<Atualização de 8/12/2020>
A 26/10/2020, coloquei este post no meu mural do facebook
Segundo Pedro Simas - investigador principal do Instituto Medicina Molecular, o número “basal” médio diário, em período de retorno semanal, para Portugal, não poderá ultrapassar os 1500 casos positivos - dos quais resultam, em média, menos de 5% de internamentos. Isto para não deixar o SNS em nível de pressão elevada, durante mais de 3 semanas.
O nível “crítico” é atingido, com os 3000 casos diários, em período de retorno semanal, o qual pode conduzir o SNS a um nível de colapso após 3 semanas seguidas.
Eu, por mim, pela análise da evolução dos óbitos, aconselho a todos os grupos de risco - especialmente os seniores com mais de 80 anos, a auto isolarem-se na sua própria bolha, com zero contactos fora dela, a partir dos 30 óbitos diários, em período de retorno de 5 dias.
E, para evitar a atual sindemia, os demais, fora dos grupos de risco, só se devem auto-confinar, para lá dos 90 óbitos diários - por COVID19, ou aos 25% de óbitos COVID19 dos óbitos diários, num período de retorno de 5 dias.
É que se atingirmos esse número, estaremos a viver, não só na completa rotura do SNS, como na proliferação incontrolável da morte por esta nova doença.
E pronto. É isto: métricas simples, reações esclarecidas. Sem dogmas!
As vacinas e os tratamentos acabarão por vir ajudar,...
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De momento, o ponto de situação é o seguinte:
Observamos a tendência de MUITOS mais óbitos por razões não explicadas pelo COVID19, do que aqueles que faleceram por COVID19. O aumento do número de óbitos, depois de 17/3/2020, face à média dos anos de 2009/19 (período de retorno de 10 anos) são já mais de 13.000 mortos e os óbitos fora COVID, equivalem a 61%, do total do aumento.
Nota: Por ano o numero de óbitos em Portugal ronda os 110.000 - temos portanto um aumento de óbitos em 2020, de cerca de 15%
(dados atualizados a 8/12/2020, prospetivados até 12/12/2020)
Podemos observar que os 3000 casos, para período de retorno de 7 dias, foi atingido a partir de 27/10/2020, levando atualmente 43 dias seguidos, tendo atingido o NÍVEL CRÍTICO (como tal definido por Pedro Simas).
Não é descabido pensar que poderemos assim chegar ao NÍVEL de COLAPSO do sistema de saúde - mais de três semanas seguidas, após o nível crítico - período que se poderia ter atingido hoje (8 de dezembro), o que não tendo acontecido, só demonstra da escalabilidade do Sistema Nacional de Saúde, no qual foram ativados protocolos de transferência de doentes com o privado e social, aumentando dessa forma a capacidade do SNS.
Desde 2/12 que o numero médio de novos infetados, no período de retorno de 7 dias),baixou dos 4000, estando a descer consistentemente desde 15/11, afastando-se assim, lentamente, do cenário de colapso do sistema de saúde, anteriormente referido.
A nível de óbitos, o NÍVEL de auto-confinamento, para os idosos com mais de 80 anos (grupo etário nos quais encontramos 2/3 dos óbitos por COVID19, desde o início da pandemia), situado nos 30 óbitos, foi atingido a 30/10/2020, levando atualmente 32 dias seguidos, estando este valor estabilizado desde 13/11, variando entre os 70 e 80 óbitos (em média de retorno de 5 dias).
O NíVEL de auto-confinamento geral, que se atingirá com os 90 óbitos diários COVID ou 25% dos óbitos COVID em relação ao nº de óbitos geral, para período de retorno de 5 dias, está assim próximo.
Os valores médios dos últimos 5 dias rondam os 20% de óbitos COVID, entre o total de óbitos.
O nível de internamento (enfermaria e unidade de cuidados intensivos), está desde 1 de dezembro acima dos 5% - HOJE: 5,34%, face ao nº total de casos ativos, o que representa um aumento sustentado desde 14 de novembro - com variações desde os 3,76% a 14-15/11 e os 5,34% de hoje.
O seguinte mapa, reflete A NOVA ORGANIZAÇÃO do risco concelhio, válido desde terça-feira, dia 8/12/2020.
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A nível de óbitos:
- ACIMA de 80 anos = 67,1%
- Entre 70 e 79 anos = 20,4%
- Menores de 70 anos = 12,5%