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29.10.19

Forças de Autoridade - falta de condições e redução de efetivos

Miguel Oliveira Rodrigues: “Os polícias choram muitas vezes de forma oculta”

Os números revelam uma realidade preocupante entre as forças da ordem. As condições de trabalho e a desvalorização enquanto ser humano levam cada vez mais agentes da autoridade ao último ato de desespero.

Nos últimos 19 anos, a taxa de suicídios nas forças policiais (Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana) quase que duplicou em relação à média da população geral. Foram já 143 agentes da autoridade, seis dos quais em 2018, que colocaram termo à vida. A faixa etária dos 30 aos 34 anos registou o maior número de situações deste tipo (22%), sendo os 38 anos a idade média na qual mais polícias cometeram suicídio em Portugal.
@Jornal Económico (13/7/2018) - original aqui

As condições sociais a quem os Polícias e Guardas se encontram sujeitos vão-se degradando, de ano para ano, sem que o poder político cuide da sua reposição.
Não é por isso de estranhar que a existência de suicídios - a par de outros fenómenos de violência intra e extra familiar, na qual agentes de autoridade acabam por estar envolvidos, devia-nos levar a pensar que estes cerca de 45.000 mulheres e homens, deveriam contar mais connosco.
Aliás, desde 2005 (início do Governo PS de Sócrates) o seu numero reduziu-se em 1305 efetivos (-2,8%), passando de um total de 46847 (2005) para 45542 (2017), depois dum "máximo" de efetivos, no ano de 2000, com 48266 efetivos.
Convém notar que a variação de efetivos foi muito negativa no decurso dos gvernos "de direita", de 2000 a 2005 (-1419/-2,9%) e de 2011 a 2015 (-1010/-2,1%) e nos governos "de esquerda" um aumento de efetivos: de 1995 a 2000 (+5205/+12,1%) e de 2005 a 2011 (+214/+0,5%).
Tal facto - o aumento de efetivos no decurso de Governos de esquerda e a sua redução no decurso dos Governos de direita, não deixa de ser curioso e nos levar a pensar que há algo de errado, entre a propaganda da falta de meios/recursos e os riscos a que os Homens estão sujeitos e alguma da realidade observada.
https://www.pordata.pt/Portugal/Pessoal+ao+servi%C3%A7o+nas+pol%C3%ADcias+e+outros+organismos+de+apoio+%C3%A0+investiga%C3%A7%C3%A3o-276