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5.10.12

Livre arbítrio - Moral e Ética

Aproveitando o facto de hoje ser o ultimo aniversário da implantação da Republica (1910) e da outorga da independência do Condado Portucalense do Reino de Leão (1143), pelo Tratado de Zamora e portanto do inicio da nacionalidade Portuguesa, inicio uma série de escrito de avaliação sobre o "Livre arbítrio", essa "coisa" geral que nos distingue uns aos outros e os humanos dos outros animais.

Será no fundo um pequeno guia para uso e leitura, centrado na panorâmica social e político local, para uso indiscriminado de homens livres e outros, nestas vésperas de fim de regime, muito por culpa dos que tendo a obrigação de "ler" e "perceber" os sinais, nada fazem, mas sabem criticar quem tem a coragem de afirmar "o Rei vai nu". E vai! Convém não esquecer. Todos somos responsáveis pelo que fazemos mas, também nestes tempos de total egoísmo, pelo que deixamos fazer. Vidé a negação que durante anos existiu sobre a existência dos campos de concentração nazis... É que a ditadura começa em cada um de nós e o antídoto é o Livre arbítrio.

Vamos por isso começar pela Motal e pela ética:

Moral e Ética

1. O que são normas morais?
Por tópicos:

- As normas morais são regras de convivência social;
- As normas morais obedecem sempre a três princípios:

# auto-obrigação,
# universalidade,
# incondicionalidade;

- São sempre importantes, mesmo que não efectivamente cumpridas.

As normas morais são regras de convivência social ou guias de acção, porque nos dizem o quedevemos ou não fazer e como o fazer.

As normas morais obedecem sempre a três princípios. Primeiro que tudo, são sempre caracterizadas por uma auto-obrigação, ou seja, valem por si mesmas independentemente do exterior, são essenciais do ponto de vista de cada um. Também são universais, e são universais porque são válidas para toda a Humanidade, ninguém está fora delas e todos são abrangidos por elas. Por último, as normas morais são também incondicionais, visto que não estão sujeitas a prémios ou penalizações, são praticadas sem outra intenção, finalidade.

Mesmo que não sejam cumpridas, as normas morais existem sempre, na medida em que o Homem é um ser em sociedade e nas suas decisões tenta fazer o bem e não o mal. E por vezes, mesmo que as desrespeite, o Homem reconhece sempre a sua importância e o poder que elas têm sobre ele.



2. Qual a diferença entre a moral e a ética?
Por tópicos:

- A moral tem um carácter:
# Prático imediato
# Restrito
# Histórico
# Relativo

- A ética:
# Reflexão filosófica sobre a moral
# Procura justificar a moral
# O seu objecto é o que guia a acção
# O objectivo é guiar e orientar racionalmente a vida humana


Apesar de terem um fim semelhante: ajudar o Homem a construir um bom carácter para ser humanamente íntegro; a ética e a moral são muito distintas.

A moral tem um carácter prático imediato, visto que faz parte integrante da vida quotidiana dassociedade e dos indivíduos, não só por ser um conjunto de regras e normas que regem a nossa existência, dizendo-nos o que devemos ou não fazer, mas também porque está presente no nosso discurso e influencia os nossos juízos e opiniões. A noção do imediato vem do facto de a usarmos continuamente.

A ética, pelo contrário, é uma reflexão filosófica, logo puramente racional, sobre a moral. Assim, procura justificá-la e fundamentá-la, encontrando as regras que, efectivamente, são importantes e podem ser entendidas como uma boa conduta a nível mundial e aplicável a todos os sujeitos, o que faz com que a ética seja de carácter universalista, por oposto ao carácter restrito da moral, visto que esta pertence a indivíduos, comunidades e/ou sociedades, variando de pessoa para pessoa, de comunidade para comunidade, de sociedade para sociedade.

O objecto de estudo da ética é, portanto, o que guia a acção: os motivos, as causas, os princípios, as máximas, as circunstâncias; mas também analisa as consequências dessas acções.

A moral também se apresenta como histórica, porque evolui ao longo do tempo e difere no espaço, assim como as próprias sociedades e os costumes. No entanto, uma norma moral não pode ser considerada uma lei, apesar da semelhança, porque não está escrita, mas sim como base das leis, pois a grande maioria das leis é feita tendo em conta normas morais. Outra importante característica da moral (e esta sim a difere da lei) é o facto desta ser relativa, porque algo só é considerado moral ou imoral segundo um determinado código moral, sendo este diferente de indivíduo para indivíduo.

Finalmente, a ética tem como objectivo fundamental levar a modificações na moral, com aplicação universal, guiando, orientando, racionalmente e do melhor modo a vida humana.


3. A ética aplicada

Cada vez é mais necessária uma ética aplicada, uma ética que coexista com o quotidiano das pessoas. Esta ética deve ser específica, dividida em ramos, para melhorar analisar cada situação, sendo um bom exemplo disso os códigos éticos para as diferentes profissões. Isto acontece porque as pessoas têm que entender que as suas acções têm consequências não só para si mas também para os outros, e que estas não podem ser encaradas só de um ponto de vista. (dar um exemplo: clonagem, personalismo, bioética, ética da informação, ética do jornalismo, etc.)



Créditos
@Patrícia Silva