A Câmara de Tomar aprovou recentemente um conjunto de propostas que visam minorar a crise económica vigente e em curso há diversos anos no nosso Concelho. O Vereador do PS não se opôs a nenhuma das propostas apresentadas, embora tivessem os socialistas propostas melhores e de maior alcance que as entretanto aprovadas pelos responsáveis do Município dos últimos 20 anos.
A exemplo do que temos vindo a fazer no Governo, com uma determinada e sustentável política de apoio às famílias, onde o aumento em mais de 25% dos abonos de família para os escalões de mais baixos rendimentos é apenas um exemplo, propuseram os socialistas em Tomar um conjunto de medidas, quase todas recusadas pelo PSD.
Propusemos que o Município avançasse com um programa de recuperação de habitações degradadas no Concelho. Quem sabe quantos dos nossos vizinhos vivem ainda em condições habitacionais degradantes? Propusemos também que o IRS no Concelho fosse reduzido, nos termos da Lei que permite aos Municípios disporem até 3% dessa verba, para melhorar o dinheiro disponível das famílias que pagam impostos. Mas nas propostas que os socialistas apresentaram olhamos para outro aspecto importante da vida das famílias de Tomar, quando propusemos que o Município devolvesse 1 hora de estacionamento a todos os utentes do comércio local, de forma a promover o comprar nas lojas do comércio local, contribuindo para manter o emprego.
Também neste âmbito propôs o PS, que houvesse total isenção de taxas para investimentos no Comércio, tendo como limite 100 mil euros de isenções. Propusemos a mesma lógica para taxas para investimento no Turismo, no limite de 100 mil euros e para a Indústria, com isenção de taxas até 200 mil euros.
O grande objectivo aqui, como em termos das políticas nacionais de apoio às empresas, foi o de tentar garantir os postos de trabalho, existentes e, preferencialmente, ajudar a criar novos. Uma das melhores formas de ajudar as famílias hoje, é tentar garantir que estas conseguem manter o emprego. Para manter o emprego é necessário incentivar e facilitar o investimento das e nas empresas. A tudo isto o PSD em Tomar disse não.
Para mal de todos quantos vivem, estudam, trabalham ou gostam de Tomar o PSD decidiu fazer parte do problema, indiferente às dificuldades das empresas locais, indiferente à usura de taxas de todo o tipo, que durante mais de uma década tem mantido, sobre quem cria riqueza ou vive em Tomar.
Quando o PS propôs que o Município devolvesse metade das taxas que cobrou, na nossa perspectiva indevidamente, a quem comprou ou construiu casa em Tomar depois de 2004, até ao limite de 200 mil euros, o PSD votou contra argumentando que isso seria assumir que errou. E qual seria o problema disso? Acaso quem exerce o poder, em Tomar ou em Lisboa acerta sempre o que faz? Não poderiam, já este ano, as famílias que tiveram assim de comprar mais caras as suas casas, em virtude dessa política da Câmara, serem ressarcidas em parte?
E que dizer da nossa proposta, também recusada, de dar total isenção de taxas, para quaisquer intervenções em casas dentro das localidades? De facilitar a junção de artigos matriciais, afim de recuperar parte das casas degradadas no interior das aldeias e da cidade, reduzindo o risco de desertificação?
E que dizer do subsídio a fundo perdido por nascimento, entre 400 e 600 euros, proposto pelo PS e recusado? Não iria ajudar todas as famílias, com património de valor inferior a 250 mil euros, a suportarem melhor a chegada de um novo membro?
Era justo ou não?
Porque será que o PSD a recusou, quando em muitos Municípios por si geridos o aprovou?
Apenas pelo facto de ter sido proposto pelo PS.
Percebe-se: Corvêlo de Sousa e o seu PSD optam em Tomar por prejudicar as empresas e as famílias, apenas e só porque as propostas que as ajudavam vieram da sua oposição política. Pena que assim seja. Quando for chamado a renovar a sua confiança neles, por favor não se esqueça de lhes agradecer.
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