Com a devida vénia ao trabalho jornalístico da Joana Rita Santos, no mediotejo.net, cujo artigo pode ser visualizado aqui.
Temos de ter consciência - todos (comunidade, autarquia e Estado central), que esta antiga indústria papeleira tem ainda quantidades enormes de poluentes armazenados e "espalhados" na sua área territorial, a qual precisa de Plano de Gestão de Resíduos, sob pena de continuar a espalhar - durante décadas, poluentes pela água e ar da região.
A venda, na perspetiva de uma otimização financeira, NÃO irá contemplar a recuperação ambiental e, isso como quase sempre acontece, manter-se-á como um custo para a comunidade. E, para isto, a autarquia de Tomar não está preparada, nem sequer sensibilizada.
A solução passa, nesta área, como em quase todas as outras, por olhar e gerir o espaço territorial, como um todo e não gerir APENAS o ATL. Mas, para isso acontecer é preciso outra gente que olhe para a SUSTENTABILIDADE, não apenas como uma moda discursiva, mas sim como um FACTO diário e que permita a TODOS viver melhor: hoje e amanhã.
A solução passa, nesta área, como em quase todas as outras, por olhar e gerir o espaço territorial, como um todo e não gerir APENAS o ATL. Mas, para isso acontecer é preciso outra gente que olhe para a SUSTENTABILIDADE, não apenas como uma moda discursiva, mas sim como um FACTO diário e que permita a TODOS viver melhor: hoje e amanhã.
Republicando...
Tomar | Fábrica Prado Karton vai a leilão em dezembro
A fábrica Prado Karton – Companhia de Cartão, S.A, no lugar do Prado, freguesia de Além da Ribeira e Pedreira, concelho de Tomar, vai a leilão presencial no dia 5 de dezembro, segundo anúncio de uma sociedade de leilões com sede em Gondomar. O valor base de licitação é de 2 milhões e 750 mil euros. A fábrica fechou portas em junho de 2017.
O leilão decorrerá a 5 de dezembro, entre as 15h00 e as 18h00, e inclui a unidade industrial composta por bens imóveis e 194 lotes de bens móveis, a par de maquinaria, mobiliário e outros objetos fabris.
Segundo o anúncio, os bens imóveis resumem-se a “prédio Misto, sendo a parte urbana composta por um conjunto de edifícios de rés-do-chão e primeiro andar, destinados a fabricação, oficinas, armazéns, arrecadações, escritórios, refeitório, posto médico, capela, com área coberta de 25.465,00 m2, e logradouro com área de 31.215,00 m2” e ainda parte rústica “composta por terra de pastagem, oliveiras, cultura arvense de regadio de terreno estéril, mato, mata, pinhal, eucaliptal, cultura arvense, construções rurais, leito de curso de água, com área de 54.910,00 m2”.
Foi constituída a 10 de junho de 1875 a “Companhia do Papel do Prado”, pela junção da Fábrica de Tomar com a Fábrica do Penedo. Esta empresa chegou a ter cinco fábricas de papel (Marianaia, Sobreirinho, Vale Maior em Albergaria-a-Velha, Prado e Lousã). Em 2003, a empresa passou de “Companhia de Papel do Prado” para a “Prado Karton” em Tomar e “Prado Cartolinas” na Lousã. Em abril de 2006, entram novos administradores para a Prado Karton e começa aqui o princípio da desmantelação da empresa, verificando-se a partir daí dificuldades financeiras para a aquisição de matéria-prima.
Recorde-se que a Prado Karton fechou efetivamente em junho de 2017, tendo efetuado pedido de insolvência. Os trabalhadores ainda esperaram que existissem soluções e investidores interessados em recuperar a indústria, mas tal não aconteceu, tendo deixado muitos ex-operários inconformados.