Foi durante oito anos presidente da Câmara, eleito pelo PS nos anos 90 do século passado. Após ter ganho a Câmara com 51%, foi afastado de ser recandidato por unanimidade da Comissão Política do PS, em 1996, por sucessivas suspeitas, nunca devidamente justificadas, face a processos administrativos na área da gestão do urbanismo.
Desaparecido durante oito anos, voltaria em 2005 a apresentar-se como candidato independente à Câmara, vindo sempre a ser eleito vereador.
A sua atuação foi sempre no mesmo sentido: lançar permanentes suspeitas sobre a idoneidade dos demais autarcas, numa perspetiva de avaliação, como se todos agissem, no século XXI, como ele parece ter agido no século XX.
Consciente do seu esvaziamento, após a vitória do PS em 2013, apenas lhe interessou sempre o acesso aos serviços do urbanismo, onde acaba por ter um “especial gosto” de acompanhar determinados processos.
Barrado pelo vereador José Vitorino (PS), em 2010-11 e pelo vereador Rui Serrano (PS) em 2014-15, para não haver qualquer tolerância de intromissão ou tentativa de “influenciar” decisões, Pedro Marques, sentiu que após a minha saída de chefe de gabinete em dezembro 2015, do vereador Serrano em agosto de 2016 e, especialmente depois das condenações de Anabela Freitas em 2017, que o caminho estaria LIVRE.
Daí a ser mandatário da candidatura do PS, ía um passo.
E o PS, que fez um percurso longo de oposição - entre 1998 e 2013, sem nunca transigir com quaisquer apoios ou ajudas habituais nestas coisas, e que ganhou o poder de forma LIMPA, desistiu de resistir…
Tomar merece isto?
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A candidata "condenada" e o seu mandatário, afastado em 1996 por unanimidade pelo PS de ser seu recandidato |