No entanto olhando mais atentamente para a quota deste partido iniciado em 10 de Janeiro de 1875, li “Proletários de todo o mundo uni-vos”. Aí sim confesso que o meu pensamento deu o estalo.

O “Partido Socialista Portuguez” era defensor de quem trabalhava; o proletariado.

E como atrás disse, antes das revoluções comunistas, já era filiada na “NOVA INTERNACIONAL OPERÁRIA”
...pois, é só mais um documento que está guardado. Que importância tem?
...pois, os tempos são outros, alguém dirá...
Como já passaram mais de cem anos sobre estes quereres, voltarei a guardá-lo no “Guardador” na esperança que outros, talvez para o próximo século (quem sabe) saiba mais respostas que eu...

8.6.18

Roquivários - Cristina

Video de 1982 - Banda de Rock originária do Pragal (Almada)

5.6.18

Descargas no Agroal em 2013


Video de 2013, divulgado ontem por Américo Costa - do Grupo Aqua, que tem mantido uma vigilância constante e denúncia persistente das descargas - aqui só passiveis de o terem sido a partir das ETAR's do Concelho de Ourém - Formigais e Seiça.

O trabalho de Américo Costa pode ser acompanhado no seu grupo do Facebook - 

Tomar-Movimento contra a poluição e a favor da preservação do rio Nabão.