Poluição por Arsénio (As) nas águas de escorrência em Portugal, segundo estudo de A.Ferreira, que pode ser consultado aqui.
Pag.162 do estudo do Prof. A. Ferreira mencionado |
O Arsénio (As) chega às linha d’água por fontes de depósitos naturais ou por práticas agrícolas e industriais, principalmente a mineração. As consequências para a saúde humana da exposição crónica ao arsénio incluem um aumento no risco de várias formas de câncer e numerosos efeitos patológicos, tais como doenças cutâneas ( hiperpigmentação e hiperqueratose ), gastro-intestinais, vasculares, diabetes melitus e neuropatias periféricas.
De notar que uma das zonas com maior quantidade de Arsénio nas águas de escorrência, situam-se no vale do zêzere, sendo definitivamente drenado por este e represo nas albufeiras das Barragens de Bouçã, Cabril e Castelo do Bode, de onde é realizado o abastecimento de água para cerca de 3 milhões de Portugueses.
A Barragem do Castelo do Bode, sem Plano de Emergência público e conhecido das populações, é neste momento, perdão, é pelo menos desde 2000, um dos locais de concentração de resíduos de Arsénio. Naturalmente que ele estará - até pelo peso atómico do elemento e dos sais que produz, precipitado no fundo das três referidas albufeiras, mas a cada descarga...
Decerto os peixes no Tejo, não estão só a rarear pelo excesso de detritos das celuloses de Vila Velha de Ródão.
Decerto os peixes no Tejo, não estão só a rarear pelo excesso de detritos das celuloses de Vila Velha de Ródão.