Já aqui falámos muito da crise económica internacional.
Já aqui lembrámos os contributos dados pelo PS na Câmara para minorar os efeitos da crise nas Famílias e nas Empresas do Concelho.
Infelizmente nas últimas semanas duas situações se agravaram no nosso Concelho, tendo levado a uma tomada de posição do PSD local através do seu deputado Miguel Relvas, que enquanto deputado da oposição ao Governo se mostra muito preocupado, mas enquanto verdadeiro “dono” da maioria PSD na Câmara, só prejudica as empresas do Concelho.
Acham que exagero? Então pensemos em conjunto: devia ou não a Câmara Municipal de Tomar mais de 2 milhões e meio de euros à empresa João Salvador no final do ano de 2008? Devia e os valores constam da conta de gerência aprovada esta semana. Devia e deve. Mas sabem quanto custa isso, só em juros bancários desde o início do ano à empresa? Mais de 100 mil euros, ou seja mais de 300€ a cada um dos seus trabalhadores. Isto é responsabilidade da Câmara Municipal. Não responsabilidade de nenhum Governo. A isto não diz Miguel Relvas nem o PSD de Tomar nada? Não convém.
Mas já sabe fazer requerimentos ao Governo sobre a situação da IFM, apenas para encher Jornais em Tomar, porque sabem, como eu sei, como o Sr. Presidente Corvelo Sousa sabe, que não compete ao Governo tratar da situação da IFM ou de qualquer empresa em concreto. O problema que a IFM tem é um problema que tem como única causa, aquilo que já aqui falamos, que é a Banca não disponibilizar dinheiro a uma empresa que factura mais de 26 milhões de euros ao ano e exporta 75% da sua produção. O problema não está, como os deputados do PSD induzem, na falta de apoio GOVERNAMENTAL ao sector exportador das madeiras, ou qualquer outro. Os apoios existem e os seguros de crédito à exportação estão a funcionar. O problema não é esse. O problema é que a Banca não liberta fundos de tesouraria, que servem a maior parte das vezes para pagar SALÁRIOS e a PEQUENOS FORNECEDORES. Pelo menos a banca privada não o está a fazer. Esse é o problema.
Aquilo que Miguel Relvas e os seus companheiros do PSD estão a fazer com a IFM, chama-se MENTIRA. Chama-se OPORTUNISMO. Chama-se CHANTAGEM. E demonstra uma coisa que é já PATOLÓGICO neste tipo de gente que nos vem GOVERNANDO EM TOMAR: são falsos e são irresponsáveis. Nunca têm a culpa de nada. Têm atrofiado a economia local com taxas absurdas. Obrigam, por exemplo um pequeno café ou um cabeleireiro a pagar mais de 3000€ em compensação de lugares de estacionamento, mesmo antes de abrir um negócio, que nos primeiros anos grandes dificuldades vai ter para obter lucro. Mantêm dívidas de mais de 13 milhões de euros, entre a despesa corrente e a despesa de investimento, com forte relevância na economia local, às empresas pequenas, médias e grandes sedeadas no Concelho.
Vão começar a pagar agora porque o GOVERNO PS lhes facultou o “Programa Pagar a tempo e horas” e os obrigou a reduzirem os prazos de pagamento para 90 dias. Disso não fala Miguel Relvas e o seu PSD? Não lhe convém? Quem será responsável pela NÃO falência imediata de diversas empresas no Concelho, a quem a Câmara deve milhões, é o Governo que obrigou a Câmara a lhes pagar. Mas sabem vir falar de uma empresa onde a responsabilidade do Governo é nula. Mas não pagaram durante meses à João Salvador e os seus funcionários tiveram que suportar, sem receber, os juros que a empresa teve que pagar pelos DOIS MILHÕES E MEIO de dívida da Câmara PSD de Tomar. Uma vergonha. Um desprestígio para o poder político.
É inconcebível que Miguel Relvas, Corvelo de Sousa e o PSD, se comportem assim com as empresas, com os trabalhadores das empresas de Tomar e suas famílias. É necessário que estes e estas lhes façam, ao PSD, PAGAR O PREÇO DA SUA MENTIRA, DA SUA IRRESPONSABILIDADE.
Mas querem saber o que o Governo está a preparar para resolver esta e outras situações? Muito simplesmente CRIAR CONDIÇÕES para que possam ser as Associações Empresarias, como é o caso do nosso NERSANT, com o qual aliás a Câmara PSD de Tomar nunca quis quaisquer relacionamentos ao longo dos últimos 12 anos, para poderem servir de ligação entre as empresários e a banca, para que com o aval do estado, não seja cada empresário a negociar os “Fundos de Tesouraria”, a “Renegociação das letras” ou das “contas caucionadas” de forma isolada, mas sim em bloco e através da força do Associativismo Empresarial.
Esta é a solução para empresas como a IFM, viáveis, em sectores competitivos e exportadores. Este é o caminho que vem sendo defendido, pelo que é público, pelo Sr. Governador Civil e pelo Sr. Presidente do NERSANT. Este é o contributo que o Governo PS pode e deve dar neste caso, que ao contrário dos Deputados PSD do Distrito, com Miguel Relvas à cabeça, que mais parecem ABUTRES esvoaçando sobre as possíveis carcaças empresarias, tentando de forma oportunista daí tirar dividendos políticos. Mas esquecendo-se de quando têm responsabilidade, como é o caso da Câmara de Tomar, não prejudicarem AS EMPRESAS e PAGAREM A QUEM DEVEM, NÃO COLOCANDO MUITAS FAMÍLIAS NA MISÉRIA.
É de facto inconcebível que este tipo de pessoas possam ainda andar na rua de cabeça erguida e merecerem de nós um tratamento respeitoso, a que urbanidade nos obriga. Temos de os fazer PAGAR por isso, já que eles NÃO QUEREM PAGAR A QUEM DEVEM!
[Crónica lida aos microfones da Rádio Hertz (FM98), após o noticiário das 13H00 – repete dia 19 (Domingo) após as 13H00]
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